segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Uma lembrança triste.


Quero dividir com vocês ,seguidores do meu blog e  colegas da CEEE, um momento muito especial, e que marcou profundamente. Todos que me conhecem sabem, que apesar da aparência frágil, e das limitações físicas sempre trabalhei de igual para igual em todas as tarefas a mim concedidas. Quando assumi o SENERGISUL, substituindo o delegado da época, senti um calafrio. Não sou medroso, aliás, não sei o que é ter medo. Sempre fui bicudo, metido. Acredito que com meu trabalho, minha dedicação e o apoio de muitos de vocês conseguimos conquistar trunfos que hoje, permite a muito desfrutarem seus dias de aposentados. O meu dia a dia se resume em pesquisar, pesquisar e escrever. Quando não estou na oficina, trabalhando reformando móveis e eletrodomésticos que chegam até mim, estou escrevendo. Eu já havia saído da delegacia do sindicato, então fui convidado a fazer parte da equipe para elaborar o PDV, uma forma cruel que os idiotas dos americanos usaram para interromper a vida profissional de muitos colegas. Não sei se todos sabem, mas,perdemos colegas que se suicidaram, por conta de terem sido alijados justamente quando estavam a poucos passos de aposentar-se. Nossa base para trabalhos era no Hotel Suarez, ali na São Caetano 273 no centro. Éramos vinte e quatro pessoas, representando todos os locais que pertenciam ao complexo AES/SUL. Pela Gerencia Regional de São Leopoldo era eu e a Tânia e mais o Laércio Miguel Machado do GOMT. Foram dez dias de muita tensão, avanços retrocessos, com gente achando que aqueles ilustres calhordas falando inglês eram deuses, e outra parte com sangue nos olhos de tanta raiva. Eu sequer podia olha na cara do tal Rich, um cara que parecia ter saída de um deste filmes de zonas rurais americana. Magro, franzinho, pouco cabelo. Ele era o GERENTÃO, o todo poderoso, e tinha colegas que até lhe puxavam o saco, achando que assim estariam imunes. Éramos monitorados diariamente pelo “motorista” do chefe. Um cara vindo de Brasília, gordo com uma cara de bêbado, falava inglês fluentemente, aliás, entre eles só falavam em inglês Adorava contar piadas e vivia elogiando as mulheres brasileiras. Um perfeito palhaço. Quando terminamos os trabalhos fomos todos “gentilmente” convidados a fazer uma confraternização, fomos todos para aquela pizzaria próximo a Unisinos.Lá, despesa livre para todos. Podia pedir o que quisesse, tudo por conta do chefe e do seu fiel escudeiro o “motorista”. Na mesa as caras eram de velório, com exceção do “piadista” que teimava em bancar o bobo da corte. Por fim foi solicitado que trouxessem várias caixas de sorvete, a todos foi servido uma taça, era vontade. Fui o único que não aceitou o sorvete. Estava engasgado, a vontade era de mandar aqueles caras idiotas para a puta que os havia parido. A notar que eu era o único que não havia sido servido o Rich, perguntou se tinha problema de saúde em não aceitar açúcar. Vi ali na resposta a ele o meu momento de gloria. Disse que estava muito bem de saúde, mas que gostaria de dirigir algumas palavras, pedindo ao motorista que fizesse a tradução. Então comecei; Companheiro Rich (eles tinham verdadeiro ódio de sindicalista) Falarei apenas por mim, não sou representante de mais ninguém aqui, mas, quero registrar meu repúdio, minha indignação com este ato tão abjeto e hipócrita. Vocês nos obrigam a redigir a nossa sentença de morte e ainda tem o disparate de oferecer doces? Como poderia comer este sorvete? Ele é amargo demais para mim e para tantos outros colegas, me faria mal, muito mal. É como se eu estivesse oferecendo um banquete no dia do meu velório. Ele me olhava, e acompanhava a tradução. Encerrei porque não vinham mais palavras, eu já soluçava. Cheguei em casa e rabisquei num papel o meu desabafo. Nunca mais o esqueci. Antes de sair, sem me despedir, ainda notei que alguns colegas empurravam educadamente a taça para o centro da mesa.  O poderoso chefão apenas olhou nos meus olhos e disse o clássico ; I,m sorry.

domingo, 29 de setembro de 2013

Túnel. Hasan Mustafa Mohd Mustafa.


