sexta-feira, 29 de junho de 2012


DETESTO.
Detesto ver homens sem nenhum escrúpulo, sendo tratados como deuses. Detesto ver nulidades sendo coroadas como notoriedades. Detesto ver o ser humano se rastejar buscando migalhas, para o sustento, enquanto crápulas sentados em volta de uma mesa festejam a miséria humana. Detesto ver crianças, esfomeadas, revirando lixo para alimentar-se. 

Detesto saber que existam animais que querem ser chamados de homens, que abusam da ingenuidade de anjos, que corrompem por drogas, que escravizam por sexo, que matam pelo simples desejo de interromper a vida. Detesto o policial corrupto que se vende, do político safado que rouba do juiz larápio que vende sentenças, do grande jornal que é parcial, da mídia que se corrompe para agradar as elites. Detesto ver pessoas reivindicando direitos os mais básicos. 

Detesto ver pessoas dormindo como animais ao relento, alimentando-se de restos, e vestindo andrajos. Detesto ver tantos cadáveres pelas estradas, tanto desprezo pela vida humana, tanto descaso com a segurança das pessoas. Detesto ver o médico tratando seu paciente como forma de lucro, que assina um atestado de óbito como quem assina um cheque, que não examina, que erra, que mata. 

Detesto ter que admitir que os homens ainda não entenderam que a coisa mais importante do mundo é a vida. É o homem, que cria, que inventa, que salva, que socorre. Detesto ter que admitir que ainda existam pessoas que não se deram conta da beleza que é um ser gerar no seu ventre outro ser,criar a vida a partir de minúsculas células, que este ser a partir do primeiro minuto de vida é já traz consigo uma carga imensa de dores,sofrimentos,alegrias, e tristezas. 

Como seria bom que o ser humano um dia entendesse a verdadeira razão do porque ele foi chamado a este mundo. De que guerras, valores, ódio, ambições nada disto conta se não tivermos paz. De que vale o dinheiro sem saúde, o palacete, as mordomias se somos cegos, o cantar dos pássaros se somos surdos, jardins floridos se estamos presos aos grilhões das futilidades.

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Alianças perigosas.
As convenções começam, e com elas também aparecem as primeiras alianças partidárias na busca de parceiros para a disputa aos cargos eleitorais. Desde há muito não acredito nestas siglas que pipocam por ai. Até porque é muitíssimo fácil montar um “partido político” .No Brasil eles já devem estar batendo na casa do trinta. Tem para todos os gostos e prazeres. O que menos interessa são as filosofias, os históricos destes ajuntamentos. 

O ruim de tudo isto é que muitas das vezes gente boa, honesta, trabalhadora, acaba por força das contingências tendo que disputar o seu sonhado cargo por siglas onde se juntam muitas vezes de tudo, inclusive o que não presta.Parece, ao que tudo indica que mais uma vez serão os mesmos de sempre a concorrerem. Ao que tudo indica a palavra RENOVAÇÃO não tem a preferência dos candidatos e principalmente dos donos das siglas. 

Quem está aparecendo nas janelas são os mesmos de antes, alguns com um bigode, ou uma barba para tentar enganar, mas a lata, a cara é a mesma, o sorriso debochado as velhas promessas de tudo novo, (inclusive a cidade) além é claro de mudanças radicais para melhorar a vida dos habitantes deste pequeno pedaço de chão. Engraçado é que alguns dos candidatos, sempre estiveram fazendo parte das administrações, nos mais diferentes cargos. 

Muitos vindos praticamente pobres, mas saíram com muito dinheiro, montaram negócios próprios e já aparecem mais uma vez para melhorar a vida do povo. Do povo ou da própria família? Particularmente não tenho nada com a vida de outras siglas, mas com o PDT, bem este é um caso a parte.Tudo o que eu souber, tudo o que eu tenho guardado, contra esta turminha que afundou o partido do Brizola vai parar no meu blog. Quero mostrar com todas as letras o porquê da minha briga com a turminha do seu Ibanor. Ele, e mais dois ou três vão engolir todos os desaforos que me fizeram. 

A covardia que ele praticou contra minha filha, os desaforos de dois idiotas,que lhe assessoraram, praticaram quando semianalfabetos, queriam fiscalizar pautas de uma jornalista. É um candidato medroso, fácil de convencer com mentiras, é fraco politicamente, e se não fosse cabeça dura, burro hoje seria o diferencial com o partido do Brizola. Não quis, não acreditou em quem queria lhe ajudar, deu ouvido a dois ou três babacas que lhe puseram no chão. Nada tenho contra o Sr. Ivan, a única coisa que tenho é pena,pois acredito que uma candidatura a vereador, poderia ter um resultado muito melhor do fiasco que vai ser esta dobradinha com o PDT. 

É preciso ser muito ingênuo mesmo, para acreditar que o partido do Ibanor possa chegar a prefeitura. O início já foi um sinal. Os mesmos gatos pingados de sempre, que compareceram, segundo um falou, porque tem emprego ainda e depende de aparecer nos movimentos ( a velha tática do Walmir). O que notei agora é que até um “famoso” periódico da cidade parece ter tomado as dores de um candidato. Está tentando me desaforar, mas tá bem enganado vai levar chumbo na hora certa. Que mama nas tetas da prefeitura para manter o seu jornal pode botar as barbas de molho. 

Vai cair a receita. Na época do Marcelo Machado tinha um tal “A notícia” começaram numa M..mas, não demorou já estavam de carro importado. Onde estão agora? Ao povo cabe dar a resposta aos aventureiros, ao povo compete acabar com a farra. Cada cabeça é livre para escolher quem melhor vai representá-lo, assim como a mim compete o direito de escrever aquilo que penso.

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Opção.
Nos, seres humanos nascemos livres, somos o resultado de um dos mais lindos e intrigantes milagres. O milagre da vida. Viemos ao mundo com todos os requisitos básicos para nos desenvolvermos, física e intelectualmente. No decorrer de nossas existências se nos são apresentados mil obstáculos, mil desafios. Ultrapassá-los, superá-los é uma questão de opção pessoal de cada um de nos. Dependendo do preparo de cada um, isto pode ser mais fácil ou mais difícil, mas, a verdade é que o mais importante é jamais desistir. 

Cada um de nos resume em si um potencial enorme de fatores que podem ser usados para o bem ou para o mal. A sociedade move-se pelos apelos do dia a dia. Muitas das vezes relegamos ao plano secundário ações que deveriam ser melhor avaliadas, e portanto colocada em patamares talvez mais importantes. Existem milhões de apelos, milhões de propostas a cada minuto, compete a nos ouvir, comparar,avaliar e fazer uso, ou não, daquilo que se nos é apresentado.Na política também é assim. Cada um de nos tem em seu íntimo o perfil daquele ou daquela pessoa que nos inspira confiança. 

Aquela pessoa em que eu, como avalista acredito poder depositar todas as minhas convicções. No entanto, somos, como já disse, pressionados por outros fatores adversos, nossas mentes muito embora livres, sofrem as influencias externas,e estas muitas das vezes acabam por nos conduzir a caminhos alternativos, desviando-nos dos verdadeiros princípios, criando uma nova ordenação que acabam por anular por completo todas as nossas verdadeira vontades, até mesmo nossas convicções. Quantas vezes você, mesmo discordando, aceitou uma proposta mesmo sabendo que aquilo não representa nada do que você tem como objetivo? 

Quantas vezes você, eu e tantas outras pessoas aceitamos a cumplicidade, a mesmice, simplesmente por preguiça ou por comodismo? Se, nascemos livres, se , temos um cérebro que nos faculta discernir aquilo de bom daquilo que pode ser imprestável para o nosso dia a dia, porque teimamos em aceitar o erro como alternativa? Na verdade ninguém quer dar-se ao trabalho da analise, ninguém quer perder tempo com estudos. As opções se nos aparecem como obras prontas, como alimentos preparados, é só abrir a embalagem e comer. 

