quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Calúnias...


A "tal ficha" da Dilma era mais uma MENTIRA
Por Luiz Antonio Magalhães em 25/4/2009


A Folha de S. Paulo reconheceu neste sábado (25/4) (reparem na data) que publicou, na edição de 5 de abril, junto com reportagem que tratava de um suposto plano para sequestrar o então ministro Delfim Netto, um documento falso sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O reconhecimento do jornal é boa notícia, mas poderia ter sido mais elegante. "Autenticidade de ficha de Dilma não é provada", diz o título da matéria reproduzida abaixo.

Ora, o jornal informa que a ficha publicada foi recebida por e-mail, está no site ultradireitista Ternuma e não existe no Arquivo Público do Estado de São Paulo, onde estariam guardados os documentos do Dops. O correto, portanto, seria dizer que a ficha é falsa, pura e simplesmente. O reconhecimento envergonhado do erro só piora as coisas para a Folha, que por sinal não deu o mesmo espaço para desfazer o equívoco do que ele mereceu na edição de 5 de abril, quando teve chamada na primeira página do jornal. Errar é humano, reconhecer o erro é obrigação de quem erra. Com igual espaço e destaque, de preferência.

Além da questão do espaço e destaque, cabe notar que a Folha marotamente publicou, abaixo da matéria sobre o erro da ficha, uma reportagem sobre a "volta" de Delúbio Soares ao PT. Cabia ali, claro, Dilma também é petista, mas é impossível não perceber a mão leve da editorialização do noticiário. É quase como se o jornal confessasse: "errei, mas este PT não presta mesmo...".
Aqui é ponto de vista meu(do Jaí)
"Sempre disse,que estas notícias fantasiosas de sequestro, assassinatos, roubo a banco, eram coisas intencionalmente encomendadas por esta corja de vagabundos que usam a internet para difamarem, humilharem, e denegrirem a imagem das pessoas. Me causa repulsa, e não só deletei como respondi para algumas pessoas, de maneira até deseducada, (porque mereciam este tratamento),as mensagens recebidas, pois me imaginava no lugar da candidata Dilma. Também participei de atos contra a ditadura, também fui chamado a dar explicações para alguns militarezinhos de merda. Isto para mim hoje é motivo de orgulho. Acreditava num ideal e por ele comprei brigas, não me acovardei, como muitos idiotas fazem. Ao que parece não adiantaram as mentiras, SERRA, vai cair de cara no chão,Yeda vai se isolar em sua mansão de 750 mil reais ,FOGAÇA vai voltar a compor, e RIGOTTO vai voltar a ser dentista. Não te iluda meu irmão, não te deixe levar pela cara de santo de alguns crápulas. O governo LULA com todas as deficiencias foi muitíssimo bom para os pobres, pela primeira vez o povo se alimenta melhor, os governos anteriores governaram para os ricos, os falsos ricos e a classe social dos Baba ovos. Agora é a vez do povo, vamos continuar assim, É DILMA, É TARSO É PAIM É ABIGAIL. Deputado estadual e federal pra mim nada presta, tudo lixo."


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Impossível..

Quase não acreditei no que li, no terra, O senador Pedro Simon agora tenta reverter a situação fazendo apologias ao PV da Marina.Ora, este senhor, já se transformou numa lenda lá no senado federal, ou melhor uma Múmia, que mesmo com mais de quarenta anos de casa não apresentou sequer uma justificativa para sobreviver tanto tempo. Como vêem que Serra (outro coitado) naufragou, de vez com suas mentiras (aumento imediato de 10% para todos os benefícios)agora tentam colocar a pobre da Marina Silva na fogueira. Esta senhora úma ótima senadora não deveria ter permitido que lhe fizessem de boba, só para tentar tirar votos do PT e com isto ajudar o pobre do Zé. Ainda bem que sai, Serra,sai Simon,sai Zambiazi, e também que suma o tal "germano", abraçado na senhora das mansões Yedinha.Não vai dar outra; é DILMA,É TARSO, É PAIM e o resto é lenço para as viúvas chorarem.Porque conhvenhamos: Pobre que votar no Serra é NÃO TEM VERGONHA,Gaúcho que votar no Fogaça(PMDB) é ALIENADO MENTAL, e Aposentado,pensionista,ou idoso que não votar no PAÍM É TRAIDOR.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Convite.

Quero convidar a todos os meus seguidores, amigos a colaboradores deste blog, que visitem: www.talentosdamaturidade.com.br/jaiantonio. Ali, poderão apreciar a obra com a qual estou participando neste concurso. Postem seus comentários, pra mim valem pontos. Este concurso não premia com valores, logo o meu interesse é apenas como participante, e é claro, saber se gostaram ou não da minha obra. Divulguem para com seus contatos. Muito obrigado mesmo de coração.

Porque será..

O desbafo do presidente Lula, quanto aos atos da imprensa de um modo geral, tem algo de muito sujo escondido. Ora, Lula não é bobo, tem formação num colegio dos mais aguerridos, foi lider metalurgico,aprendeu na prática como lidar com patrões, e sofreu como todos os grandes líderes sofrem as pressões caraterísticas de uma imprensa que no Brasil sempre tiveram proteção especial na defesa dos grandes monopólios.É dificil, senão impossível alguem, aguentar tantas pressões como tem aguentado a candidata Dilma. Tem gente que passa o dia escrafunchado a historia para buscar fatos, e até inventando episódios dando conta de assassinados,roubos,espionagem, tudo por conta da então "guerrilheira" Os emails, que recebo, com fatos deste teor, eu não leio, deleto. Mas, porque será que ninguem pesquisa os milhares de mortos e desaparecidos durante os anos de chumbo? Porque será que ninguém fala das barbáries cometidas pelos generais da revolução, das pessoas que eram transportadas de avião e jogadas no mar sem dó nem piedade. É fácil, agora não interessa, não tem nenhum destes famigerados generais candidato a nada. Então o interesse é apenas politiqueiro. Ou seja estão vendo que Serra,um pobre fantoche, para quem selecionaram outro pobre diabo como vice, não consegue convencer.É preciso escrefunchar, é preciso mentir, inventar, denunciar, criar historias alguma coisa tem que urgentemente barrar isto que se penuncia uma verdadeira tragédia para o partido dos "dossiês" o psdb. Enquanto tentam sujar a candidata, Lula enfrenta os poderosos da mídia, dai se juntam OAB,Clero,entidades civis, tudo balela tentam criar um fato novo que lhes permita ao menos sair com dignidade do fracasso de tentarem mais uma vez tomarem o poder.
É o eterno recalque de ter que engolir que um metalurgico, pobre, sem cultura, conseguiu fazer pelo seu povo o que os "grandes" da elite não conseguiram mesmo com Harward, Sorbone e outros diabos mais. E, tenho recebido novidades de Brasilia, meu contato não dorme.Vem muita coisa até dia 30/09.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Esta o Serra...