Hoje, vamos dar uma voltinha pelo centro da cidade, vamos a cata de mais um desafio. Daí, passo pelo viaduto Hasan Mustafa Mohd Mustafa oba, como é que é? Mas, quem foi este cidadão? Escrevendo assim o nome por completo acredito que muito poucas pessoas saberiam identificar quem foi este cidadão. Porém se eu disser que o nome do túnel é uma homenagem ao “seu Mustafa da loja” bem ai a coisa muda de figura. Quem, entre os contatos que estão lendo estes linhas não comprou alguma vez, alguma roupa, uma peça de vestuário na loja do Mustafa? E o curioso foi a forma como escolheram o nome deste comerciante para denominar o túnel que serve de elo entre as duas partes da cidade. “seu” Mustafa chegou ao Brasil em 1958, e como muitos libaneses que aqui aportaram abriu um pequeno comércio, naquele prédio que pertencia ao “Barcelinho” conhecido como Bar Abrigo, bem em frente a praça General Freitas. Casou em 1964 com D. Lourdes e em 1965 começou a construir o prédio onde por muitos anos funcionou a Câmara Municipal de Vereadores da cidade, e ali na parte térrea fixou sua nova loja. O espírito participativo, as amizades que desenvolveu fizeram com que o comerciante participasse ativamente da vida social da cidade, inclusive teve participação decisiva na emancipação política de Sapucaia tendo por isto recebido o título de cidadão emancipacionista. O casal teve três filhos; Mustafa, Miriam e Hasan. O comerciante faleceu no dia 14 de setembro de 1998, e em 1999 o túnel recebeu seu nome como homenagem póstuma, por indicação do então prefeito Sr Walmir dos Santos Martins. Mas, o incrível de tudo isto, o que, aliás, acontece com todas as obras na cidade, é que alguns poucos destes dados pessoais deveriam constar numa pequena placa, para que pelo menos as pessoas soubessem o porquê da homenagem, e o que fez a pessoas para receber a homenagem. Ao contrário, depois de entregarem uma cópia da lei municipal que dava o nome ao túnel, a viúva e os filhos receberam uma sugestão de que se “quisessem” poderiam colocar ali uma plaquinha. Ora, o prefeito sugeriu,a câmara aprovou, deram o nome, mas a placa com as informações fica por conta dos familiares? Só aqui em Sapucaia do Sul mesmo. Acredito que esta atitude esta “sugestão” foi feita apenas pelo fato de o Sr .Mustafa não ser político, por que se assim fosse, a placa seria de bronze, com letras garrafais em preto. De qualquer forma fica aqui o registro de um pequeno histórico sobre este personagem da historia do município. Alias, homenagem digna e justa, porque bem ou mal fizeram justiça com alguém que aqui chegou, batalhou, produziu, constituiu família. Bem ao contrário de muitos dos quais a gente não sabe nada, nem mesmo quem sugeriu a homenagem.

sábado, 28 de setembro de 2013

SAÚDE.


PARE DE TOMAR DROGAS, e VIVA MAIS, e COM SAÚDE.

COMPARTILHEM E DIVULGUEM! SAÚDE E TUDO! E OS LABORATÓRIOS MUNDIAIS E A MÍDIA NÃO DIVULGA! EU MESMO JÁ VENHO FAZENDO O USO E ATESTO QUE 
FUNCIONA E O MEU MEDICO FICOU DE BOCA ABERTA COM OS EXAMES APOS O USO CONTINUO DESTA FRUTA! 
10.000 VEZES MAIS FORTE QUE A QUIMIOTERAPIA.
Assunto: LIMÃO CONGELADO Muitos profissionais em restaurantes, além de nutricionistas estão usando ou consumindo o limão inteiro , em que nada é desperdiçado. Como você pode usar o limão inteiro sem desperdício?
Simples... Lave bem e coloque o limão na seção do freezer de sua geladeira. Uma vez que o limão esteja congelado, use seu ralador e o limão inteiro (sem necessidade de descascá-lo) e polvilhe-o em cima de seus alimentos.
Polvilhe-o em suas bebidas , vinho , saladas, sorvete, sopa , macarrão, molho de macarrão, arroz, sushi. .. Todos os alimentos inesperadamente terão um gosto maravilhoso, algo que você talvez nunca tenha provado antes.
Provavelmente, você achava que só o suco de limão teria vitamina C. Bem, saiba que as cascas do limão contêm vitaminas 5 a 10 vezes mais do que o suco de limão propriamente dito. E, sim, isso é o que você vem desperdiçando. Mas de agora em diante, por seguir esse procedimento simples de congelar o limão inteiro e salpicá-lo em cima de seus pratos, você pode consumir todos os nutrientes e obter ainda mais saúde.
As cascas do limão são rejuvenescedoras da saúde na erradicação de elementos tóxicos do corpo. ótimo!!! Os benefícios surpreendentes do limão! Limão (Citrus) é um produto milagroso para matar células cancerosas.
É 10.000 vezes mais forte do que a quimioterapia. Por que não sabemos nada sobre isso? Porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética que lhes trará enormes lucros. Seu sabor é agradável e não produz os efeitos horríveis da quimioterapia. Quantas pessoas morrem enquanto esse segredo é mantido, para não pôr em perigo as grandes corporações multimilionárias? Como sabem, a árvore do limão é conhecida por suas variedades de limões e limas. Você pode comer as frutas de diferentes maneiras: a polpa, suco, preparando bebidas, sorvetes, bolos, etc... A ele é creditado muitas virtudes, mas o mais interessante é o efeito que produz sobre cistos e tumores. Essa planta é uma solução comprovada contra cancros de todos os tipos. Alguns dizem que é muito útil para todas as variantes do cancro . Ele é considerado também como um espectro antimicrobiano contra infecções por bactérias e fungos, eficaz contra parasitas internas e vermes, que regula a pressão de sangue, quando muito alto, e um antidepressivo , combatendo o estresse e distúrbios nervosos. A fonte desta informação é fascinante: ela vem de uma das maiores fabricantes de drogas no mundo, diz que, após mais de 20 testes desde 1970, os extratos revelaram que: destrói as células malignas em 12 tipos de cancro, incluindo cólon, mama, próstata, pulmão e pâncreas... Os compostos dessa árvore mostraram-se 10.000 vezes melhores do que o produto Adriamycin, uma droga normalmente utilizada como quimioterápico no mundo, retardando o crescimento das células cancerosas. E o que é ainda mais surpreendente: este tipo de terapia com extrato de limão apenas destrói células de câncer maligno e não afeta as células saudáveis. Antes tarde do que nunca! Repassem aos seus amigos e conhecidos...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