É muito mais fácil eu ir até ao Supermercado comprar alguma coisa pronta do que dar-me ao trabalho de preparar alguma coisa que talvez me desse muito mais prazer. Assim é na política. Estamos deixando que outras cabeças pensem por nos, estamos acostumados a “comprar” mercadorias com rótulos trabalhados ao invés de produzirmos, nos mesmos, aquilo que desejamos. O perigo é o mesmo, assim como podemos estar comprando uma mercadoria estragada, um produto deteriorado, o candidato que nos “vendem” pode até ter um rótulo trabalhado, bonito, e vir com mil informações, a única coisa que não consta nestes casos é se a validade do produto já não venceu, e se a sua origem não é de fonte duvidosa. 

É sim, uma questão de opção, unicamente nossa o poder de mudar algo que não nos agrada. Se, de fato existem alterações a serem feitas para que a sociedade se torne mais justa e mais humana, e se estas passam por minha responsabilidade, é minha obrigação analisar cada item, cada virgula. Quando escolhemos alguém para nos representar é como se estivéssemos assinando um contrato, uma procuração para que aquela pessoa aja em nosso nome. O ônus de todas as suas ações, vai ser creditado, ou debitado em nossas escolhas pessoais. 

E, infelizmente esta procuração só nos é permitida ser anulada a cada quatro anos, o que nos remete sem sombras de dúvidas a sermos honestos e criteriosos em nossas escolhas. Se desejamos um mundo melhor, temos que aprender a escolher melhor, os homens e mulheres que irão fazer estas mudanças.

sábado, 23 de junho de 2012


Só o meu nariz.
O povo brasileiro costuma encostar a testa no muro das lamentações e ali ficar a desfiar suas dores, seus desesperos, suas mágoas, mas, o que realmente fazemos para mudar toda esta sistemática podre que nos prende, e que tanto nos entristece? Não fazemos nada, isto mesmo nada. Nossas autoridades, nossos políticos estão mais do que mobilizados em favor de suas querelas pessoais. 

Leis que possam trazer algum benefício a população, estas não tem pressa, podem esperar. E o que fazemos em relação a buscar formas de pressioná-los? Não fazemos nada por medo. Temos medo de criticar, de gritar, por que tudo neste país é proibido, para quem quer falar e exigir a verdade. Aqui liberdade de falar, escrever, criticar, é só para quem tem padrinhos ricos.A cada dia tomamos conhecimento dos absurdos que acontecem na câmara, no senado, nos governos estaduais, nas prefeituras. 

Já me referi outro dia, que escutando um programa de rádio, onde o entrevistado era um procurador da república, este dizer que se a população ficasse sabendo de um quinto do que acontece de absurdos naquelas casas legislativas, lá em Brasilia, já havia clima para uma guerra civil. Imaginem, isto quem diz é um procurador da república.E nos, como bons brasileiros, vamos as ruas com passeatas pedindo segurança no transito,fazemos campanhas por mais leitos nos hospitais,clamamos por mais médicos humanos, por tratamento de qualidade, e mesmo assim morrem pacientes nos corredores, nas filas, nas estradas, 

Para este tipo de manifestação não existem ouvidos, não existem verbas, não existem autoridades interessadas em resolver. Mas, um estádio pode ser interditado, ali o promotor viu perigo, ali um juiz julgou algo importante. Mas senhores, será que não existem coisas mais importante a fazer? Será que estes promotores, juízes não tem mais com que preocupar-se?O povo está a mercê destes lacaios políticos, a pouco ,ou nenhuma vergonha, campeia por este Brasil, e ninguém toma conhecimento, olhem para o absurdo de certas leis que permitem a esta gentalha se auto aumentar seus salários, eles, olhem a pouca vergonha das emendas parlamentares, que alimentam a corrupção, e criam estes verdadeiros currais de dependência nas cidades. 

Este tipo de coisa sim, deveria ser considerado crime. Não é crime agendar uma consulta com um paciente de cardiopatia grave para daqui a seis meses? Não é crime a população ter que arcar com o pagamento de quase cem mil reais para que um senador coloque porcelana nos dentes? Não é para interditar, senhores promotores, um governo que nega medicamentos para quem depende dele para sobreviver?Não é para mandar para a cadeia vereadores inescrupulosos que fecham os ouvidos para os anseios da população que não aceita os seus  absurdos aumentos? 

É comum ouvirmos:Eu sei que o vereador tal é sujo, é vagabundo,é ignorante, mas, eu não posse deixar de votar nele, ele me ajudou muito, devemos muito a ele. É assim que se criam os currais, as dependências, os favores, e é tudo isto que nos prende ao chão, que nos imobilizam, que não nos permite a reação. Se, cada um de nos erguêssemos uma bandeira, se cada um de nos colocasse na fachada de sua casa um cartaz bem grande dizendo : AQUI FICHA SUJA NÃO TEM VEZ, será que assim não faríamos a diferença? 

Não interessa se o candidato é amigo,conhecido,parente , bonzinho. Depois de eleito este cara vai trabalhar por si e pelos “amigos” os outros que se ralem. Precisamos eleger gente que se preocupe com o conjunto, que vá cumprir um mandato em benefício do todo e não apenas para alguns. Alguém que não esteja olhando apenas e tão somente para a ponta do seu nariz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Ilustre Srs.
Deputados e senadores.
Brasília.
                        O povo brasileiro já não tem mais paciência para com vossas senhorias. Incrível como podem os senhores dormir a noite quando tantos e tão graves problemas afligem nossa população. A cada dia um novo escândalo, a cada dia mais e mais pessoas morrem nas filas de hospitais. Faltam médicos, instalações básicas, dinheiro, pessoal técnico habilitado, remédios, vacinas alimento, emprego.
Como é possível que uma consulta com cardiologista, ou um especialista demore mais de seis meses para que possa ser agendada?Como é possível que uma pessoa tenha que recorrer a justiça para conseguir um medicamento que lhe é vital?E que mesmo assim este medicamento não é fornecido por que emperra na burocracia. Como é que se pode entender que um país que se diz preparado para sediar uma copa do mundo ainda permita que pessoas vivam do lixo? Isto não mexe com a cabeça de vossas senhorias? Os senhores têm família? Tem filhos? Como é que podem olhar a noite eles bem acomodados, alimentados, limpos dormindo com toda a segurança, quando têm tantos outros que sequer têm um lugar para dormir?Como entender situações desta natureza, sabendo que a solução destes e de tantos outros problemas, são de sua responsabilidade e você não faz nada para mudá-los?
Nos, reconhecemos que não temos como mudar esta situação. O povo brasileiro é medroso, covarde, não tem capacidade de obrigar uma reversão, pela força do voto. Vocês compram os votos, vocês trocam os votos por migalhas, vocês alimentam currais inteiros com sacolas, bolsa disto e daquilo, o povo se ilude, e torna a cair no mesmo conto. Ao tentarem alterar a constituição em benefício próprio, propondo o fim do teto máximo dos salários para o funcionalismo publico, estarão também abrindo uma porta para a perda total dos parâmetros que mesmo ainda capenga controlam os excessos.
Os senhores será que têm consciência do quanto estão prejudicando a população com este tipo de atitude? Não lhes causa asco, terem que tratar em plenário de uma sordidez como esta? Como podemos compreender que alguns destes senhores que desfilam pelos tapetes do congresso nacional só o fazem, para justificar presença e receber as mordomias a que fazem jus?Como é possível que um senador da república, faça uso de quase CEM MIL REAIS para colocar porcelana nos seus dentes, quando mais de quinze milhões de brasileiros não tem nenhum dente na boca?
O povo brasileiro, repudia, por tudo isto  e por tudo o que está acontecendo no congresso nacional, alianças esdrúxulas,maquiavélicas, protecionistas,interesseiras as atitudes de alguns parlamentares (maioria) Um dia chegará em que teremos força suficiente para darmos o troco. Um dia este povo sofrido e injustiçado vai devolver na cara de cada um destes que se vendem como salvadores da pátria, e depois na calada da noite legislam em causa própria.
“Um povo que não luta por aquilo que acha justo, um povo que não trabalha para mudar o que está errado, está fadado a comer o que lhe dão,a fazer o que lhe disserem que seja feito, será condenado a viver atrelado aos grilhões dos poderosos.”
(Jaí Antonio Strapazzon)

Funesto.