Esta o salvador tucano o Serra não conta.
Tem muito mais, vem mais chumbo grosso por aqui.Safadezas devem ser mostradas, afinal o PSDB é o campeão em denunciar esquemas,propinas,mensalões.dossiês. Voces vão ficar ssabendo porque "eles" e a revista Veja tem tanta raiva do Lula.

Negócios de R$ 34,7 milhões.

Somente com as aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas da Veja, o governo tucano de José Serra transferiu, dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita, R$ 34.704.472,52 (34 milhões, 704 mil, 472 reais e 52 centavos). A maracutaia é tão descarada que o Ministério Público Estadual já acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.
Isto os paulistanos não contam não é mesmo?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Incoerencias

Se dependesse dos candidatos de Sapucaia do Sul a Assembleia Legislativa,Sapucaia poderia ser sede da Tal Copa dos Aliendas. As propostas vão desde o absurdo a mais simplória mentira. Tem o candidato que apesar de ja ter passado por todas as secretariasm todas as dsiretorias, Clubes, só agora desscobriu a vocação que tem para salvar a saude, a segurança,a educação. Mas, só se o elegermos "deputado" senão tudo vai ficar guardado no baú até a próxima eleição, quando então ele retira tudo da caixa mágica, troca alguma palavra, e tasca na cara dos pobres dos seus eleitores. Muita pobreza, pensar que ainda exista alguem que acredita em bruxas. Quem conhece, Não vota.
Tem outro que agora se revelou amigo dos aposentados, pensionistas,idosos.Vai revolucionar na arte da previdencia social: Como? mandando clientes para o seu amigo advogado. É meu amigo, pessoal, como homem, como ex colega de Gremio Estudantil, mas como político... não aceito, já teve tempo demais e não fez nada agora está mais na hora de pendurar as cheteiras. Até porque vamos convir não é mesmo, depois de mais de quarenta anos de vida publica, ter conseguido apenas um patrimonio de vinte mil???????Para Pedro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estou intrigado..

Estes candidatos, que anunciam que vão elevar o salário minímo para R$ 600 reais de certa forma estão tentando "comprar votos". Alem de estarem MENTINDO VERGONHOSAMENTE, para os pobres coitados. Tem um candidato de Sapucaia que está prometendo nivelar os aumentos das aposentadorias acima de um salário mínimo tudo com os mesmos índices. Já viram idiotice maior? Para dar 7.62 já foi um parto. Aconteceu de tudo inclusive acordos que não acontecem mais nem no inferno. Agora existe um candidato daqui da cidade que tem a formula mágica. E o pior que não se trata de extra terrestre, é humano,e gente daqui.

Eleições 2010 - O CIRCO

Não tem outra explicação, só pode ser coisa de picadeiro, e o pior, picadeiro de circo paupérrimo. Aqui na cidade, nós não temos um Tiririca, mas, em compensação temos candidatos de uma mediocridade sem limites. Tem de tudo, tem candidato que mamou a vida inteira nas tetas do dinheiro público, formuo-se graças a estes valores, mas apesar de toda a vivencia, de todo o tempo, de todos os cargos que desempenhou, nunca teve tempo, para tratar da saúde do município. Agora pede uma nova chance para lutar pelas crianças que não tem escola(?????)pela segurança que está um caos(?????)por mais justiça social, enfim, se eleito Sapucaia poderá quem sabe tornar-se sede da Copa dos Alienados em 2014. Acredito na maturidade do povo,no voto com dignidade. Tem outro que passa o tempo todo malhando a atual administração, e esquece de falar para que afinal de contas quer ser deputado, não tem projetos,não analisa nada passa o dia com carro de som só fazendo denuncias(?????). Não tem jeito mesmo, o negocio é votar para governador,presidenta, e senador, o resto fica para os pucha sacos que estão de olho, ou numa boquinha no governo, ou já estão amarrando o petiço com vistas as eleições em 2012. Tem candidato, câmara federal ( minúculo mesmo) que só visitou Sapucaia para jantar com correligionários, agora pede voto aqui. Tem outro artista que responde a não sei quantos inquéritos (ficha limpíssima),apadrinhado por outro índio pra lá de especial, só desfila anunciando verbas para o município(nisto eles são campeões).Ai voce que lê, pode pensar, pucha mas só fala, fala e não dá nomes? estão todos com a razão, inclusive eu, não posso dar nomes pois não quero induzir ninguém a votar neste ou naquele. Aliás querem saber a melhor maneira de votar? É assim: PRESIDENTA : DILMA - confirme,SENADOR: PAIM e ABIGAIL, confirme -GOVERNADOR : TARSO, confirme. Os demais voce prencha com zeros e CONFIRME.
Voce pode até votar diferente, mas daí tem que ter vocação para o picadeiro.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tiririca.