                            Detalhe da Rua Caramuru.         
Rua Caramuru.
Minha rua se chama Caramuru. Isto mesmo, o “deus do fogo”. Agora o que eu gostaria muito de saber é o que se passava na cabeça do legislador para dar a esta rua,este nome tão pomposo. Com,o todos sabem,ou pelo menos deveriam saber,Caramuru foi aquele cara,que para poder usurpar ouro e pedras preciosas dos índios, tacou fogo num pote cheio de álcool, ameaçando fazer o mesmo com a água dos rios. O nome dês português que nada tinha de boboca era Diogo Álvares Correia. Como se pode notar, os verdadeiros donos desta terra os indígenas foram os primeiros a serem feitos de idiotas, na nossa história. Mas,tudo bem, os índios engoliram a piada, e nós também, porque afinal ninguém nunca contestou este nome dado a rua onde moro. Seja lá quem tenha sido talvez nunca tivesse idéia de que na verdade, estava fazendo homenagem a um pilantra. A Rua Caramuru, na verdade nasceu de um trilho de formigas, aquelas cortadeiras, inimigas número um das plantas, principalmente das roseiras, pois costumam cortar tudo durante o verão e estocar comida dentro de seus formigueiros. A rua é calma, esquecida dos poderes públicos, tem mais ou menos quinhentos  metros de extensão, seis quadras, começa lá na primor junto a Rua Riachuelo e desemboca na Lindolfo Collor. Faço parte dos primeiros moradores desta rua, aqui na parte final, muitos de seus antigos moradores ou se mudaram ou morreram. Assim é com a família do “seu “Arlindo” que morava bem em frente a minha casa, ou o Sinval, morador na outra esquina. O Adão Brasil que morava na esquina com a rua Lindolfo Collor. Já entre os antigos podemos citar o “Joãozinho (João Lima) o qual já vai para a terceira geração e familiares a residir no local. O Bento Martins, meu colega de CEEE (que se mudou para São Paulo recentemente). Quando decidimos comprar este terreno, aqui era um banhado, com um mato de maricás. No fundo do terreno passava o esgoto(a céu aberto) de todas as casa que faziam fundos com o nosso terreno. Aos poucos, com a abertura da rua, costumávamos pedir aos patroleiros que empurrassem a terra para dentro daquele local. Aos domingos meu pai, minha mãe e meus irmãos vínhamos passar o domingo aqui e aterrar o terreno, cortando o mato, e atulhando aquela imundície. No inicio não foi fácil, as pessoas reclamaram junto a prefeitura,espernearam, mas não adiantou, venceu a lógica. Hoje o local é cerca de dez centímetros acima do nível da rua, todo gramado, e com escoamento das águas todas para a rua. A vizinhança apesar de ter mudado, parece ter se dado bem, já que todos aqui se dão muito bem, uns mais reservados, outros menos. Normalmente aqui nos mesmos é que fizemos a capina e a limpeza dos meios fios, bem como a pintura. Quando acontece alguma coisa mais seria, sirvo de mediador entre os moradores e a prefeitura (talvez seja pelas relações “amistozíssimas” entre eu e o prefeito). No caso costumo enviar Email ao responsável estipulando prazo para regularização, principalmente no que diz respeito à troca de lâmpadas da rua. Se, gostam ou não, não sei, mas que com pressão resolvem isto é verdade. Esta rua bem que poderia ser chamada de Rua dos Aposentados, pelo grande número de moradores nesta situação. Mas, como quem decide isto são “os políticos” as asneiras continuam acontecendo. A propósito, você sabe que foi, ou o que fez de importante para Sapucaia do Sul o Sr. Albino Trein? Pois é nem eu. Mas ele foi homenageado na cidade.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A pedido.