Um vereador “funesto”.
Este é um fato real. Aconteceu muitas vezes aqui na nossa Sapucaia do Sul, e já faz parte do anedotário da cidade, mas, este caso aconteceu realmente. A cidade  ficou conhecida graças a figuras pitorescas que por aqui passaram e ou até ainda residem no município. Os nomes dos personagens foram de forma intencional trocados. Qualquer semelhança com fatos, nomes e ou pessoas reais é mera coincidência.

 Pois bem, entre eles destaca-se a figura de um vereador, conhecido por fazer campanha em velórios, aniversários, batizados, casamentos, distribuir dentaduras, cadeiras de roda, camas hospitalares, bengalas, óculos, enfim toda esta parafernália de faz a alegria das classes menos favorecidas. Porem o comparecimento as festas eram na maior cara de pau, não precisava de convite, muito menos ser conhecido do homenageado. Bastava saber de alguma solenidade lá estava o “funesto”. 

Num de seus passeios pela cidade notou um pequeno alvoroço em uma capela mortuária. Chegou ao seu gabinete, e pediu para o assessor informar-se de quem se tratava, bastava o nome do defunto. A funerária, por questão de “ética” forneceu apenas o nome do falecido e a hora do enterro.Como de costume,solicitou o carro da câmara, encomendou uma coroa, um ramalhete de flores,vestiu o clássico traje preto, óculos escuros, uma garrafa térmica com cafezinho e lá se foi nosso ilustre edil, para as exéquias fúnebres. 

Lá chegando,foi abrindo solenemente caminho entre as poucas pessoas reunidas, depositou a coroa onde constava ; Com as homenagens do seu vereador Lindoberto. Junto depositou o ramalhete de flores, e assinou o livro de presença. Aproximou-se, compenetrado, benzeu-se,tocou de leve o rosto do cadáver, e com dedos entrelaçados em forma de oração pediu aos presentes um minuto de atenção. Ato contínuo falou: Amigos, vejam como é a vida, quem diria que neste momento estaríamos velando este nosso amigo, morto nestas circunstâncias. 

Tudo isto, os familiares abatidos, chorosos, tristes, inconsoláveis nos remetem a refletir sobre a segurança pública. As autoridades não respeitam mais nada. Quando é que pensei que esta senhora a quem recepcionei ainda ontem em meu gabinete, lhe encaminhando para uma consulta médica, estaria neste momento inerte deitada dentro deste caixão frio para a tristeza de todos nos.Acabo de fazer a doação de uma garrafa de cafezinho e outra de chá, as quais ficam como recordação deste amigo, aos familiares. 

O palavreado continuou por mais de quarenta minutos, as pessoas se entreolhavam estupefatas, olhos arregalados, não pareciam acreditar naquilo tudo que ouviam. O vereador Lindoberto falou de sua infância sofrida como engraxate, padeiro, jornaleiro e em todas aquelas fases aquela bondosa senhora ali no caixão havia lhe dado conselhos, havia lhe abrigado, educado, instruído. Notavam-se claramente lágrimas que rolavam pelo rosto do político. Era emoção pura, uma emoção que nem os próprios parentes estavam sentindo. 

Finalmente, ao encerrar sua fala, o vereador viu um velhinho de barbas brancas, levantar-se dirigir-se até próximo ao orador e pedir aos presentes que também gostaria de dizer algumas poucas palavras: Amigos,como neto da falecida Vò Nilda, quero agradecer ao ilustre visitante, agradecer as flores,a coroa, as garrafas de café e dizer que estou surpreso com tudo o que ouvi deste senhor. E, por que estou surpreso, pelo seguinte: Minha avó morreu de causas naturais, estava com 102 anos.Viveu, estes últimos dez anos num lar de idosos em Taquara, de onde seu corpo chegou a pouco mais de cinco horas. 

E, o mais importante de tudo isto é saber que ontem, bem na hora em que era confirmado o óbito ela estava “espiritualmente” solicitando uma consulta médica ao gabinete do vereador. Todos, cabeça baixa, ergueram os olhos a procura do “vereador” que estranha e coincidentemente havia sumido.

terça-feira, 19 de junho de 2012


A Quadrilha.
Certa vez um indivíduo, cansado da vida de operário estava sentado a beira de um gramado em frente ao refeitório da empresa onde trabalhava. Ele via passarem carros de luxo de todas as marcas e modelos. Então pensava: Tem que haver outra maneira de conseguir dinheiro fácil, não é com minhas mãos cheias de graxa que vou chegar até lá. 


Pediu as contas, mudou-se para outra cidade, onde ninguém o conhecia. Encontrando o lugar apropriado, um lugar tranqüilo, com poucos habitantes, gente humilde, logo tomou conta das conversas no boteco. Sua experiência, como peão de trecho lhe dava argumentos para qualquer tipo de piada. Foi cativando amigos, semeando conversas fiadas.


 Sua fama chegou até mais adiante, e um dia foi apresentado a um vereador da cidade vizinha. Este se encantou com a verborragia fluente do novo amigo. 
Convidou-o para trabalhar com ele na câmara de vereadores. Transformou-o em assessor.

Ele era esperto, começou a arquivar tudo de interessante que pudesse lhe ser útil, contatos, telefones, obras de caridade,gorjetas,desvios,amantes, tudo era registrado no caderninho , aquilo, dizia ele, poderia ser muito útil um dia. E foi. Chegam as épocas de eleições, já havia se filiado, e agora tinha transito garantido nas baixas rodas do submundo da política.


 Foi guindado a candidato, e fez uso do arsenal do qual dispunha. O antigo chefe ficou furioso:Mas como podes fazer isto comigo? Fui eu que te busquei te dei cargo. E agora, você me apunha-la desta maneira? A política as vezes se torna muito ingrata amigo. As urnas dirão quem é o melhor de nos. Elegeu-se. Granjeou amizade e cumplicidade da maioria eleita. Impôs regras, a governabilidade a partir daquele momento começaria a custar caro. 


Cada ato, cada projeto, era questionado até nas vírgulas, e mesmo assim, recusado. A importância do projeto, ditava a regra a ser cumprida. Quanto mais polêmico, mais grana no bolso dos quadrilheiros. De humilde operário num instante transformou-se num mega empresário, investia em tudo jogos, prostituição, desmanches, drogas.


 Comprava a tudo e a todos com seu dinheiro. Juiz, delegado, policia tudo em suas mãos, dava a cada um o valor do trabalho desenvolvido. Quem não rezasse pela cartilha do vereador, sumia da cidade..e do mundo. Sonhou mais alto. Deputado seria um cargo a sua altura. Os horizontes seriam ampliados, afinal quem na cidade não votaria naquele líder? Mais uma vez elegeu-se. 


Agora Deputado Federal, aos aspones delegou o comando da máquina municipal. Agora ficava cada vez mais fácil a distribuição de dinheiro, uma ponte aqui, uma sala ali, um arado, para este, uma colheitadeira para aquele outro. Festas, banquetes, honrarias, a vida era uma verdadeira fuzarca sem preços, sem honra, sem nada. 


Descobriu que com emendas parlamentares poderia aumentar em muito o seu lucro. Colocava um assessor em contato direto com os prefeitos, estes faziam pedidos para todos os tipos de obras, muitas sem a menor importância, ele repassava a verba e de lambuja também o empresário, a empreiteira e os devidos orçamentos.

Valia de tudo, desde as carteiras escolares até os medicamentos do posto de saúde tudo passavam pelas mãos do deputado. Pelas mãos e pelas contas bancárias, é claro.Mas, as coisas começaram a tomar vulto, as contas bancárias começaram a causar inveja entre os pares, a cobiça botou os olhos nas posses do deputado.Vieram os questionamentos dos opositores,ameaça de CPI. Nada aparentemente nada assustava o deputado, transitava pelos corredores do Congresso como verdadeira liderança. Tinha amigos, influentes, que viviam à custa de suas benesses. Então temer o quê? 