Ao que tudo indica, o humorista Tiririca, deverá ser o deputado federal mais votado, pelo estado de São Paulo. E merece. Afinal não tem melhor representante para um povo que gosta de futebol,carnaval,e.....CIRCO. Convém salientar que na cola do Tiririca, virão mais alguns absurdos. E todos merecem, com todo o respeito, nosso congresso está uma mixordia tão vergonhosa que mais se parece com um circo. E circo é espetáculo, e espetáculo tem que ter palhaço sem graça,muitas bundas, boxeador, cantor de pagode, afinal tudo vira samba.
E não fique se lamentando não meu irmão, porque quem vai pagar o salário,ops, digo cachê sou eu, você todos nós, que afinal não passamos mesmos de ????PALHAÇOS, só que mal remunerados como eles.
E VIVA TRES DE OUTUBRO.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O meu medo..

Só tenho medo que o povo mais uma vez, depois de tantas bofetadas no rosto, acabe por acreditar no canto das sereias, e volte a creditar voto de confiança em tantos baderneiros, em tantos crápulas, em tantos mentirosos. Principalmente aqui em Sapucaia onde tem candidatos cuja ficha mesmo se lavadas com H2SO4 não limparia jamais.
Faltam poucos dias amigos,já estamos preparando a grande mesa do juri,nós estaremos lá,com uma arma poderosa nas mãos. Naquela tribuna não estarão advogados, para defender nem para acusar. Apenas juízes para julgar. Julgar os corruptos, os mentirosos,os ladrões os eternos vendilhões, os lacaios do poder. Aqueles que se locupletam com verbas PÚBLICAS em detrimento da miséria,da fome da miserabilidade do nosso povo. Não te deixe iludir, tem gente que está com processos de milhões pendurados, prometendo ser o paladino da honra e da justiça. Confia no teu voto, nem TRE,muito menosSTJ agora eles não vão julgar, quem julgará seremos nos, com nosso voto. Faça a tua parte se queres realmente que este país siga progredindo, fora os eternos pedidores de dinheiro ao FMI, fora os eternos vendedores do patrimonio público. Vamos fazer como Brizola, fez, vamos voltar a estatizar os serviços essenciais,LUZ,ÁGUA,TELEFONE vamos correr com estes trustes internacionais que levam nossas riquezas,que estão destruindo nossa AMAZONIA. Vamos acabar com estes assassinos que estão dizimando nossa juventude. Vamos lacrar nossas fronteiras para os larápios, para os traficantes de ARMAS e DROGAS. Precisamos de homens fortes,honestos e corajosos para fazerem leis que sejam cumpridas. Basta de crápulas,chega de mentiras. Vamos criar um novo BRASIL. Em tres de outubro não eleja vagabundo, seja exigente
vamos moralizar de vez esta nação. o poder é nosso. VOTE e não se OMITA.
AGORA É DILMA,TARSO E PAIM.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Brasil, terra dos felizardos.

É impressionante.
O O Brasil, é um dos únicos países do mundo onde as leis existem,mas, não são cumpridas, onde um político quando não tem competencia, comprovadamente, inventa dossiês para tentar matar no tapetão o adversário. O nosso país é um dos poucos que ainda tem ignorantes políticos que chamam de assassinos que lutou por mais direitos, por mais liberdades. Nosso país é campeão em críticos para todas as horas, e para todos os gostos. Mesmo não entendendo bulhufas de porcaria nenhuma, o cara é levado para frente de microfones, e camaras para destilar toda a sua ignorancia. O Brasil é um país onde as pessoas levam a serio este tipo de baderna. Aqui ,aqueles que não tem nada para fazer o tempo todo, passam a enviar emails, revirando a vida íntima dos candidatos, indiferentes da sigla a qual estejam filiados.Que pena que parte de nossa mídia tendenciosa não rebusque também os escândalos e os processos que Serra ainda está respondendo. Que pena que a Rede Globo e suas afiliadas não toquem o dedo nesta ferida aberta por um dos seguranças do palácio Piratini. Que pena que ainda existam advogados mentirosos, que defendam o fato de alguem bisbilhotar a vida alheia, e achar tudo "normal" desde que solicitado pelo chefe. No RGS, nossas vidas, podem e devem estar sendo escarafunchada pelos "coronéis" poderosos.E ninguém fala nada. A grande mídia so aparece para dar notas relâmpago sobre este fatos. Que pena que ainda existam pessoas que ao inves de procurarem por propostas,analisar seus candidatos percam tempo falando coisas que só conhecem pela boca de analfabetos políticos.
AGORA NÃO TEM VOLTA, É DILMA, É TARSO, PAÍM. As viúvas que fiquem criando dossiês.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Epílogo

De tudo o que aqui foi transcrito, uma verdade fica sacramentada: A justiça existe, mas só para quem tem poder e dinheiro. Culpa de juízes, desconfiança com advogados, promotores, políticos e homens da imprensa? Não sei quanto aos leitores e seguidores deste blog, mas de minha parte desconfio e tenho convicção de que este emaranhado de sujeira e trapaça atinge a todos os niveis. O que mais me decepciona é saber de que apesar de tantas figuras públicas arroladas nestes fatos, alguns estão ai de volta seja como candidato ao senado, seja como deputado federal, enfim, todos sem exeção fazem vistas grossas a esta mixordia na defesa de seus interesses particulares. E nós aplaudimos, e nos elogiamos as merrecas que estes senhores do mundo nos enviam. Canalhas, calhordas eternos vendedores de ilusão. Em tres de outubro pense bem, analise,estude,te aprofundes para saber se de fato o teu candidato merece um cheque em branco.Não te iludas com os escândalos "fabricados em hora de desespero" Nosso Brasil com todos os problemas está bem melhor, do que antes, depende de nós o avanço. Não vamos permitir a volta do vendedores do patrimônio público, dos doutores e letrados que não foram machos para fazer um quinto do que um humilde operário metalurgico fez. Esta é a mágoa. Agora é DILMA, é TARSO, é PAIM.

