segunda-feira, 25 de junho de 2012


Opção.
Nos, seres humanos nascemos livres, somos o resultado de um dos mais lindos e intrigantes milagres. O milagre da vida. Viemos ao mundo com todos os requisitos básicos para nos desenvolvermos, física e intelectualmente. No decorrer de nossas existências se nos são apresentados mil obstáculos, mil desafios. Ultrapassá-los, superá-los é uma questão de opção pessoal de cada um de nos. Dependendo do preparo de cada um, isto pode ser mais fácil ou mais difícil, mas, a verdade é que o mais importante é jamais desistir. 

Cada um de nos resume em si um potencial enorme de fatores que podem ser usados para o bem ou para o mal. A sociedade move-se pelos apelos do dia a dia. Muitas das vezes relegamos ao plano secundário ações que deveriam ser melhor avaliadas, e portanto colocada em patamares talvez mais importantes. Existem milhões de apelos, milhões de propostas a cada minuto, compete a nos ouvir, comparar,avaliar e fazer uso, ou não, daquilo que se nos é apresentado.Na política também é assim. Cada um de nos tem em seu íntimo o perfil daquele ou daquela pessoa que nos inspira confiança. 

Aquela pessoa em que eu, como avalista acredito poder depositar todas as minhas convicções. No entanto, somos, como já disse, pressionados por outros fatores adversos, nossas mentes muito embora livres, sofrem as influencias externas,e estas muitas das vezes acabam por nos conduzir a caminhos alternativos, desviando-nos dos verdadeiros princípios, criando uma nova ordenação que acabam por anular por completo todas as nossas verdadeira vontades, até mesmo nossas convicções. Quantas vezes você, mesmo discordando, aceitou uma proposta mesmo sabendo que aquilo não representa nada do que você tem como objetivo? 

Quantas vezes você, eu e tantas outras pessoas aceitamos a cumplicidade, a mesmice, simplesmente por preguiça ou por comodismo? Se, nascemos livres, se , temos um cérebro que nos faculta discernir aquilo de bom daquilo que pode ser imprestável para o nosso dia a dia, porque teimamos em aceitar o erro como alternativa? Na verdade ninguém quer dar-se ao trabalho da analise, ninguém quer perder tempo com estudos. As opções se nos aparecem como obras prontas, como alimentos preparados, é só abrir a embalagem e comer. 

É muito mais fácil eu ir até ao Supermercado comprar alguma coisa pronta do que dar-me ao trabalho de preparar alguma coisa que talvez me desse muito mais prazer. Assim é na política. Estamos deixando que outras cabeças pensem por nos, estamos acostumados a “comprar” mercadorias com rótulos trabalhados ao invés de produzirmos, nos mesmos, aquilo que desejamos. O perigo é o mesmo, assim como podemos estar comprando uma mercadoria estragada, um produto deteriorado, o candidato que nos “vendem” pode até ter um rótulo trabalhado, bonito, e vir com mil informações, a única coisa que não consta nestes casos é se a validade do produto já não venceu, e se a sua origem não é de fonte duvidosa. 

É sim, uma questão de opção, unicamente nossa o poder de mudar algo que não nos agrada. Se, de fato existem alterações a serem feitas para que a sociedade se torne mais justa e mais humana, e se estas passam por minha responsabilidade, é minha obrigação analisar cada item, cada virgula. Quando escolhemos alguém para nos representar é como se estivéssemos assinando um contrato, uma procuração para que aquela pessoa aja em nosso nome. O ônus de todas as suas ações, vai ser creditado, ou debitado em nossas escolhas pessoais. 

E, infelizmente esta procuração só nos é permitida ser anulada a cada quatro anos, o que nos remete sem sombras de dúvidas a sermos honestos e criteriosos em nossas escolhas. Se desejamos um mundo melhor, temos que aprender a escolher melhor, os homens e mulheres que irão fazer estas mudanças.

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