As últimas notícias que tenho deste senhor, é de que se afastou por motivos de doença, continua recebendo seus salários regiamente, distribuindo e recebendo favores.
 Seu advogado por sinal um ex-ministro, já lhe recomendou construir um grande forno a lenha num dos galpões de sua fazenda. É para a fabricação das pizzas, que aliás deverão ser muitas até a sua volta.


Obs. Esta é uma “estória” e qualquer semelhança com a realidade, seu fatos e personagens, inclusive daqui da cidade será mera coincidência.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nova filosofia




*Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920)


*"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de
quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem
negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam
ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis
não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos
de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que
sua sociedade está condenada..."*


Adaptação da frase da Ayn Rand, para os nossos dias, pelo filósofo Jastrapazzon, que veio a este mundo em 1942.


*” Quando você perceber que, para trabalhar você precisa pedir autorização para vagabundos(políticos); quando comprovar que o dinheiro desemboca nos bolsos de quem não trabalha (vereadores de Sapucaia do Sul) quando perceber que o patrimônio deles aumenta por suborno e pela influencia , mais que pelo suor que cai de suas faces e que as leis protegem tão somente a eles; quando perceber que ser corrupto é status social e ser honesto é ser bobo,burro; então poderá afirmar sem nenhum constrangimento, que a sociedade, bem como as leis que regem nossas atividades, o código civil, e o código penal já foram rasgados, e estamos na era do vale tudo.


É incrível a contaminação do facebook pelas fotos dos encontros de políticos que se mancomunam para dar um novo golpe do baú. Agora ainda mais sedentos de poder, pelos altos valores a serem pagos a turma da vagabundagem de plantão. Tem partido que anda louco para descobrir como fazer para contato direto com o diabo, pois este sim, poderia dar um bom vereador.


Gosto de pesquisar, nas páginas sociais, para ver o que pensam os antigos contatos do Ballin, alguns CCs que agora levaram um ponta pé no traseiro. Tem um que chega a dar dó, o GERENTÃO do TRIGRÃO. Chora as mágoas da traição do Ballin, mas é não ter vergonha na cara mesmo, fizeram e aconteceram com outros e agora que estão obrigados a tomar o mesmo remédio ai ficam brabinhos por que é ruim? Bem feito palhaços, Ballin,Selvino,Ibanor,Gerentão,Coveiro, você s e todos estes que ainda participam desta frustrada administração tem mais que se retirar para o fundo do banheiro e chorar. Eram os sabidos, davam explicações ,comandavam, representavam, e agora estão todos ai, traídos, humilhados, mortos. 


Do PDT, somente alguns ligados a executiva fajuta daqui da cidade falam. Ninguém mais toma conhecimento do partido do “Ibanor” como alguns dizem. É justamente por ser do Ibanor, e de mais uma meia dúzia que o partido morreu na cidade. Meia dúzia de gatos pingados que ainda participam pelos cargos que tem na prefeitura, e só.


O tal diretor de habitação, não acredito que tenha cara de usar este cargo para pedir votos. Antes, papagaio de pirata, agora estudante virou crítico do Sr. Prefeito, não vai demorar muito para dar o golpe de misericórdia no Chefe Ibanor, daí vai ser de morrer de rir.
Oportunismo, isto é o que o Tita quer demonstrar ao alugar uma peça para seu comitê bem em frente a Farmácia onde os velhos se amontoam nas filas para buscar remédio. Serve de Alerta. É como se estivesse dizendo: Olha não esqueçam, estou aqui, vote em mim. Depois tem mais, qualquer coisa que não der certo é só atravessar a rua e dar o famoso “carteiraço” e esta solucionado o problema.


A turma dos indignados ( contra os vereagabundadores ) aumenta a cada movimento. Eles não podem ficar impunes, o que fizeram foi de uma covardia sem tamanho. O Coronel Scopel, não pode continuar dando as cartas aqui na cidade, ele que pegue a sua Gabriela e se mande para a sua casa de campo lá pras bandas de São Chico.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Porque, a coisa é assim.



A sociedade se movimenta, e se desenvolve obedecendo regras.As regras, são feitas por aqueles que de livre e espontânea vontade são escolhidos por nos.Ao povo e somente a ele compete fazer a seleção, encaminhando as pessoas certas para que trabalhem na organização da sociedade. Se, temos hoje no Brasil, todas estas badernas, protagonizadas por membros das classes políticas, fica mais do que claro, que nos cabe uma grande parcela de culpa. Não aprendemos, ainda, a eleger a escolher as pessoas mais preparadas para nos representar. Por isto pagamos, muitas vezes, caros tributos. Sapucaia do Sul, com seu povo hospitaleiro, acolhedor, sua geografia peculiar, seu parque industrial, suas belezas naturais, parece estar fadada a ser eternamente um covil, onde a dezenas de anos as mesmas pessoas mandam e desmandam no poder do voto. 
E porque isto acontece? Algo que pode nos ajudar a entender este estranho procedimento é o fato de nossa cidade ter-se transformado de alguns anos para cá num caldeirão onde se misturam pessoas oriundas de todos os recantos deste nosso Rio Grande e também do Brasil. Atraídos pela ilusão da conquista de um emprego, de um lar para morar,de mais tranqüilidade, muitas destas pessoas saem de suas cidades, a convite de parentes,conhecido e na maioria das vezes acaba caindo nas mãos de políticos inescrupulosos. Um fenômeno que ainda costuma acontecer é a migração de eleitores, iludidos pelas promessas vantajosas de emprego, moradia, etc. Isto aconteceu muito e ainda acontece aqui na cidade. Ora, estas pessoas vindas dos mais distantes recantos, muitas das vezes sozinhas, engordam as estatísticas daqueles que vão depender das migalhas, dos programas sociais, das sacolas, das casas a beira de rodovias, das beiras de riachos.
 Ficam reféns por isto mesmo, daqueles “padrinhos” que os levam pelas mãos na eterna peregrinação em busca de direitos. Cria-se desta forma uma dependência, e com ela a fidelidade. Um caso bem típico aconteceu nas eleições de 2008 aqui na cidade. O candidato Luis Scopel, que havia apresentado chapa para concorrer a prefeitura, ante o resultado das pesquisas que o colocavam em último lugar entre os mais prováveis, resolveu de última hora jogar a toalha, mas, não ono tablado, e sim no colo do candidato Ballin a quem as pesquisas apontavam como virtual candidato vencedor. Pois bem, um tarde de sábado estava eu no diretório do PDT (era secretario executivo) quando ouvi uma gritaria infernal, que vinha no sentido  bairro centro. Fui até a janela, e fiquei abismado com a quantidade de pessoas todas carregando uma vassoura (lembrei do Jânio Quadros) eram muitas mesmo, trezentas, quatrocentas talvez. Mas o detalhe que chamou minha atenção foi o fato de que todas aquelas pessoas estavam mal vestidas, sujas, um estranha mistura. 
Ou seja, aquelas pessoas representavam a massa de manobra de um candidato que trazia das beiras de arroios, beiras de faixas de domínio, o seu público, os seus eleitores. Para estas pessoas, não existem filosofias, não existem planos, não existem esperanças, eles vivem o dia a dia, então tanto faz que esteja ou quem seja candidato a isto ou aquilo. E não podemos culpá-los, estas pessoas vivem,comem e dormem pelas mãos deste tipo de político. São especialistas em manobrar com os bolsões de miséria. Por isto permanecem, estas classes, por isto sobrevivem. A maioria de nossos políticos se fez desta maneira, e por isto que sempre me refiro aos currais, costumam manter estes eleitores a base de favores, e assim elegem-se continuadamente. É difícil reverter este quadro? Eu diria que é quase impossível, precisa muita mobilização, muita reunião, muita conversa. Dificilmente pessoas que vivem assim nesta dependência abrirão mão dos favores em detrimento de novos planos, novos projetos para a cidade. 
A prova de minha teoria, é a fraca participação das pessoas(eleitores) nas manifestações que tentam conter os abusos destas verdadeiras corjas, se, numa campanha, em pleno horário de trabalho, se consegue juntar dezenas de pessoas, empunhando vassouras, porque então estas mesmas pessoas não comparecem quando chamadas para reivindicar seus direitos, protestar contra os abusos? Simples, para alguns o ideal é viver a sombra. Alimentar-se de migalhas,morar de favores e de cabeça baixa, sem olhar para a verdadeira cara do seu algoz.