Família Rigotto

Último capítulo
A inerte Associação Brasileira de Imprensa jamais se pronunciou sobre as agruras de Bones e seu jornal. Só em setembro de 2009, um mês após a denúncia sobre o bloqueio judicial das receitas do JÁ, é que a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas do RS trataram de fazer alguma coisa: uma nota gelada, descartável, manifestando solidariedade à vítima e lamentando a decisão “equivocada” da Justiça. A Associação Riograndense de Imprensa, que em 2001 conferiu à reportagem contestada do JÁ o seu maior prêmio jornalístico, só quebrou o seu constrangedor silêncio ao ser cobrada publicamente por este Observatório, em novembro passado. Todos os membros da brava Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo têm a obrigação de conhecer a biografia de Elmar Bones, que nos anos de chumbo pilotou o CooJornal, um mensário da extinta Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (1976-1983) que virou referência da imprensa nanica que resistia à ditadura.

Bones chegou a ser preso, em 1980, pela publicação de um relatório secreto em que o Exército fazia uma autocrítica sobre as bobagens cometidas na repressão à guerrilha do Araguaia. Algo mais perigoso, na época, do que falar na roubalheira operada pelo filho de dona Julieta na CEEE… No site da Abraji, a entidade emite sua opinião em quatro notas, nos últimos dois anos. Critica o sigilo eterno de documentos públicos, defende o seguro de vida para repórteres em zona de risco, repudia um tapa na cara que uma repórter de TV do Centro-Oeste levou de um vereador e, enfim, faz uma vigorosa, firme, veemente manifestação a favor da liberdade de expressão… no México. Ao pobre JÁ e seu editor, lá no sul do Brasil, nenhuma linha, nada.

A poderosa Sociedade Interamericana de Imprensa, que reúne os maiores veículos das três Américas, patrocina uma influente Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, hoje sob a presidência de um jornal do Texas, o San Antonio Express News. Entre os 26 vice-presidentes regionais, existem dois brasileiros: Sidnei Basile, do Grupo Abril, e Maria Judith de Brito, da Folha de S.Paulo. Envolvidos com os graves problemas da Paulicéia, eles provavelmente não podem atentar para o drama vivido por um pequeno jornal de Porto Alegre. Mas, existem outros 17 membros na Comissão de Liberdade da SIP, e dois deles bem próximos do drama de Bones: os gaúchos Mário Gusmão e Gustavo Ick, do jornal NH, de Novo Hamburgo, cidade a 40 km da capital gaúcha. Nem essa proximidade livra as aflições do JÁ e seu editor do completo desdém da SIP.

Este monumental cone de silêncio e omissão, que atravessa fronteiras e biografias, continua desafiando a sensibilidade e a competência de jornais e jornalistas, que deveriam se perguntar o que existe por trás do amaldiçoado caso da CEEE, que afugenta em vez de atrair a imprensa. A maior fraude da história do Rio Grande, mais do que uma bomba, é uma pauta em aberto, origem talvez da irritação dos Rigotto contra o editor e o jornal que ousaram jogar luz nessa história mal contada. Os volumes empoeirados deste megaescândalo continuam intocados nas estantes da Justiça em Porto Alegre, protegido por um sigilo inexplicável que só pode ser útil a quem mente e a quem rouba, não a quem luta pela verdade e a quem é ético na política, como fazem os bons repórteres e como devem ser os bons políticos.

O bom jornalismo não é aquele que produz boas respostas, mas aquele que faz as boas perguntas – e as perguntas são ainda melhores quando incomodam, quando importunam, quando constrangem, quando afligem os consolados e quando consolam os aflitos.

A emoção é a última fronteira de quem perde os limites da razão. Elmar Bones tinha ganhado todas as instâncias do processo criminal, quando um juiz do Tribunal de Justiça, na falta de melhores argumentos, preferiu se assentar nos autos impalpáveis do sentimento para decidir em favor da mãe de Germano Rigotto:

“Não há como afastar a responsabilidade da ré pelas matérias veiculadas, que atingiram negativamente a memória do falecido, o que certamente causou tristeza, angústia e sofrimento à mãe do mesmo (…)”.

Dona Julieta Rigotto, viva e forte aos 89 anos, ainda sofre com a honra e a imagem maculadas de seu falecido filho, Lindomar.

Dona Enedina Bones da Costa tinha 79 anos quando morreu, em 2001, poupada assim da tristeza, angústia e sofrimento que sentiria ao ver o drama vivido agora por seu filho, Elmar. Mas ela teria, com certeza, um enorme, um insuperável orgulho pelo filho honrado e corajoso que trouxe ao mundo e ao jornalismo.

Por Luiz Cláudio Cunha em 31/8/2010, no Observatório da Imprensa

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Uma ergunta..

Uma pergunta que não quer calar: Porque nada disto é publicado nos órgãos de imprensa?Qual o jogo sujo de interesses que existe por detras de toda esta sórdida trama? Como sempre nós eternos bobocas jamais ficaremos sabendo, porque não cobramos, não aprendemos a lidar com gente desta laia. Cada vez mais me envergonho de saber que até o PDT de Brizola, está metido nesta historia. E eles estão todos ai de volta, Rigotto " senador que RGS quer" para que mesmo ".

Família Rigoto..