Cada vez que dou de cara com algum destes " A pedido" do sindicato médico, fazendo alegações sobre o programa "Mais médicos" sinto vontade de esfregar na cara de alguns deste hipócritas, a outra ponta da fila. Aquela onde estão os portadores de doenças graves,de cardiopatias, e outras mais que podem levar um paciente a morte e nem por isto recebem consultas agendadas em tempo curto. Muitas inclusive só recebem a notificação das consultas só depois de mortos. Que bom seria se os "médicos" brasileiros entendessem de uma vez por todas que estes profissionais são tão, ou melhores preparados do que muitos picaretas brasileiros.Que bom se estas mulas brasileiras entendessem que esta ajuda é emergencial, e que eles não estão nem de longe pensando em fazer concorrência, com alguns açougueiros no Brasil, até porque, findo o contrato deverão retornar aos seus países de origem  Que bom seria se lá em Cuba houvesse uma revolução,e acabassem com aquele sistema podre de governo e estes profissionais da saúde pudessem livrar-se dos grilhões que os prendem com suas famílias impedindo-os de trabalharem pelo bem da humanidade, onde quisessem.
Que bom seria se estes médicos todos aqui no Brasil que só pensam em ficar ricos as custas da saúde e do sofrimento alheio, tivessem um pouco mais de vergonha na cara,fossem atender seus pacientes,cumprissem horário, trabalhassem mais e reclamassem menos. Como seria saudável se estes doutorandos,ao invés de ficarem de galinhagem pelos corredores de universidades e hospitais, aprendessem mais sobre ética,e humanismo. Diz o ditado;quem não deve, não teme. Então estes nossos profissionais da saúde devem sim ter algum rabo preso. Aqui, médico não tem obrigação de cumprir horários, não tem obrigação de curar doenças,só "medicar". Aqui médico serve muito mais como negociante e representante de laboratório. Aqui médico atende pelo SUS, mas por fora cobra um extra, desaforando vergonhosamente a ética profissional.Aqui o médico pode optar em continuar dormindo ao invés de levantar e cumprir o seu horário atendendo o paciente.Aqui no Brasil, médico vende atestados, como se fossem laranjas, inclusive se permitindo o direito de prognosticar a doença para três ou quatro dias depois,isto é, ele adivinha que o paciente vai ficar doente, a libera o atestado por antecipação, pela bagatela de cinquenta reais.Será que não é disto que eles tem tanto medo da concorrência?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aperto.

O cara desfilava garboso sobre o pingo.A indumentária não poderia ser mais rica em adereços,pingentes,argolas,fivelas e correntinhas.O cavalariano então era um luxo só.Repentinamente,parou em frente a minha casa, amarrou o pingo na grade,apeou,bateu palmas. 
- Buenas patrão....
- Buenas...
- Imagina indio velho que estou aperreado, tenho que ir na latrina, sabe?
_ Mas o que houve vivente?
- Foi a feijoada,o carreteiro,a ceva,a cachaça,o feijão mexido,as linguiças. Parece que o time não se encontrou e agora alguns destes querem sair.... 
- Mas, barbaridade,tchê. Tu não está pensando em cagar ai na minha calçada não é mesmo, chirú?
-Claro que não, barbaridade,só queria usar o banheiro vivente...
_ Olha macanudo, até poderia te ajudar. Mas, acontece que estou solito, e depois eu não sei se isto não é um golpe só para me assaltares, olha só quanta faca,rebenque..
_ Pelo amor dos meus filhinhos patrão....
- Me dá o telefone do patrão do teu piquete,quero confirma....
_ Não vai dar tempo...não vai dar tempo.
Da janela do meu quarto eu ouvia o ronco de mil bugíos na barriga do vivente. Já me dispunha a vir até o portão quando o cara ficou branco,pálido como um defunto na 23ª hora, abriu as pernas e...juro que ouvi o som mais amedrontador de todos. Parecia um metralhadora, ao mesmo tempo em que uma enorme mancha marrom aparecia pelos fundilhos.
_Oigale tchê, o time saiu de campo? ( O cara olhava pra mim com uma cara que dava medo). Mas, índio velho faça-me um favor solte os botãozinhos no garrão da bombacha.
_ ????????Pra quê???????
Não vais querer despejar estas coisas na minha calçada, né? guarda dentro da bota, e outra coisa, não monte no tordilho, ia ser uma injustiça sujar as encilhas com tanta merda..
O cuera, agarrou o buçal,e saiu de pernas abertas, parecendo um cambota. Não sem antes afivelar o tirador virado para trás, para esconder a cagança.

Do livro em preparo; Andanças.