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Fato inusitado.
Motivados e impulsionados pelas redes sociais (facebook) tentaram na última terça feira protocolar um pedido para usar a Tribuna Livre da câmara de vereadores da cidade Sapucaia do Sul. Ordeira e pacificamente os cidadãos e cidadãs, foram chegando e ocupando seu espaço, nas cadeiras. Mas, na chegada já eram recepcionados, não pela presidência ou por vereadores,ao contrário, foram recepcionados por seguranças contratados e pelas forças da Brigada Militar. Vejam bem, era o povo tentando ordenadamente, sem baderna participar de uma sessão na câmara do seu município, Nada mais. Por detrás deste movimento está a indignação popular de todos aqueles homens e mulheres que não concordam com o ato traiçoeiro, ignóbil, e covarde dos vereadores que numa sessão, na calada da noite resolveram aumentar seus salários em mais de cem por cento.
 Normalmente e via de regra as reuniões da câmara aqui da cidade servem de palco para todos os tipos de manifestações não muito elogiosas de parte dos próprios vereadores que se ofendem e não raras vezes até partem para o tapa.Isto tudo, convém salientar, sob as vistas da Bíblia Sagrada, que fica postada bem a frente do Sr. Presidente e de onde é lido um salmo, pedindo a proteção de DEUS.Informados de quais os motivos levaram os participantes até aquele local, os senhores crápulas trataram de assegurar a sua integridade física. Não tiveram a clareza, a inteligência de observarem  de que aquelas pessoas ali reunidas não eram bandidos (como eles)eram na verdade seus patrões e por isto mesmo deveriam ter sido respeitados em seus legítimos anseios. 
Na verdade todo aquele aparato policial deveria ter adentrado numa noite fria e escura quando onze homens, que deveriam ser os guardiões do dinheiro público, metiam a mão de forma descarada em dinheiro que não lhes pertencia. Para este tipo de agressão não se faz necessária a presença da policia. Para este tipo de ato quanto menor o bando mais sobra para cada um, é assim que agem os criminosos. Mas, num ato de benevolência, o vereador presidente, aceita o do protocolo pedido para uso da tribuna. A resposta não poderia ser outra. Mostrando toda a burrice, toda a ignorância, toda a insensatez, todo o descalabro, todo o analfabetismo que lhe é peculiar, o presidente nega o pedido, ressaltando que solicitações daquele tipo (movimentos sociais) não estão contempladas nas regras da casa. Todos nos sabemos, eu pelo menos conheço cada um dos vereadores, sei de historias que poderia arrepiar muita gente, que tipo de regramentos eles criam. 
As regras formam como que uma espécie de casamata, e serve de fuga para quando alguém possa vislumbrar alguma coisa de grave. Recentemente, não podemos esquecer as tentativas do ex-presidente Lula de tocar com a barriga o julgamento do mensalão.No Brasil é assim, se o bandido é rico pode até contratar um ex-ministro da justiça, e mesmo com a confissão,mesmos com as provas, ele será liberado da cadeia, não terá que devolver nada, e ainda tem o direito de pagar os honorários criminosos com o dinheiro de desvios,propinas e sabe-se lá quantos outros crimes mais. Mas, vejam bem: ISTO ESTÁ DENTRO DAS REGRAS, PARA ELES,mas, só para eles.Ao povo resta ler,escutar, tomar conhecimento de todas estas falcatruas e calar. Não abrir a boca pois podem muito bem ser calado pelos coronéis da cidade. DEZ MIL REAIS, é muito dinheiro para pagar salário de homens que trabalham  na base de conchavos,que não fazem o seu papel de fiscalizadores, porque trocam os seus serviços por cargos na administração municipal.
É muitíssimo dinheiro para pagar por tão poucas horas trabalhadas, sem apresentar resultados para o município. E muito caro pagar um salário de DEZ MIL REAIS para uma equipe sem qualificação técnica , sem cultura,sem educação. É muito caro pagar DEZ MIL REAIS para quem, ao invés de receber o povo de braços abertos, convoca um pelotão da Brigada Militar, e uma tropa de seguranças. É muito dinheiro pagar DEZ MIL REAIS, para quem fecha os olhos para as misérias da população e se fixa no seu conforto pessoal, de si e de suas amantes. O povo quer apenas dialogar, conversar, buscar o bom senso, pedir que estas pessoas reflitam na burrada que cometeram. Não precisam convocar o exército, nem brigada, nem muito menos os seus macacos. O povo não quer quebrar nada, não quer saquear os cofres, até porque, na verdade eles já foram devidamente saqueados por profissionais.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


A prova.
Tenho, desde há muito tempo defendido uma tese, de que nossa cidade jamais deixará de ser refém de alguns políticos. Refiro-me a todos estes que há mais de quarenta anos vivem dando as cartas, ou pelo menos por detrás dos bastidores arquitetam mil e uma artimanhas para de uma forma ou de outra se manterem no poder. Aqui na cidade de Sapucaia do Sul parece que o povo ficou encantado, amortecido, anestesiado. Estamos, nos eleitores, presos entre dois enormes desafios os quais parecem indestrutíveis. Vejam só: Todos reconhecemos ser de suma importância uma renovação de no mínimo cem por cento dos atuais dominadores políticos do município, mas não ousamos, ou não tentamos fazer esta mudança pelo simples fato de estarmos todos presos a compromissos com esta plêiade de lacaios que ai estão. 
Ora, sem renovação não existe desenvolvimento, os vícios permanecem, as trocas de favores continuarão persistindo, ninguém pode comandar alguma reforma por melhor que ela seja se possui rabo preso, com alguém. Este alguém dará sempre as cartas. A qualquer momento fará as exigências que achar necessárias e o administrador ficará, como sempre aconteceu, com as mãos, os pés e tudo o mais que possuir PRESO. A declaração do diretor da câmara Sr. João Scopel contidas no jornal VS desta quarta feira(13/06) não deixa nenhuma dúvida sobre quem manda naquele local:” A decisão já foi tomada em 2011” vai mais longe o diretor”Eles já votaram e não vão voltar atrás. Esta pauta está encerrada”.. Notem que o distinto diretor não está apenas falando, ele está afirmando, pondo um ponto final a discussão. Que estranho poder tem este senhor para desta forma tentar calar a voz de uma cidade inteira, o que sabe o Sr. João Scopel sobre as principais lideranças para poder dar este tipo de declaração. 
Afinal, tenta o diretor colocar-se acima dos desejos e anseios de toda uma população que grita contra este verdadeiro crime, cometido pelos senhores vereadores do município. Em tese, com este tipo de colocação ele coloca em xeque a própria filosofia do partido a que pertence. Isto nos leva a refletir como seria uma eventual administração de um prefeito indicado por esta sigla. Quer dizer, tem um prefeito eleito, tem uma câmara, mas quem da as cartas é o Sr. Scopel? Por quê? Mas desde que surgiu na política, tem sido assim. Até quando vamos continuar a assistir este tipo de vandalismo contra os direitos da população? Existe sim, um movimento de repulsa, de revolta na população, contra todos estes atos vilipendiosos cometidos pelos vereadores. 
Estamos sim indignados com esta farra, de cargos, de fantoches políticos que se locupletam há tantos anos graças as trapaças, e conchavos de alguns líderes que passam o tempo todo montando armadilhas, para desta forma poderem manter sob suas asas verdadeira quadrilhas. No dizer, e no entender de algumas pessoas aqui deste pobre município (pobre no sentido de poder mudar)os movimentos sociais não tem o direito que exigir mudanças. Os nobres vereadores, sob a batuta do diretor da câmara votam e aquilo está sacramentado? O prefeito pensa fazer, mas o diretor da câmara ordena que nada daquilo vai acontecer.
 Daí todos baixam as orelhas e fica tudo por isto mesmo? As redes sociais, as quais eu sempre achei poderiam servir de alavanca para uma mudança de atitudes, parecem estar meio que perplexas, com tantas reviravoltas. Se, de um lado tem as que realmente se interessam por alguma coisa sadia e boa, por outro lado aparecem outras com finalidades apenas de abrir uma janela para todos os oportunistas de plantão, que ficam ali somente controlando postagens, dando pitacos, mas que de utilidade não mostram absolutamente nada.
 Vejam bem, não é de duvidar, que no dia marcado para que a população compareça na câmara e mostre todo o seu repúdio as malandragens cometidas por estes senhores, lá estarão, a mando do Sr. Diretor, os eternos cães de guarda armados, brutamontes a serviço dos poderosos. E nós mais uma vez, seremos barrados, teremos a boca calada, não poderemos fazer valer o nossos direito de cidadão, tudo porque esta cidade vive a égide do medo, e da incompetência de meia dúzia cafajestes do rabo preso. 

