Chacinas, mortes, estupros,
roubos, assaltos, cadáveres pelas estradas e rodovias gaúchas, invasões de
domicílios, pessoas perdendo seus bens para vagabundos em plena luz do dia,
mas, de acordo com nossas autoridades em segurança tudo está nos patamares
normais. Os índices nos mostram isso, é o que dizem. Na verdade estamos nos
todos acuados, dentro de nossas prisões, a simples saída para a compra de um
pão, de um medicamento pode significar, tristezas e dor. Não obstante a cada
dia recolhemos para os cofres públicos centenas, milhares, milhões em impostos,
dinheiro que teoricamente deveria ser usado para tentar conter esta guerra.
Já não se pode mais aceitar
tragédias como estas com os argumentos
de que se tratam de disputas por pontos de tráfico e que todas as pessoas
estejam envolvidas. Isso pode até mostrar uma parte do problema, porém não é o
motivo principal. A causa, verdade verdadeira, é social, é todo um conjunto de
fatores que começam pela educação, seguem pelo saneamento básico, entram pelas
vielas da falta de emprego, seguem pelas avenidas da falta de policiamento para
desembocar na inercia, no desleixo, na falta de atitudes, no desrespeito para
com a população.
Como é que se pode exigir
que haja segurança quando se sabe que faltam contingentes? Como se falar em
segurança quando salários são parcelados? De que maneira vamos falar em reduzir
a violência se muitas das viaturas, servem de presídio, enquanto policiais
ficam fazendo guarda aos presos recolhidos nestas viaturas? Como se não bastassem
todas as tropelias do governo federal, do judiciário capenga, de um STF
covarde, de juízes corruptos, de um congresso de fantoches onde cada um busca o
melhor para si e para suas corriolas.
Segurança, emprego,
moradia, saúde são apenas alguns dos barcos que navegam neste mar de sujeira,
trampolinagens, trapaças, negociatas e desmonte de nosso estado, de nosso país.
Muitas mortes mais ainda vamos ter que assistir, muitas tragédias no trânsito
ainda continuarão matando, ferindo, lotando as emergências de hospitais,
levando tristeza e dor aos familiares. Mas as estatísticas dos irresponsáveis
não mostram esta realidade, ao contrário, mostram um normalidade. Muito embora
em duas chacinas ocorridas de junho para cá tenham ocorrido QUATORZE MORTES, e
entre as vítima DUAS MuLHERES GRÁVIDAS.
Até quando meu Deus, até
quando?