Onze meses, e NADA.
Por mais que eu tente não consigo achar explicação razoável, para certas coisas absurdas que acontecem no nosso dia a dia. O brasileiro é realmente um cidadão fora de todos os padrões que existem na face deste planeta. Existem nações inteiras onde o povo morre em massa, mas , nestes lugares existem guerras. Noutras as pessoas morrem de fome, mas são miseráveis, e governados por déspotas. Tem lugares neste mundo onde um simples resfriado pode representar uma epidemia, mas não existem médicos, não existem condições de cura. Cada lugar com suas peculiaridades. O Brasil, é diferente em tudo, temos paz,teoricamente vivemos numa democracia, e nesta democracia todos tem os mesmos direitos e deveres. E aqui, mesmo tendo tudo o que falta a muitos outros povos, sofremos dos mesmos males, porque será? A justificativa para tantos desmandos e tantas diferenças  está justamente no fato de que aqui tudo é mais ou menos fictício, nada é real. Saúde, segurança, emprego, moradia, paz de espírito, tudo é teoria. E nos como povo civilizado e hipócrita, aceitamos tudo na boa. Veja a pouca vergonha, a falta de empenho, a monotonia no trato do caso do desaparecimento de D. Beatriz. É simplesmente vergonhosa a atitude de algumas autoridades para com o caso. A coisa caiu no esquecimento, somente parentes, amigos a alguns colaboradores ainda insistem na busca sistemática de uma solução para o caso. Num país que se prepara para sediar um evento de proporções gigantescas, investe-se em remodelações absurdas, gastos bilionários com infra estrutura, tudo para garantir a segurança dos visitantes que deverão aportar por aqui. Olhem a ironia, gastamos e gastaremos bilhões para garantir a segurança dos outros, mas não temos as mínimas condições de garantir a segurança da população, e veja, que quem paga a conta somos todos nos. Já escrevi, que, se o fato acontecido com D. Beatriz  tivesse acontecido com algum parente de deputado ou algum outro figurão, até mesmo envolvidos nestas mutretas federais, o caso já estaria solucionado. A polícia federal já teria entrado no caso, alguém já estaria preso. A justiça brasileira é um gigantesco almoxarifado, a cada dia as prateleiras vão acumulando mais e mais material, a ordem de retirada  neste labirinto obedece uma hierarquia um tanto quanto obscura,como acontecido recentemente com os mensaleiros, antigamente sentenças eram para ser cumprida,agora servem para ser esdruxulamente contestadas.Então, como exigir de um ministro(Eduardo Cardoso), ou ministra(Maria do Rosário) empenho na resolução deste caso, se até para se fazer justiça a gente precisa de apadrinhamentos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Estamos as vésperas de completar onze meses.do desaparecimentos de D. Beatriz. E, as perguntam continuam; o que aconteceu com esta senhora? Porque a demora na solução deste mistério? Estariam realmente interessados na elucidação deste problema as autoridades brasileiras?
Onde anda Dona Beatriz?

É uma zorra.

È uma zorra, ou o fim do mundo?Confesso que estou bastante preocupado. Nunca antes havia  visto uma situação tão caótica em nosso país.A começar pela insegurança generalizada, hoje é impossível sair as ruas para fazer qualquer coisa sem que se corra o risco de ser atropelado,assaltado,roubado,agredido, preso. Nossas polícias estão como moscas tontas, agem no puro instinto, você chama eles atendem quando podem, geralmente estão sempre em “ocorrências” prendendo drogado,maconheiros,cheiradores. Enquanto isto nas paradas de ônibus os vagabundos usam e abusam da criatividade. Vale qualquer coisa, bolsa,celular,pulseira, anéis, boné,tênis. Por uma pedrinha de droga o cara entra na tua casa,ameaça,esfaqueia,atira,faz o diabo. E o pior é que se a gente pega o vagabundo, da uma surra que é levado a delegacia é você.Com o evento das incursões do Ministério Público fazendo verdadeiras devassas nas contas de alguns políticos,a gente pensou que talvez agora o país estivesse entrando em uma nova fase.Qual o quê,parece que ficou pior ainda. Agora alem de ter-se que preocupar com a nossa segurança particular, e pessoal a gente tem que ficar com um pé atrás com as safadezas do Congresso Nacional, e também com as atitudes dos nossos ministros do Supremo, que ao que tudo indica, cansados de bancarem os bons moços resolveram sair do armário e se bandear de vez para o lado da vagabundalia política. E não se iludam, as cartas já estão marcadas para o jogo de quarta feira. Aos ladrões, condenados em última instância será dada mais uma chance, ainda tem muita grana para ser dividida, muitos favores a serem trocados,muitos rabos presos,muitas filigranas jurídicas a favor desta tropa de vagabundos.A justiça deve agir assim, devem os senhores ministros esgotar todos os recursos, a ordem é insistir,chicanear o mais que puder. Têm réus que podem até mesmo sair ilesos, quem sabe até processar o estado por prejuízo moral. Mas, isto tudo, todo este carnaval só vale para eles, os donos do poder. O povo pode até estar comendo merda, mas daí não terão as benesses dos embargos declaratórios, daí não pode,é proibido, não está na lei, enfim o diabo a quatro.Particularmente nunca dei muito credito aquela turma de velhos gagás,agora com a entrada de alguns novatos, nomeados,já comprometidos a coisa vai degringolar e vez. O Brasil continuará nos trilhos da estrada que não leva a lugar algum. Continuaremos a cultivar lá fora a imagem de país emergente, muito embora até mesmo nossa mais alta corte, esteja submergindo.  