terça-feira, 12 de junho de 2012


Eleições em Sapucaia.

Claro que ainda é cedo para se falar em candidatos com mais ou menos potencial para ganhar as eleições municipais deste ano. Mas, de certa forma já podemos vislumbrar algumas coisas tristes para o nosso município. Por exemplo, o Ballin vai tentar se reeleger, desta vez, abraçado ao Arlênio, um baita interesseiro, e, como eu denomino, um verdadeiro paquiderme da política municipal. A união não poderia ser melhor, junta o mentiroso com o aproveitador. Desde a malfadada gestão do
PDT, com seu vice prefeito de araque e um trabalho que não convenceu nem mesmo aos seus filiados, Ballin preferiu pisotear sobe a própria honra e se jogou nos braços do PMDB, uma sigla que mais se assemelha a um verme.
Incapaz de projetar candidatura própria é capaz de fazer dobradinha até com o diabo, desde que com isto possa continuar mamando. E assim em Brasília, é assim no estado e vão tentar fazer assim no município. De outro lado temo o reaparecimento do Sr. Marcelo Machado, agora no PSDB, pode, apesar de todas as acusações, e processos pendentes dar uma virada no jogo. Vai apostar, no fato de que nada até agora foi provado, e principalmente em alguns nomes que estão sento agregados ao partido. Sinceramente, se eleito, espera-se que tenha aprendido a lição, jamais a petulância, e a ostentação de um ente público, foram tão usadas por ele quando prefeito. Perdeu, no meu entender a grande chance de ser o diferencial como administrador. Deixou escorregar por entre os dedos a grande chance de ser considerado o melhor prefeito da cidade.É bem verdade de que um prefeito, eleito sem a devida base na câmara vai continuar sendo refém da corja que eventualmente venha a ocupar o legislativo.
O prefeito sozinho não faz nada, não manda nada e vai continuar, como até agora aconteceu a comer pela mão dos vereadores, os quais continuarão a lotear a secretarias em função da ordinária chamada governabilidade. O Sr. Ivan Braz entra neste jogo como sugador de votos daqueles todos que não concordam nem com o Ballin, muito menos com o Marcelo, vai tirar mais votos do PT. Não creio sinceramente que acredite na vitoria. O mesmo pode-se dizer da candidatura do Dr. Vilmar Lourenço, pelo PTB do Scopel. Muito embora candidatos com preparo técnico comprovado ( estou me referindo apenas ao Dr.Lourenço) é muito difícil que consiga quebrar o encanto, ou o feitiço que ronda a política Sapucaiense. Tenho tudo para acreditar que a verdadeira disputa ficará entre Marcelo, e Ballin, e, pelas conversas de botequim, pelas noticias extra-oficiais todas as pesquisas apontam para o lado do PSDB.
De qualquer forma, existem outras candidaturas que se anunciam, mas todas fracas, sem nenhum embasamento forte que poderia mudar o sentido dos ponteiros. Temos, nós eleitores, que nos prepararmos para a enxurrada de lixo que vai rolar com as candidaturas ao poder legislativo. Com um salário que se presume em torno de dez mil reais, vai aparecer candidato não só com a ficha suja, mas também com a cara, a bunda e muitas outras coisas mais. Cabe a nos eleitores aproveitar mais esta chance e mudar o rumo dos destinos de nossa cidade. Vamos votar em quem realmente tem condições de fazer algo de novo. Volto a insistir, NÃO VOTE em NENHUM candidato que já tenha desempenhado MANDATO nos últimos trinta anos. Estes estão podres, estão contaminados. Nem ouça seus argumentos. Ignore-os.
E mesmo os novos candidatos analisem a vida destas pessoas. De onde veio, o que fazia antes da política, trabalhava em quê. Tem candidato a candidato que já estou sabendo, foi até gerente de casas de prostituição. Nosso voto representa um cheque em branco na mão desta gente. É uma procuração que passamos para alguém falar e agir em nosso nome. Daí a importância. Você daria uma procuração, ou a chave de sua casa para algum destes vereadores que já estão? Claro que não, então, com os votos é a mesma coisa. Vamos mudar este nosso mundo, não eleja vagabundo.

domingo, 10 de junho de 2012

Vergonha.


E, parece que o partido do Brizola, o PDT, daqui da cidade já pode se considerar morto e devidamente enterrado pára as eleições 2012. Com candidato próprio é muito difícil acontecer, até porque ninguém de bom senso vai querer se juntar a um partido que traiu um grande número de filiados, participou desta administração fajuta com o PT. Foi recusado pelo próprio PT para uma segunda tentativa de ridicularizar mais ainda o município. Um partido que em detrimento de tantos colaboradores daqui da cidade decidiu apostar em buchas trazidas de outros locais.
Uma sigla que resolveu doar a única secretaria que recebeu como esmola, a uma pessoa que nunca participou de nenhuma reunião, que não era filiada, e que se dignou apenas e tão somente a aplicar os programas do governo federal. Quem, vai querer apostar num quadro montado por uma sigla que não tem sequer candidatos com potencial para disputar uma cadeira na câmara Municipal. Candidatos despreparados, fracos, cujo único interesse em concorrer é mostrar acara na vitrine e assim conseguir um cargo na administração.
Agora fiquei sabendo que o partido do Ibanor e do senhor Aldoíno, se atira em direção aos braços do Marcelo Machado (PSDB) e o pior, exigindo o cargo de vice- prefeito, para quem? Ora pro Tigrão, o Ibanor. Mas onde estão com a cabeça estes senhores? Participam, ainda, da desastrosa, e incompetentes administrações do PT partiram, mesmo assim, para o racha (mas não largaram os cargos) E agora, qual mendigos, políticos correm de um canto para o outro a procura de quem os acolha. Onde é que está a dignidade deste partido, o que fizeram com o PDT, de Brizola.
Onde é que está o gerentão, braço direito escolhido pelo Ibanor  como conselheiro? Será que vai ter peito de sair candidato depois do que fizeram com o partido? Será que terão cara de apresentar alguém para “representar” a população? Sinceramente acho que deveriam todos da executiva se demitir e convocarem novas eleições. O PDT, aqui na cidade, antes um partido forte, de tradições virou um fracasso, um pedinte, que mesmo ajudando a eleger o prefeito, não teve deste, o respeito o apoio e o reconhecimento.
Contentou-se com uma secretaria, e um cargo de diretor que nem foi indicação sua, um diretor que preferiu esculachar com outros tantos filiados, só pensando em marcar presença numa pretensa lista de candidatos a vereança. Se, o Sr. Ibanor, tivesse ouvido o que tantas vezes eu lhe coloquei, se tivesse dado ouvidos a quem realmente queria lhe dar apoio, agora seria um candidato potencial a prefeitura. Estariam com certeza dando as cartas, escolhendo ele próprio, aqueles que mais se adequavam aos seus projetos.
O preço que o PDT está pagando no município é pelas traições, pelas covardias, pelas inúmeras besteiras feitas pelos aspones de luxo (gerentão, coveiro, secretaria de gabinete), então que seja debitada na conta destes “brizolistas” de meia pataca, a falência da sigla, a vergonha de agora baterem de porta em porta mendigando ajuda.