Capítulo 06
O orgulho de Enedina
Apesar da lucidez do promotor, o caso tonitruante da CEEE não ecoa nos ouvidos surdos da imprensa gaúcha, conhecida no país pela acuidade de profissionais talentosos, criativos, corajosos. Nenhum grande jornal do sul – Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul –, nenhum colunista de peso, nenhum editorialista, nenhum blog de prestígio perdeu tempo ou tinta com esse tema, que nem de longe parece um assunto velho, batido ou nostálgico. O que lhe dá notória atualidade não é o ancestral confronto entre a liberdade de expressão e a prepotência envergonhada dos eventuais poderosos de plantão, mas a reaparição de seus principais personagens no turbilhão da corrida eleitoral de 2010.
Germano Rigotto, o líder governista que emplacou o filho de dona Julieta na máquina estatal, é hoje o candidato do maior partido gaúcho ao Senado Federal. A ex-secretária Dilma Rousseff, que ficou estarrecida com o que leu sobre as fraudes de Lindomar Rigotto na CEEE, é apontada pelas pesquisas como a futura presidente do Brasil, numa vitória classificada pelo renomado jornal inglês Financial Times como “retumbante”. Tarso Genro, o ex-comandante supremo da Polícia Federal, que executou as maiores operações contra corruptos da máquina pública, lidera a corrida ao governo gaúcho e, certamente, tem os instrumentos para saber hoje o que Dilma sabe desde 1990. O primo Pepe Vargas, que mostrou isenção e coragem no relatório da CPI sobre a maior fraude da história do Rio Grande, é candidato à reeleição, assim como o deputado federal que inventou a CPI, Vieira da Cunha.
É a lógica perversa do interesse eleitoral que explica o desinteresse até dos principais adversários de Rigotto na disputa pelo Senado. O candidato do PMDB está emparedado entre a líder na pesquisa da Datafolha, a jornalista Ana Amélia Lemos (PP) – que subiu de 33% em julho para 44% na semana passada – e o candidato à reeleição pelo PT, senador Paulo Paim – que cresceu de 35% no início do mês para 38% agora. Rigotto caiu de 43% para 42% no espaço de três semanas. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, Ana Amélia bate Rigotto por 47% a 39%. Seus oponentes desprezam o potencial explosivo do “Caso CEEE” porque todos sonham em ganhar o segundo voto dos outros candidatos, o que justifica a calculada misericórdia e o piedoso silêncio que modera a estratégia de adversários historicamente tão diferentes e hostis como são, no Rio Grande do Sul, o PT, o PMDB e o PP.
O que é recato na política se transforma em omissão nas entidades que, ao longo do tempo, marcaram suas vidas na luta pela democracia e pela liberdade de expressão e no repúdio veemente à ditadura e à censura. Siglas notáveis como OAB, ABI, SIP, Fenaj e Abraji brilham pelo silêncio, pela omissão, pelo desinteresse ou pelo trato burocrático do caso JÁ vs. Rigotto, que resume uma questão crucial na vida de todas elas e de todos nós: a livre opinião e o combate à prepotência dos grandes sobre os pequenos, apanágio de toda democracia que se respeita.
A OAB e seus advogados, no Rio Grande ou no Brasil, que impulsionaram a queda de um presidente envolvido em denúncias de corrupção, não se sensibilizam pela sorte de um pequeno jornal e seu bravo editor, punidos por seu desassombrado jornalismo e mortalmente asfixiados pelo cerco econômico surpreendentemente avalizado pela Justiça, que deveria proteger os fracos contra os fortes – e não o contrário.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Família Rigotto

Capítulo 05.


O modelo de Roosevelt

Naquela mesma quarta-feira, 25 de novembro, a emenda ficou pior que o soneto. O advogado dos Rigotto, Elói José Thomas Filho, botou no papel aquela mesma proposta indecente que ouvi do próprio Germano Rigotto, confirmando por escrito ao editor a idéia de parcelar a indenização devida de R$ 55 mil em 100 (cem) módicas prestações. Diante da altiva recusa de Bones, o advogado pareceu incorporar a doutrina do big stick de Theodore Ted Roosevelt (1901-1909), popularmente conhecida como “lei do tacape” e inspirada pela frase favorita do belicoso presidente estadunidense: “Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete”. O suave advogado Thomas Filho escreveu então para Bones: “… em nova demonstração de boa-fé, formalizamos nossa intenção em compor amigavelmente o litígio acima, bem como a possibilidade [sic] de nos abstermos de ajuizar novas demandas judiciais…”.

Certamente para tranquilizar o filho candidato, o advogado reafirmava na carta a Bones que a ação contra o jornal era movida “unicamente” por dona Julieta, que buscava na justiça o ressarcimento pelo “abalo moral” provocado pela reportagem do JÁ, que misturava “irresponsavelmente três fatos diversos que envolveram a figura do falecido”. Ou seja, dona Julieta Rigotto, que entende de jornalismo tanto quanto os filhos Dulce e Germano, não consegue perceber a obviedade linear de uma pauta irresistível para qualquer repórter inteligente: o objetivo relato jornalístico sobre um homem público – Lindomar – morto num assalto pouco antes de ser julgado pelo homicídio culposo de uma prostituta e pouco depois de ser denunciado no relatório de uma CPI, redigido pelo primo deputado, pela prática comprovada de “corrupção passiva e enriquecimento ilícito” na maior fraude já cometida contra os cofres públicos do Rio Grande do Sul. Mas, na lógica simplória da mãe dos Rigotto, uma coisa não tem nada a ver com a outra…

Para garantir o tom “amigável” entre as partes, o advogado de dona Julieta propôs a Bones os termos de uma retratação pública, suave como um porrete, enfatizando três pontos:

1. “Dona Julieta nunca teve a intenção de fechar o jornal”;

2. “a ação não é promovida pela família Rigotto, mas apenas por dona Julieta”;

3. “retirar o jornal de circulação, para estancar a propagação do dano”.

Tudo isso, incluindo o ameno confisco de um jornal das bancas em pleno regime democrático, segundo o tortuoso raciocínio do advogado, serviria para “tutelar a honra e a imagem de seu falecido filho”. Neste longo, patético episódio, que intercala demonstrações de coragem e altivez com cenas de pura violência, fina hipocrisia ou corrupção explícita, ficou pelo caminho o contraste de atitudes que elevam ou rebaixam. Diante da primeira ação criminal de dona Julieta na Justiça, o promotor Ubaldo Alexandre Licks Flores ensinou, em novembro de 2002:

“[não houve] qualquer intenção de ofensa à honra do falecido Lindomar Rigotto. Por outro lado, é indiscutível que os três temas [a CEEE e as duas mortes] estavam e ainda estão impregnados de interesse público”.

O orgulho de Enedina

Apesar da lucidez do promotor, o caso tonitruante da CEEE não ecoa nos ouvidos surdos da imprensa gaúcha, conhecida no país pela acuidade de profissionais talentosos, criativos, corajosos. Nenhum grande jornal do sul – Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul –, nenhum colunista de peso, nenhum editorialista, nenhum blog de prestígio perdeu tempo ou tinta com esse tema, que nem de longe parece um assunto velho, batido ou nostálgico. O que lhe dá notória atualidade não é o ancestral confronto entre a liberdade de expressão e a prepotência envergonhada dos eventuais poderosos de plantão, mas a reaparição de seus principais personagens no turbilhão da corrida eleitoral de 2010.