sexta-feira, 13 de setembro de 2013


A importância do Rabo.
Tudo bem, eu poderia usar outro sinônimo, digamos mais sociável, como por exemplo cauda,cola, rabicho,mas, resolvi usar a palavra Rabo por acreditar que ela seja a mais própria no momento. Vem de muito longe a importância do Rabo,os antigos povos Romanos alem de sempre manterem o rabos de seus cavalos devidamente enfeitados não se furtavam ao prazer de sem discrição alguma mirarem os olhos no traseiro da suas damas.Aqui no Brasil, a coisa começou a ser mais valorizada com o evento da Discoteca do Chacrinha,de onde saíram alguma "rabudas que até hoje fazem sucesso, veja-se o exemplo da Sessentona Rita Cadilac, que muito embora as pernas mais pareçam mapas de rodovias,de tantas varizes,mesmo assim desfila altaneira o que? A BUNDA, o RABO. O Rabo deixou de ser apenas tratado como fetiche para se transformar de arma poderosa na arte de seduzir todos nos, homens verdadeiros, a ponto de ser a bunda hoje sinônimo de Preferência Nacional. Quem a tem natural, valoriza,quem não a tem monta alguma coisa que se pareça com BUNDA.Na verdade estas últimas devem cuidar muito onde sentam,pois se por acaso derem de cara,ou melhor,de bunda com algum prego o u parafuso pontiagudo, Adeus Benda,ela escorre toda para fora. Este, convenhamos é o tipo de rabo mais conhecido. Graças a ele, muitas e muitos fazem fortuna. Ai vira e mexe, e lá está uma bunda redonda linda, maquiada,acomodada dentro de um minúsculo pedaço de pano que só consegue mesmo cobrir os "furos"e "cortes" cujas finalidades não vamos aqui abordar, por não ser do interesse no momento. Mas todos nos temos o nosso rabo. Até você que está lendo este texto, pense bem...tem, não é mesmo? Mas não tem problema, o seu rabo não me interessa. Quero dissertar mais um pouco sobre aquelas pessoas que embora magrinhas,esmirradas,esqueléticas sofrem por também ter o seu rabo(deles) isto mesmo,adivinhou, os políticos. A curiola política vive intrinsecamente unida como numa longa corrente. A a mão de um,segura o rabo do outro para finalmente lá, bem longe fecharem o círculo. Assim conseguem manter todos sob controle, ao menor deslize,uma pequena cutucada no rabo do revoltoso, volta a colocá-lo nos trilhos. Agora fico pensando, cá com meus gatos e cachorros : que lugar nesta fila estariam colocados os ministros do STF? Teriam eles também alguma saliência, na região lombo sacra onde alguém poderia estar a "cutucaire" como diria meu amigo Joaquim? Reflitam.

5 X 5



Ao que tudo indica, daqui alguns dias o Brasil deverá entrar numa outra fase. Já fomos para a rua,brigamos,esperneamos,apanhamos,levamos bordoadas, tudo em nome de direitos a nos sonegados. Tudo em busca de uma participação do povo, mais ativa,mais produtiva. Não logramos êxito, não obstante sermos um povo hospitaleiro mas,com histórico de lutas, e embates, no campo político (que sirvam os exemplos de nossos pracinhas na Itália,As diretas já, o golpe de 64,)parece que o povo cansou. Seriam necessárias muitas páginas, para que se enumerassem as angústias que nosso povo sofre. Seriam muitas laudas para registrar,as ofensas,as humilhações,os desaforos,as atrocidades,os desrespeitos aos cidadãos, principalmente no que tange a direitos fundamentais como saúde,educação,moradia,emprego, isto é o básico. Nosso país que investe BILHÕES para sediar um evento esportivo,é o mesmo que convive com a morte de crianças por falta de atendimento médico, pela fome,pela miséria, pelo descaso na saúde. Este país que investe para parecer rico e poderoso, precisa de estatutos para os velhos,para o jovens,para os deficientes, remendos vergonhosos aos quais nem mesmo as autoridades respeitam. Criam-se leis,estatutos, com a pretensa imoralidade de dar suporte a que as pessoas tenham salvaguardados os direitos, os mais elementares. Somos extorquidos , roubados,metem a mão no bolso até mesmo daquele pobre operário que complementa com horas extras o sustento da casa, o imposto de renda não perdoa. Costumo comparar o povo deste país como um doente terminal,que sofre preso a um leito, já moribundo,seus paliativos,seus remédios  ficam por conta do futebol,(ópio) carnaval, festivais de músicas absurdas e incompreensíveis e as novelas da Globo, e verdadeira Universidade do povão. Até então, tínhamos, muito embora bem longe de muitos a fé em algumas instituições, até uns tempos atras,ainda acreditávamos na capacidade de alguns homens letrados,doutores em leis,que sob suas túnicas, se haviam como incorruptíveis,retos, de moral ilibada zelando pelo sagrado dever do direito e da justiça igualitária,ali estavam para ouvir a todos, inclusive ao povo. Hoje esta realidade, mesmos sob pressão de todos os anteriores argumentos elencados, se modifica. Se modifica para que sejam garantidos os direitos fundamentais de alguns quadrilheiros, ladrões condenados, recorrerem de suas penas. Ora,que bom seria se estes direitos fossem realmente oferecidos a todos os que deles precisam, não apenas para um bando de apadrinhados, para uma quadrilha astuta e ardilosa,que deseja não apenas a redução das penas, não apenas quem sabe a liberdade, mas,continuar de posse daquilo que foi surrupiado dos cofres públicos. A decisão, como se prenuncia será por novo julgamento, os homens togados,os doutores do direito, as sumidades dos saberes jurídicos talvez deixem cair a máscara, os novatos inexperientes ou não deverão fazer o trabalho de casa,é para isto que lá estão.Gente,perdemos mais uma vez.Atiraram em nossos rostos o estrume vergonhoso das mafias,rasgaram e pisotearam sobre a constituição tudo em nome de assegurar o direito a defesa. A defesa de um bando de ladrões.  