quinta-feira, 7 de junho de 2012


Não tenho nada...
 “....sinceramente, não posso entender como a minha cidade tenha se transformado nisto tudo, que escreves nos texto de teu blog.A princípio pensei que fosse algo pessoal, alguma coisa entre você e algumas pessoas da cidade. Mas, vejo que não é assim, pois acompanho também as notícias através do Facebook, e principalmente agora para CE que a coisa está tomando vulto. Aqui,onde vivo as pessoas por muito menos do que isto já estão nas ruas, gritando,exigindo mudanças de atitudes, chegando ao extremo de alguns radicalismos...” Este, pedaço de email, aqui transcritos pertencem a um amigo desde há muito radicado nos Estados Unidos vivendo atualmente em Atlanta.
Confesso que muito me intrigou o fato de que um cidadão, mesmo que sapucaiense, tomasse interesse por notícias daqui da cidade, muito mais ainda que as buscasse no meu modesto blog. Reconheço que chego a marca dos vinte e cinco mil acessos com um misto de orgulho, e alegria, pois para as pessoas que meã acompanham, entendem que noventa por cento dos textos e das mensagens dizem respeito aos problemas da minha cidade, bem como das atitudes desta cambada que a governa a quase meio século.Mas, se aos ausentes isto parece preocupar, os residentes, os responsáveis pelo pagamento de tributos, as autoridades, os órgãos oficiais, tanto a nível municipal,estadual e federal, vão tocando o barco da maneira como lhes convém.
Calcados na certeza da impunidade, do pouco caso, da alienação e do desinteresse, mentem, desviam, e enganam absolutamente convencidos de que o final da novela será o mesmo desde que este humilde sétimo distrito de São Leopoldo, resolveu virar cidade. O que me constrange, o que me revolta, o que me faz indignado é ver, é sentir, é comprovar a passividade com que a população encara e aceita toda esta onda de desaforos, de humilhações, de prevalecimentos sem tomar uma atitude mais drástica, sem que parta para uma ação mais efetiva junto aos órgãos responsáveis.
Existem mil denúncias, existem denunciantes para todos os fatos e desgovernos nas administrações, as pessoas encarregadas da fiscalização, ou se escondem, ou de vendem, ou ainda optam viver a vida assim como ela se apresenta. “ Se não me atinge não tenho nada com isto” , este parece ser o lema. Bombardeados pela mídia que deita e rola em verbas públicas, tem platéias que se satisfazem com as tirinhas, com as boas graças da primeira dama, com a secretaria que acolhe velhinhos e velhinhas, com mil bolsas,mil projetos, com as casas que começam com um orçamento de tanto mas que ao final triplicam estas verbas e tudo passa em branco. O importante é que tenho a casa própria. Sim, é verdade, mas será que a casa própria não poderia ter custado muito mais barato e ser de muito melhor qualidade?
Não podemos nos esquecer que o dinheiro para a construção destas moradias, ditas populares, saem exatamente do nosso bolso, são os depósitos do FGTS, que alimentam uma pequena parte desta cadeia. As maiores fatias destes depósitos escoam para canais bem diferentes daqueles por onde deveriam escoar. Agrada a população aplaudir os facínoras das verbas públicas, os deputados federais com suas emendas, com suas verbas sempre ajustadas de acordo com os interesses dos cabos eleitorais, governo, prefeitos e vereadores.
Parecem ter prazer em receber estas migalhas, esmoladas junto ao governo federal, esquecem que muitos destes milhões doados aos gabinetes parlamentares, que vão servir para remendar as cagadas e aos superfaturamentos de obras orçadas a um determinado preço e pagas com um valor bem acima do contratado. Pra que botar cimento, se barro faz o mesmo efeito?
Para que botar tijolos de primeira, se os refugos sairão pelo preço de primeira? Para que preocupar-se se o prédio vai rachar, vai ruir, vai fazer vítimas? Um laudo pode ser maquiado, trocado, comprado. E o mais triste de tudo isto, é que estamos totalmente conformados, não temos ação. Não queremos protestar, pelo simples fato de que eu não tenho nada a ver com isto.
      

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Inercia.

Parece que nem mesmo com todo o alarde nas redes sociais da internet as pessoas estão dando bola para os mais diversos escândalos que ocorrem no país e principalmente na cidade. O aumento absurdo, ignóbil,vergonhoso, e pra lá de imorais que os vereadores da cidade deram a si próprios, as deslavadas alianças espúrias entre siglas interesseiras, os constantes desabafos dos “maridos traídos da política” os jogos de cena de alguns fantoches, nada disto comove o eleitor, que na maioria das vezes usa de espaços na internet para jogar,passar trotes,passar mensagens, e correntes como se no Brasil tudo estivesse as mil maravilhas.

Mas, não dá para culpar algumas destas pessoas. Pertencem ao grupo daqueles que quanto pior, melhor. Se, tem gente se alimentando de lixo? Eu com isto. Se existem pessoas pedindo esmolas,assaltando,roubando, estuprando, não me interessa. Se nossos senadores e deputados estão votando em surdina mais e mais desaforos, se estão articulando mil maneiras de desviar os olhares do povo para os crimes, os roubos, as poucas vergonhas que seus colegas praticam, não têm problemas. Se os poderes da república mostram a sua verdadeira cara de deboche ridicularizando ministros, se senadores ou deputados perdem em plenário as provas de suas taras, isto nada tem importância.

Costumamos delegar aos poderes constituídos a tarefa de punir culpados, mas, como vão puni-los se a lei é uma colcha de retalhos?Como fazer justiça se um ex-ministro da justiça leva quinze milhões de honorários para livrar da cadeia um ladrão das verbas publica. Os tais grupos criados nos mais diversos modelos de programas na internet, servem apenas e simplesmente para que alguns se projetem como guardiães da moral e da ética. Na verdade são outros covardes que não têm coragem para encarar o desafio de um debate cara a cara.

É muito mais fácil, ficar atiçando, provocando, patrocinando fofocas que não levam a nada. Quem ousa criticar, é tido como recalcado que apenas o faz porque foi preterido e chora por não ter ganho uma teta para mamar.Outros mais desaforados ainda mamaram, aproveitaram para se locupletar financeiramente durante todos os quatro anos e agora ao apagar as luzes se atiram como cachorros famintos agredindo quem lhe alimentou. As siglas viram moeda de troca dos imbecis de plantão. Não existem filosofias, não existem regras, muito menos escrúpulos.

Aqueles mais esclarecidos passam por bobos quando tentam chamar a opinião pública para o debate. Os oportunistas não aceitam. OAB, ACIS, CDL, ROTARYS, estão mais preocupados com a campanha do agasalho, com os jantares com as recepções do que encabeçar um movimento uníssono em busca de respostas a tentos desmandos. Os vereadores se auto regulamentam salários, zombam do povo, o prefeito mente descaradamente, os partidos da base aliada trocam a fiscalização por cargos para seus aspones. A cada eleição é o mesmo choro, as mesmas lamentações, depois aparecem os gabolas, os mentirosos, os eternos baba ovos e o eleitor esquece tudo , por uma sacola, por um terreninho na beira da faixa de domínio,por uma receita, por uma promessa que ele sabe que é furada mas que tem vergonha de desmentir o lacaio na cara. E assim eles seguem se perpetuando.

Existem mil indignados, com a situação, mas peça que saiam das tocas, que se identifiquem, e eles se encolhem mais ainda. Tem gente do PTD que mesmo com todos os desaforos recebidos, mesmo com toda a vergonha pela qual a sigla passou e passa, mesmo assim permanece como que grudado na teta. Para estes não existe ética, não existe filosofia, o que interessa na realidade, é um punhado de dinheiro na conta, mesmo que isto signifique a total falta de vergonha na cara. E o pior, é que ainda existam aspones (coveiro/gerentão) preconizando a vitoria do PDT com candidato próprio (Ibanor) nestas eleições. Aí é não ter senso de ridículo.


sábado, 2 de junho de 2012


A Chácara. (continuação).

