sexta-feira, 13 de abril de 2012

Presídios


Alardeados pelas mídias, e insuflados pelos promotores e juízes que vivenciam diariamente a situação do sistema carcerário as autoridade responsáveis pela segurança pública se obrigam a repensar as estratégias. Mas, afinal o que é que está errado? Tudo. Desde o julgamento até o recolhimento do detento ao seu lugar de confinamento. As causas dos delitos são inúmeras, dificuldades, financeiras, vicio, prostituição, e o principal, desvalorização da vida. Hoje se mata por centavos, de qualquer forma, e reafirmando o que já disse de outras vezes, está muito fácil matar. O criminoso,independentemente do crime praticado age com a convicção da impunidade, ele sabe por antecipação, que mesmo preso, duas ou trás horas depois estará nas ruas novamente.Quando acontece finalmente a condenação de um réu, o caminho normal é o seu confinamento em ambiente isolado do convívio social para que ali, de alguma maneira ele tenha a sua ressocialização, ou seja um ambiente que lhe proporcione todas aquelas condições de repensar atitudes,refazer conceitos,modificas costumes enfim, que entenda e aprenda a viver em socialmente. Cumprir a pena significa pagar seu débito para com a sociedade. A sua permanência nestes locais não deve se restringir ao ócio, a prostituição, e ao aprendizado, ou melhor, a especialização na prática de delitos. A busca pela cultura, pelo aprendizado de algum ofício, e ao desempenho de tarefas que o auxiliem de algum modo a entender e aceitar que a vida vivida anteriormente ao crime não era o correto. Isto em tese seria o ideal. Mas, pelo que se viu nas reportagens e mesmo nas entrevistas, é um quadro totalmente contrário a tudo isto, ambiente deplorável, condições subumanas, prostituição, comércio, até mesmo gerenciamento de atividade fora das casas correcionais por detentos através de telefones. Isto tudo com a conivência de algumas autoridades, inclusive de agentes corruptos que concorrem para que o quadro adquira nuances aterradoras. A reforma que urge, não é apenas da construção de novos prédios muito menos do remanejo de apenados de um lugar para o outro. O que a sociedade quer na verdade, é uma reforma no conjunto de regras ,normas e leis que regem o sistema penal. Não é possível reeducar num lugar onde o que menos tem é educação. Nem mesmo animais conseguem conviver em ambientes diariamente expostos a todos os tipos de agressões. Ninguém está aqui defendendo hotel cinco estrelas, para criminosos, apenas condições mínimas de dignidade, afinal quem os julgou foi a sociedade, a qual acredito não suportaria viver num ambiente como aquele, de miserabilidade.

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