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Mensalão.
Tudo o que se falar,tudo o que se disser a respeito deste julgamento, acredito que não mudará o rumo da história. Por detrás das cortinas, nas coxias deste magistral espetáculo teatral já está definido o “gran finale”. Como que numa espécie de provocação, de deboche, de sarcasmo para com todos os espectadores os vilões deverão sair livres, decreta-se a morte da justiça, sepulta-se a ética ,a honestidade e todos os demais anseios de uma sociedade ferida,humilhada.Ficamos, todos nos ,boquiabertos ,pasmos,ao pressentir o desfecho deste rumoroso caso. Ainda soam em nossos ouvidos as frases empolgadas, os jargões jurídicos, as belas e ameaçadoras citações dos mestres do direito internacional. Todos, unissonamente desempenhando o seu papel, de um lado os homens togados em cujos quais, ate então, se acreditava serem imunes as tentações mundanas. Homens que pelo seu saber, pela sua índole, pelo seu passado nos levavam a acreditar que os ímpios desta vez seriam aniquilados. De outro lado, homens não menos inteligentes, advogados experientes, muitos juízes aposentados, conhecedores de todos os meandros de nossa justiça remendada, esfarrapada, maltrapilha. Aos primeiros deu-se a tarefa de estudar, tentar acomodar as acusações dentro de conceitos que pudessem efetivamente levar a justiça. E, convenhamos teoricamente foram verdadeiramente aulas de direito não só para platéia formada por estudantes que viam ali uma oportunidade de aprender com os grandes mestres,mas, a todos nós que fazíamos parte da platéia, por todoso s pontos do país. Já, aos advogados de defesa competia desmontar tijolo a tijolo a muralha de teses que tentavam segregar do convívio social os acusados. Tinham estes homens o dever de provar que o ladrão não roubara o corruptor não corrompera, e que na verdade os réus ali presentes eram apenas e tão somente homens ingênuos. Foram meses de tortura para todos os envolvidos, mas, principalmente para o povo que até então, sedento por justiça, ansioso pelo desfecho, acompanhava  cada voto dos doutores da lei.Vieram condenações. Aplausos de um lado, críticas do outro. Porém, o que na realidade estava acontecendo era apenas um intervalo naquele tragicômico espetáculo, havia digladiadores que teriam que ser substituídos, havia direitos que na teoria, teriam sido olvidados. Era a tábua a qual os náufragos haveriam de agarrar-se, até porque, ao longe já se avistava o escaler salvador. Costuma-se dizer que sentença de juiz é para ser cumprida, e não discutida. É verdade, só que com uma ressalva; isto é para quem pode e não para quem merece ou quer. A justiça verdadeira, aquela cega e impiedosa custa muito caro. Derrubar teses, anular teorias exige valores, não interessa a origem destes valores, como também não interessam os clamores públicos. A ética, a honestidade a decência todos estes conceitos vão dormir no fundo das gavetas quando o que está em jogo são interesses escusos, sujos. Fica quase que impossível caminhar pelos porões da lei com uma toga impecável, quanto tanto lodo está envolvido. Os réus, os valores, os verdadeiros motivos que levaram esta avalanche de denúncias a desembocar nas poltronas dos nobres ministros, a história jamais saberá. Os porquês de alguns ministros mudarem agora seus posicionamentos, seus conceitos, suas atitudes chegando às raias de se ofenderem em público, estas verdades ao povo jamais será revelada. Isto porque é preciso ainda que com todas as suspeitas e dúvidas sobre a nomeação de alguns destes verdadeiros atores cômicos a imagem do Supremo deve continuar a ser reverenciada, não pode sofrer arranhões. Agora uma nova fase, um novo ato neste triste desfile teatral. Nossos ministros do STJ deverão amargar as penas de terem sido reduzidos apenas a coadjuvantes, a certeza de que seus saberes não são lá estas coisas, pois não conseguiram alicerçar devidamente os pilares das muralhas atrás das quais ficariam presos os condenados. Aos ex-condenados a liberdade, ainda que duvidosa, e  aos ilustre defensores desta quadrilha, sejam creditados os devidos honorários, não importando a origem do dinheiro que recebem. Ao povo? Ao povo resta apenas baixar a cabeça e limpar o cuspe que nos foi jogado na cara. Brasil, um rascunho de democracia que dever ser passado a limpo