Nossa nova casa, era de alvenaria, uma casa antiga. O banheiro ainda era do tipo “escarióla”, ou seja, não era revestida de azulejos. Na frente, bem abaixo do beiral das telhas havia uma inscrição –Vila N.Srª.das Graças – e, ao pé desta um gruta com a imagem de Nossa senhora.A gruta era toda coberta de flores, plantadas a sua volta e a entrada protegida por aspargos. Em toda a sua volta, a chácara era protegida por enormes pés de cinamomo, plantados a um distancia de três ou quatro metros um do outro.O terreno era todo cercado por arame farpado, coberto com cerca vivas.
O dia a dia na casa era o mesmo de todas as crianças, aos poucos foram chegando os amigos, organizamos times de meninos, para ocupar um pequeno campinho existente ao lado. Eu era goleiro, mesmo caminhando com um aparelho ortopédico para firmar a perna direita, era o goleiro escolhido. Meu pai costumava ficar fulo de raiva, pois cada jogo representava uma quebra na junta do aparelho. Por conseguinte eu ficava de molho sobre a cama, enquanto ele levava o aparelho na fábrica para que um dos mecânicos soldasse novamente.
Tínhamos o nosso CTG,(Estrela do Pago) criado por uma professora de acordeom(Delfina Miranda) ali ensaiei as primeiras poesias. Como tinha certa dificuldade para dançar, eu era o escolhido para fazer as apresentações – Chirú das falas – gostava de declamar, as poesias de Jaime Caetano Braum, Barbosa Lessa, e tantos outros autores da época. Organizávamos bailes, e recebíamos visitantes das cidades vizinhas. Era um evento para a rapaziada, o Luisinho, Eloir, Zezo, Luiz,Nêne, Gelson,Marlene, Ivon,Chico,Miguel,Omar,Maria,Negrinha.
Tantos outros que foram saindo, se mudando. Costumávamos participar de encontros em outros municípios e um que nunca mais saiu de minha memória foi de uma participação em um baile em Taquara, e fomo de trem. Saímos no sábado pela manhã e só retornamos na segunda pela manhã, pois não havia trem aos domingos para Porto Alegre. Dormimos todos dentro dos vagões estacionados na estação de Taquara. De outra feita, resolvemos (nos da casa) oferecer um carreteiro para o grupo de amigos do CTG.
O local escolhido foi debaixo das pereiras. Foi um espetáculo, iluminamos tudo com várias lâmpadas estratégicamente colocadas nos galhos mais altos, varremos as folhas, montamos uma grande mesa, e ali ao som da gaita de  outros instrumentos ficamos até altas horas dançando,brincando. Tudo sem malicias, sem abusos.Mas, as dificuldades da viúva e proprietária da casa foram se avolumando, e finalmente veio a má notícia, a chácara seria posta a venda. Aquilo caiu em nossas cabeças como uma bomba, as plantações, o pomar, as flores tudo cuidado, tudo mantido com carinho.
Não precisávamos mais cuidar de nada. Podíamos ter que sair a qualquer momento. Lógico que ninguém queria sair dali. Adorávamos a chácara. Uma manhã de sábado D. Elvira, acompanhada da tia Lucia e mais um homem apareceram por lá. Era um engenheiro amigo da viúva que vinha fazer uma avaliação geral da casa. Realmente a casa era uma construção antiga, e apesar de todos os cuidados apresentava algumas fendas, naturais pelo movimento do solo em algumas peças.
Inclusive o engenheiro alertou para que ficássemos de sobreaviso, pois em caso de trovoadas mais fortes poderia ocorrer a queda de algum pedaço de parede. Moramos por mais de dez anos, nunca caiu um farelo sequer de cimento. Para nos aquilo serviu para assustarmos alguns compradores, eles vinham, olhavam, perguntavam, e a gente (os filhos) alertávamos:
Olha, estas paredes já estão condenadas pelo engenheiro, se comp,rarem vão ter que demolir aqui, restaurar ali. Lógico o compador não aparecia nunca mais. Tanto os pai quanto a mãe , não falava nada, mas no fundo, no fundo gostavam das nossas mentiras piedosas.

....................continua...........

sexta-feira, 1 de junho de 2012


A chácara.

Foi por volta de 1954, que nossa família mudou-se de São Leopoldo, para Sapucaia do Sul. Meu pai trabalhava em uma indústria de papel e papelão, e tinha uma irmã, de nome Lucia que cuidava de um casal de idosos que residiam ali na rua sete de setembro. Estes, eram sócio da antiga Casa Lú, tradicional estabelecimento de Porto Alegre. Seu Manoel, era caçador, em uma de suas caçadas, feriu-se no pé. Como era diabético, o ferimento foi aumentando e apesar de terem todos os recursos disponíveis faleceu.
A viúva ficou com minha tia de companhia. Resolvendo mudar-se para o apartamento que tinham em Porto Alegre fez o convite para meu pai que aceitou. Assim aos doze anos tornei-me mais um cidadão sapucaiense. A casa onde morávamos era muito pequena, eram quatro peças, e sequer possuía pátio, pois os fundos da casa davam direto para um banhado, porém um detalhe, águas limpas e cristalinas. A chegada a nova residência, foi uma festa. Era tudo tão grande tão bonito, um pomar com todos os tipos de frutas, uma galinheiro com mais de cem galinhas, uma horta e ainda com um cercado onde podia-se plantar, e já haviam muitas, flores das mais diversas qualidades.
Cada um de nós ganhou um quarto grande com roupas de cama e tudo o mais, a sala era composta por uma copa americana com sua parte superior envidraçada onde se podiam ver vários tipos de copos e tigelas. A casa era composta de quatro quartos, sala,sala de jantar,cozinha, com um grande fogão a lenha, dispensa,banheiro,uma área externa anexada ao corpo da casa com poço e toda decorada com folhagens, onde predominavam as samambaias gigantes que pendiam do teto.Havia ainda a área de serviço e a garagem.
Com a doença do proprietário o carro fora vendido e na garagem havia sido construído um fogão de tijolos. Ali ficavam todas as ferramentas para o cultivo, a limpeza e manutenção de toda a área. Eram o equivalente a doze terrenos. Salvo a parte já aproveitada, restava um bom espaço para plantar e semear o que se desejasse. Meu quarto, foi escolhido pela minha tia, gostava muito de mim, era o quarto dela, com uma cama de meio casal, e colchão todo de algodão. A janela dava para o jardim com flores. Os outros quartos ficavam no outro lado da casa e davam para a área de plantio.
Meu pai e meu irmão mais velho, trabalhavam o dia inteiro em São Leopoldo, minha mãe trabalhava no Colégio da praça( D. Sibila.)das 13 até as 18 horas. Eu e o menor (Luiz) ficávamos encarregados das lides da casa, bem como da capina e limpeza do pátio. Era uma época de fartura, comprávamos poças coisas, plantávamos de tudo, frutas e verduras meu pai não vendia doava, aos vizinhos e também ao colégio para a sopa dos alunos. Ao lado da casa, esticando-se até os fundos um grande parreiral. Na primavera gostava de olhar da janela do meu quarto e admirar aquele túnel verde, formado pela parreira e ao fim destas a sombra de quatro gigantescas pereiras.
Naquele tempo, nos jogos de futebol( no campo do Vera Cruz) eu e meu irmão enchíamos um carrinho de laranjas mandarinas, comum, bergamotas, peras, caqui, goiabas, e íamos fazer a nossa féria para as tardes de cinema de domingo. Várias, foram a vezes que tínhamos que voltar para abastecer o carrinho. A noite, todos reunidos em volta da mesa a diversão era ouvir as radio novelas, da rádio gaúcha e da farroupilha, ou então aos domingos o Grande rodeio Coringa.

...............segue...........