Germano Rigotto, o líder governista que emplacou o filho de dona Julieta na máquina estatal, é hoje o candidato do maior partido gaúcho ao Senado Federal. A ex-secretária Dilma Rousseff, que ficou estarrecida com o que leu sobre as fraudes de Lindomar Rigotto na CEEE, é apontada pelas pesquisas como a futura presidente do Brasil, numa vitória classificada pelo renomado jornal inglês Financial Times como “retumbante”. Tarso Genro, o ex-comandante supremo da Polícia Federal, que executou as maiores operações contra corruptos da máquina pública, lidera a corrida ao governo gaúcho e, certamente, tem os instrumentos para saber hoje o que Dilma sabe desde 1990. O primo Pepe Vargas, que mostrou isenção e coragem no relatório da CPI sobre a maior fraude da história do Rio Grande, é candidato à reeleição, assim como o deputado federal que inventou a CPI, Vieira da Cunha.

É a lógica perversa do interesse eleitoral que explica o desinteresse até dos principais adversários de Rigotto na disputa pelo Senado. O candidato do PMDB está emparedado entre a líder na pesquisa da Datafolha, a jornalista Ana Amélia Lemos (PP) – que subiu de 33% em julho para 44% na semana passada – e o candidato à reeleição pelo PT, senador Paulo Paim – que cresceu de 35% no início do mês para 38% agora. Rigotto caiu de 43% para 42% no espaço de três semanas. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, Ana Amélia bate Rigotto por 47% a 39%. Seus oponentes desprezam o potencial explosivo do “Caso CEEE” porque todos sonham em ganhar o segundo voto dos outros candidatos, o que justifica a calculada misericórdia e o piedoso silêncio que modera a estratégia de adversários historicamente tão diferentes e hostis como são, no Rio Grande do Sul, o PT, o PMDB e o PP

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Familia Rigotto -Desdobramentos.

Capítulo EXTRA.

A Justiça de um lado só.

Sócios do jornal Já têm contas bloqueadas
Os sócios do jornal Já Elmar Bones e Kenny Braga, do Rio Grande do Sul, terão suas contas bloqueadas. A decisão é do juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, que autorizou o bloqueio online para garantir a indenização a Teresa Rigotto, mãe do ex-governador Germano Rigotto. A informação é do portal Comunique-se.
A medida tem como objetivo garantir indenização à família do ex-governador, que hoje concorre a uma vaga no Senado Federal. A Já Editores, empresa que publica o periódico, foi condenada numa ação por dano moral. A reparação inicial era de R$ 17 mil, mas hoje chega a R$ 100 mil.
Na reportagem publicada pelo quinzenal, noticia-se que o irmão de Germano, Lindomar Rigotto, estaria envolvido em um esquema que fraudou duas licitações com a Companhia Estadual de Energia Elétrica, em 1987. Uma Ação Civil Pública apurou que o prejuízo chegou a R$ 800 milhões. O acusado foi assassinado em 2000, em Capão Canoa (RS).
De acordo com Bones, um dos sócios atingidos, a decisão judicial vem prejudicando a circulação do jornal, uma vez que as ‘implicações públicas do processo” acarretaram na perda de anunciantes. “A nossa versão que circula em todo o estado está suspensa desde maio. Agora só circula a edição dos bairros", informa, e diz que irá solicitar a impugnação do processo.
Quem responde por Teresa no processo é o advogado Dickson Pereira. Segundo ele, nunca houve perseguição contra o jornal. Ele diz estar cobrando da publicação apenas os honorários, que correspondem a R$ 7 mil. "Abrimos mão de cobrar a indenização, até porque temos conhecimento da dificuldade financeira que o jornal está enfrentando", afirma Pereira.
Onze empresas estão envolvidas na fraude, além de 22 pessoas físicas. O processo, que ainda está em primeira instância, possui 110 volumes está prestes a completar 15 anos, em fevereiro de 2011.

Família Rigotto..

Capítulo 4


O aval de Dulce

A quebra do sigilo bancário de Lindomar revelou um crédito em sua conta de R$ 1,17 milhão, de fonte não esclarecida. O relatório final da CPI caiu na mão de um parlamentar do PT, o também caxiense Pepe Vargas, primo de Lindomar e Germano Vargas Rigotto. Apesar do parentesco, o primo Pepe, hoje deputado federal, foi inclemente na sua acusação final: “De tudo o que se apurou, tem-se como comprovada a prática de corrupção passiva e enriquecimento ilícito de Lindomar Vargas Rigotto”. Além dele, a CPI indiciou outras 12 pessoas e 11 empresas, botando no mesmo balaio nomes vistosos como Camargo Corrêa, Alstom, Brown Boveri, Coemsa, Sultepa e Lorenzetti. No final de 1996, a Assembléia remeteu as 260 caixas de papelão da CPI ao Ministério Público, de onde nasceu o processo n° 011960058232 da 2ª Vara Cível da Fazenda Pública em Porto Alegre. Os autos somam 30 volumes e 80 anexos e mofam ainda na primeira instância do Judiciário, protegidos por um inacreditável “segredo de justiça”. Em fevereiro próximo, o Rio Grande do Sul poderá comemorar os 15 anos de completo sigilo sobre a maior fraude de sua história.

Esta incrível saga de resistência e agonia do JÁ e de Bones provocada pela família Rigotto foi contada, em primeira mão, neste Observatório, em 24 de novembro de 2009 (“O jornal que ousou contar a verdade”). No dia seguinte, uma quarta-feira, Rigotto telefonou de Porto Alegre para reclamar ao autor que assina aquele e este texto.

