O ser humano, esta milagrosa criação do todo poderoso parece que, mesmo feito a imagem e semelhança do criador, não faz questão de manter-se fiel as origens. Digo isto baseado em provas contundentes de que por mais que se mostrem exemplos, por mais que se testemunhe através de fatos concretos, a verdade é que a vida, este dom maravilhoso não tem nenhuma importância.
Prova disto são as manchetes diárias dos jornais as notícias do rádio e tevê. Fins de semana normais, já contabilizam uma média de quinze a vinte vítimas fatais, isto, levando-se em conta apenas os óbitos registrados na hora. Muitos acontecem após uma internação hospitalar, depois de vários dias principalmente se houver graves traumatismos. No caso de fins de semana prolongado com feriados, bem, daí a média triplica.
Morre-se por qualquer motivo, mata-se por qualquer banalidade, e para isto vale qualquer coisa como “ferramenta”.Pode ser uma pedra, um pedaço de madeira, uma barra de ferro, uma faca,uma arma de fogo, pode ser um carro. Parece que matar, está relacionado diretamente com aquele sentimento de grandeza, de imponência. Nas brigas e disputas por pontos de tráfico é onde a vida humana tem a sua menor cotação, ela pode valer centenas, como também pode valer centavos de reais.
Já no trânsito a coisa muda de figura. O que conta mesmo é o valor da “arma” que vai ser utilizada. Uma bobagem, pois no trânsito um velho carrinho bem conservado, tem o mesmo potencial de destruição do que um potente e sofisticado carro do ano. O diferencial está nas reações de quem o dirige. E aqui é bom que se diga que um bom motorista não tem nada a ver com curso de habilitação feito neste ou naquele CFC, invenção de um governo totalmente incompetente para administrar. Tem aqueles que respeitam a vida, e tem aqueles para os quais a vida não tem o menor sentido. Se fosse apenas a vida destas bestas tudo bem, o pior é que em muitos casos eles matam inocentes, pagam fianças, e continuam impunes.
As leis, os códigos, estes foram criados apenas com a visível intenção de “arrecadar” até ai se faz presente o pouco valor a vida humana, tanto é que mesmo que um irresponsável atropele e mate três ou quatro, ele paga fiança (arrecadação) e volta a dirigir. Um bom advogado pode se quiser processar as vítimas e pedir indenização.
Os governantes deveriam se reocupar mais com a vida humana, legislar de forma a criar condições para que o cidadão desfrutasse de mais dignidade e menos cobrança. Legislação rígida para quem tira a vida, sem penas alternativas, sem fianças. Determinar o fim do “eu sou mais eu” do bêbado, do irresponsável, do chapado, dos filinhos de papai que quando ao volante se acham o dono do mundo. Gritar, por paz no trânsito não adianta. Nossas autoridades são cegas, surdas e mudas.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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