O
momento (continuação).2
É sempre bom lembrar, estes
textos expressam apenas o meu olhar, a minha visão, o meu pensamento sobre o
momento atual. Analiso sob a ótica do candidato,seu passado,bem como pelo que
conheço de sua vivência política. Não quero, muito menos pretendo induzir
ninguém a seguir, minhas linhas de raciocínio, mas se assim o fizerem é sinal
de que pude ajudar a esclarecer alguém. Então, porque não voto em Marcelo
Machado: a administração de Marcelo Machado em seu todo foi uma grande incógnita,
e, se tivéssemos que escolher uma
palavra para representá-la eu escolheria CONTURBADA. Já nos primeiros meses de
governo começaram as dúvidas. Os gastos astronômicos com compra de casa, carros
importados, cavalos etc. Conheço pessoalmente o Marcelo Machado como engenheiro,
trabalhamos alguns meses juntos, eu na SMAS, e ele no cadastro. Por isto mesmo,
não posso acreditar que um patrimônio, tão grande pudesse ser tão rapidamente amealhado
apenas com o trabalho desenvolvido como servidor público e mais a carreira
pessoal.
A verdade é que sua administração ficou conhecida pelas extravagâncias,
e muito também pela soberba, principalmente depois do estouro de tantas
denúncias. Existem muitos processos, pelos mais diversos motivos. Até hoje não
tenho notícias se algum já tenha sentença definitiva. Não me cabe fazer
julgamento, mas, com o evento da Lei da “ficha limpa” tenho todo o direito de
interpreta-la de acordo com meus princípios. Pra mim a ficha não suja só com a
culpa comprovada, o simples fato das denúncias, o desenrolar do processo e tudo
aquilo que se pode ver acontecer são o suficiente. Ficha limpa pra mim não tem
nem poeira. Tenho o Brasil como o país onde a impunidade bate o recordes, nossa
constituição, nosso código penal, nossas leis, seriam suficientes para manter a
ordem e o bem estar social, mas, teriam que ser obedecidas, cumpridas
,respeitadas. A infinidade de recursos, e brechas, muito bem aproveitadas por
advogados experimentados podem fazer com que processos sejam rolados por muito
e muitos anos até prescrever (vide caso do mensalão).
No caso da candidatura
deste cidadão o meu medo se remete para que tudo aquilo que antes foi motivo
para tantas vergonhas levadas a redes nacionais, possa mais uma vez acontecer.
E, a bem da verdade, havia problemas, havia conchavos e Marcelo Machado também,
como de resto todos os outros prefeitos, foram vitimas do coronelismo próprio
da nossa terra, foram incontestavelmente reféns de uma câmara que sempre primou
pela disputa de cargos e principalmente por oferecer nas horas de aperto o
criminoso auxílio conhecido como GOVERNABILIDADE. Aqui cabe um pequeno
parênteses, para que se faça uma reflexão. Num pleito municipal como este que
ocorre aqui na cidade, acredito que a eleição do prefeito em si nem seja o mais
importante. O importante mesmo será a escolha dos vereadores, pois eles é que
terão a responsabilidade de fiscalizar os atos do executivo. Ora, se tudo está
bem, muito bom, se o administrador resolver tirar a máquina dos trilhos a
câmara através de nossos ilustres representantes acionará os mecanismos legais
e constitucionais para recolocá-lo novamente no caminho.
Não voto, pois no
candidato Marcelo Machado para não ir contra meus princípios. Muito embora
entenda que não exista condenação em nenhum processo, acredito que poderiam ter
buscado outras alternativas. O povo exige mudanças, e infelizmente o candidato
representa o continuísmo. Não aceito a ideia da volta ao passado, com
escândalos, denúncias, processos enfim. Até porque, até agora ninguém me convenceu
de que tudo aquilo que foi denunciado, eram calúnias,eram mentiras.
Com referência ao candidato Paulo Borges,
a coisa é bem mais simples. Basta que se observe o caos na saúde pública de
Sapucaia durante o período em que esteve a frente da Secretaria Municipal da
Saúde, as agruras de quem buscava atendimento no HMGV, remédios faltando, falta de médicos, anexando-se a tudo
isto estar o fato de o Sr. Paulo Borges
ser também réu em diversos outros processos todos ativos na comarca de Sapucaia
do Sul.( Não anexarei o número por se tratarem de processos públicos que podem
ser acessados via internet) A pergunta que se faz obrigatória é: Terá realmente
capacidade de administrar uma cidade, quem não teve competência para
administrar uma secretaria?
Tem um fato pitoresco. Na época, eu presidia a
Associação Sapucaiense dos Doadores de Sangue, e não foram poucas as vezes que foram
negados o uso de carro da Secretaria para transporte de doadores para a
capital. Negavam até mesmo a interferência do secretário, também do Sr. Pablo Alves,
junto a qualquer secretaria para que se conseguisse um veículo. Segundo dizia o
Sr. Pablo Alves: Se for pro Jaí não tem, nunca terá. Não se trata de
revanchismo, mas, quem sempre teve este tipo de atitude não está preparado para
administrar um município como Sapucaia do Sul.
A seguir: Vilmar Lourenço.
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