– Isso ficou muito ruim pra mim, Luiz Cláudio, pois o Observatório é um formador de opinião, muito lido e respeitado. Ficou parecendo que eu estou querendo fechar um jornal. Eu não tenho nada a ver com isso. O processo é coisa da minha mãe. Foi a minha irmã, Dulce, que me disse que a reportagem era muito pesada, irresponsável. Eu nem conheço este jornal, este jornalista…

– Rigotto, a dona Julieta não é candidata a nada. O candidato és tu. A reportagem do JÁ tem implicações políticas que batem em ti, não na tua mãe. E acho muito estranho que, passados oito anos, tu ainda não tiveste a curiosidade de ler a reportagem que tanta aflição provoca na dona Julieta. Se tu estás te baseando na avaliação da Dulce, devo te alertar que ela não entende xongas de jornalismo, Rigotto! Esta matéria do Bones é precisa, calcada em fatos, relatórios, documentos e conclusões da CPI e do Ministério Público que incriminam o teu irmão. Não tem opinião, só informação. O teu processo…

– Não é meu, não é meu… É da minha mãe…

– Isso é o que diz também o Sarney, Rigotto, quando perguntam a ele sobre a censura que cala O Estado de S.Paulo. “Isso é coisa do meu filho, o Fernando”…

– Eu fico muito ofendido com esta comparação! Eu não sou o Sarney, não sou!…

– Lamento, mas estás usando a mesma desculpa do Sarney, Rigotto.

– Luiz Cláudio, como resolver isso tudo com o Bones? A gente pode parcelar a dívida e aí…

– Rigotto, tu não estás entendendo nada. O Bones não quer parcelar, não quer pagar um único centavo. Isso seria uma confissão de culpa, e ele não fez nada errado. Pelo contrário. Produziu uma reportagem impecável, que ganhou os maiores prêmios. Eu assinaria essa matéria, com o maior orgulho. Sai dessa, Rigotto!

Coincidência ou não, um dia depois do telefonema, na quinta-feira, 26, Rigotto convocou uma inesperada coletiva de imprensa em Porto Alegre para anunciar sua retirada como possível candidato ao Palácio Piratini, deixando o espaço livre para o prefeito José Fogaça.

domingo, 5 de setembro de 2010

Familia Rigotto..

Capítulo 03
O choque de Dilma

A trepidante carreira de Lindomar Rigotto sofrera um forte solavanco dez anos antes, com seu envolvimento na maior fraude da história gaúcha: a licitação manipulada de 11 subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), uma tungada em valores corrigidos de aproximadamente R$ 840 milhões – 21 vezes maiores do que o escândalo do Detran que submeteu a governadora Yeda Crusius a um pedido de impeachment, quase três vezes mais do que os desvios atribuídos ao clã Maluf em São Paulo, quinze vezes maior do que o total contabilizado pelo Supremo Tribunal Federal para denunciar a “quadrilha dos 40″ do mensalão do governo Lula.

Afundada em dívidas, a estatal gaúcha de energia tinha dificuldades para captar os US$ 141 milhões necessários para as subestações que gerariam 500 mil quilowatts para 51 pequenas e médias cidades do Rio Grande. Preocupado com a situação pré-falimentar da empresa, o então governador Pedro Simon (PMDB) tinha exigido austeridade total.

Até que, em março de 1987, inventou-se o cargo de “assistente da diretoria financeira” para acomodar Lindomar, irmão do líder do Governo Simon na Assembléia, o deputado caxiense Germano Rigotto. “Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul”, confessaria depois o secretário de Minas e Energia, Alcides Saldanha. Mais explícito, um assessor de Saldanha reforçou a paternidade ao JÁ: “Houve resistência ao seu nome [Lindomar], mas o irmão [Germano] exigiu”.

Com a chegada de Lindomar, as negociações com os dois consórcios das obras, que se arrastavam há meses, foram agilizadas em apenas oito dias. Logo após a assinatura dos contratos, os pagamentos foram antecipados, contrariando as normas estritas baixadas por Simon para evitar curtos-circuitos contábeis na CEEE. Três meses depois, a empresa foi obrigada a um empréstimo de US$ 50 milhões do Banco do Brasil, captado pela agência de Nassau, no paraíso fiscal das Bahamas. Uma apuração da área técnica da CEEE detectou graves problemas: documentos adulterados, folhas numeradas a lápis, licitação sem laudo comprovando a necessidade da obra. A sindicância da estatal propôs a revisão dos contratos, mas nada foi feito. A recomendação chegou ao governo seguinte, o de Alceu Collares (PDT), e à sucessora de Saldanha na pasta das Minas e Energia, uma economista chamada Dilma Rousseff. “Eu nunca tinha visto nada igual”, diria ela, chocada com o que leu.

Dilma só não botou o dedo na tomada porque o PDT de Collares precisava dos votos do PMDB de Rigotto para ter maioria na Assembléia. Para evitar o risco de queimaduras, Dilma, às vésperas de deixar a secretaria, em dezembro de 1994, teve o cuidado de mandar aquela papelada de alta voltagem para a Contadoria e Auditoria Geral do Estado (CAGE), que começou a rastrear a CEEE com auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público. Dependendo do câmbio, o tamanho da fraude constatada era sempre eletrizante: US$ 65 milhões, segundo o CAGE, ou R$ 78,9 milhões, de acordo com o Ministério Público.

A denúncia energizou a criação de uma CPI na Assembléia, proposta pelo deputado Vieira da Cunha, líder da bancada do PDT em 2008 na Câmara Federal. Vinte e cinco auditores quebraram sigilos bancários e fiscais. Lindomar Rigotto foi apontado em 13 depoimentos como figura central do esquema, acusação reforçada pelo chefe dele na CEEE, o diretor-financeiro Silvino Marcon. A CPI constatou que os vencedores da licitação, gerenciados por Rigotto, apresentavam propostas “em combinação e, talvez, até ao mesmo tempo e pelas mesmas pessoas”. O relatório final lembrava: “É forçoso concluir pela existência de conluio entre as empresas interessadas que, se organizando através de consórcios, acertaram a divisão das obras entre si, fraudando dessa forma a licitação”. O JÁ foi mais didático: “Apurados os vencedores, constatou-se que o consórcio Sulino venceu todas as subestações do grupo B2 e nenhuma do B1. Em compensação, o Conesul venceu todas as obras do B1 e nenhuma do B1. A diferença entre as propostas dos dois consórcios é de apenas 1,4%

sábado, 4 de setembro de 2010

Familia Rigotto..

Capítulo 02

Até que, na semana passada, no maldito agosto de 2010, a família de Germano Rigotto saboreou mais um giro no inacreditável garrote judicial que asfixia o jornal e seu editor desde o início do Século 21: o juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, autorizou o bloqueio online das contas bancárias pessoais de Elmar Bones e seu sócio minoritário, o também jornalista Kenny Braga. Assim, depois do cerco judicial que está matando a editora, a família Rigotto assume o risco deliberado de submeter dois dos jornalistas mais conhecidos do Rio Grande ao vexame da inanição, privados dos recursos essenciais à subsistência de qualquer ser humano.

O personagem de Scorsese

Afinal, qual o odioso crime praticado pelo JÁ e por Elmar Bones que possa justificar tanta ira, tanta vindita, ao longo de tanto tempo, pelo bilioso clã Rigotto? O pecado do jornal e seu editor só pode ter sido o jornalismo de primeira qualidade, ousado e corajoso, que lhe conferiu em 2001 os prêmios Esso Regional e ARI (Associação Riograndense de Imprensa), os principais da categoria no sul do país, pela reportagem “Caso Rigotto – Um golpe de US$ 65 milhões e duas mortes não esclarecidas”.

A primeira morte era a de uma garota de programa, Andréa Viviane Catarina, 24 anos, que despencou nua do 14º andar de um prédio na Rua Duque de Caxias, no centro da capital gaúcha, no fim da tarde de 29 de setembro de 1998. O dono do apartamento, Lindomar Rigotto, estava lá na hora da queda. Ele contou à polícia que a garota tinha bebido uísque e ingerido cocaína. Nenhum vestígio de álcool ou droga foi confirmado nos exames de sangue coletados pela criminalística. O laudo da necropsia diz que a vítima mostrava três lesões – duas nas costas, uma no rosto – que não tinham relação com a queda. Ela estava ferida antes de cair, o que indicava que houve luta no apartamento. Um teste do Instituto de Criminalística indicou que o corpo de Andréa recebeu um impulso no início da queda.

No relatório que fez após ouvir Rigotto, o delegado Cláudio Barbedo, um dos mais experientes da polícia gaúcha, achou relevante anotar: “[Lindomar] depôs sorrindo, senhor de si, falando como se estivesse proferindo uma conferência”. Os repórteres que o viram chegar para depor, no dia 12 de novembro, disseram que ele parecia “um personagem de Martin Scorsese”, famoso pelos filmes sobre a Máfia: Lindomar usava óculos escuros, terno azul marinho, calça com bainha italiana, camisa azul, gravata colorida e gel nos cabelos compridos. O figurino não impressionou o delegado, que incluiu na denúncia o depoimento de uma testemunha informando que Lindomar era conhecido como “usuário e traficante de cocaína” na noite que ele frequentava – por prazer e ofício – como dono do Ibiza Club, uma rede de quatro casas noturnas que agitavam as madrugadas no litoral do Rio Grande e Santa Catarina. Em dezembro, o delegado Barbedo concluiu o inquérito, denunciando Lindomar Rigotto por homicídio culposo e omissão de socorro.
..Continua...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Família Rigotto

A partir de hoje vou colocar nesta página, alguns trechos de um email muitíssimo importante. Peço a voce que acompanha este blog, que leia atentamente, examine os detalhes preciosos de uma das mais intrigantes farsas políticas deste estado. São partes de um processo envolvendo a família do nosso candidato ao senado, senhor Rigotto, quando ainda governava o Rio Grande do Sul. Tudo o que aqui vai passar está fartamente comprovado atraves de processos, que correm "no tal Segredo de justiça" Leia e entenda porque Rigotto não "quiz" concorrer ao governo.

Capitulo 01.


JORNAL JÁ. COMO CALAR E INTIMAR A IMPRENSA

“Quando o mal é mais audacioso, o bem precisa ser mais corajoso.” (Pierre Chesnelong, 1820-1894, político francês)

Agosto, mês de cachorro louco, marcou o décimo ano da mais longa e infame ação na Justiça brasileira contra a liberdade de expressão.

É movida pela família do ex-governador Germano Rigotto, 60 anos, agora candidato ao Senado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e supostamente alheio ao processo aberto em 2001 por sua mãe, dona Julieta, hoje com 89 anos. A família atacou em duas frentes, indignada com uma reportagem de quatro páginas, publicada em maio daquele ano em um pequeno mensário (tiragem de 5 mil exemplares) de Porto Alegre, o JÁ, que jogava luzes sobre a maior fraude da história gaúcha e repercutia o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão de Germano.

Uma ação, cível, cobrava indenização da editora por dano moral. A outra, por injúria, calúnia e difamação, punia o editor do JÁ e autor da reportagem, Elmar Bones da Costa, hoje com 66 anos. O jornalista foi absolvido em todas as instâncias, apesar dos recursos da família Rigotto, e o processo pelo Código Penal foi arquivado. Mas, em 2003, Bones acabou sendo condenado na área cível ao pagamento de uma indenização de R$ 17 mil. Em agosto de 2005 a Justiça determinou a penhora dos bens da empresa. O JÁ ofereceu o seu acervo de livros, cerca de 15 mil exemplares, mas o juiz não aceitou. Em agosto de 2009, sempre agosto, quando a pena ascendera a quase R$ 55 mil, a Justiça nomeou um perito para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo, sem anúncios e reduzido a uma redação virtual que um dia teve 22 jornalistas e hoje se resume a dois – Bones e Patrícia Marini, sua companheira. Cinco meses depois, o perito foi embora com os bolsos vazios, penalizado diante da flagrante indigência financeira da editora
....continua.