quarta-feira, 11 de setembro de 2013


Vida de cão.

Por mais que a humanidade tente, por mais que as religiões, os cultos, as crendices se esforcem não se visualiza num horizonte próximo o dia em que passaremos a valorizar mais os sentimentos puros, o entendimento de que aqui, sobre a face deste planeta somos todos visitantes. Não existe um dono absoluto e eterno. Aqui, nada nos pertence. Os bens materiais servem apenas para que uns mais abastados sobrevivam melhor do que outros menos afortunados. Na hora da despedida, a gente vai entender que o caixão, por mais luxuoso que possa ser não tem gavetas, não tem cofres, e que mesmo se fosse possível levar, ouro,dinheiro,jóias,escrituras documentos de posses valiosas como jatinhos,mansões ,fazendas nada disto teria valor algum. Apodreceria como o nosso corpo um dia vai apodrecer. Então, porque não exercitar nossa capacidade de amar? De tentar mudar o mundo com atos de amor, de caridade, de humildade? Dar um basta a estas fachadas do faz de conta, do eu sou mais, eu posso? Estou fazendo toda esta introdução movido por um sentimento de revolta, infelizmente não posso apontar o meu alvo nominalmente, não por medo, nada disto, mas, apenas por não saber ao certo o nome do covarde, do crápula,que ordenou,que deu a ordem para tamanha brutalidade. Não me interessa se foi ordem da prefeitura, do gerente,do superintendente, pra mi é tudo a mesma panela, então passo o rodo. Há muito tempo, ali bem junto a grade que sobrou sobre o passeio público, com a construção da rampa para acesso ao prédio da Caixa Federal em São Leopoldo existia um cachorro que fazia o local de morada. Um velho cachorro, abandonado talvez pelo dono, que ao ver que já estava velho e doente preferiu jogá-lo ao tempo ao invés de procurar um abrigo, já que agora ele, o cachorro, precisava mais do que nunca alguém que lhe desse carinho, amor, no fim de sua existência. Certo ou errado, não interessa, as pessoas ajudavam, mantinham-no alimentado, com relativa segurança. Naquele local também costumavam dormir estes farrapos de vida, bêbados, drogados que buscavam o refúgio para as noites de descanso. Mas, um dia destes o local amanheceu fechado com grades. Idéia de não se sabe de  qual  cabeça fraca,talvez incomodado pelo cheiro, pelas companhias,que destoavam da grandiosidade do banco federal acharam por bem fazer como o avestruz,enfiaram a cabeça no buraco ao invés de buscar solução,e assim o Tigre voltou a ser morador de rua. Medida antipática e burra. Como se fosse a caixa modelo de atendimento. Como se a catinga do cachorro ou de seus companheiros fosse pior do que o odor fétido dos juros cobrados por estas instituições bancárias. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Caminhada cívica.



Quando era menino, não existia esta tal de caminhada cívica. O que existia eram os Desfiles do dia sete de setembro. E, que coisa mais bonita. Ainda tenho algumas fotos daquele tempo de ouro. Costumávamos desfilar pela Avenida Sapucaia, o palanque ficava no espaço em frente a praça General Freitas, assim como a maior concentração de pessoas. Aquilo era um momento especial, para todos, moradores, alunos professores, comercio, entidades sociais, todos comungávamos dos mesmos ideais. Todos queriam mostrar o seu amor pela pátria. Nós alunos fazíamos questão de mostrar guarda-pós engomados, alvos, gravata azul, calça frisada, sapatos pretos, cada um fiscalizando o outro para não dar vexame, cada um querendo ser melhor do que outro. A preparação era feita por partes. Primeiro era a banda que começava a ensaiar o toque característico, depois, dentro do pátio da escola (Colégio da D. Sibila) a gente se virava como podia para treinar os passos que deveriam ser levados para a avenida. Parece difícil acreditar, mas já naquela época a gente fazia certo mistério sobre o que iria apresentar. Lembro de uma vez, agora já aluno da Baiúca (Escola Maria Medianeira) fiquei encarregado de produzir a nossa principal alegoria. Era uma época em que se comemorava muito o envio do homem a lua, então nada melhor do que “construir um foguete espacial, o qual seria “tripulado por uma colega (Janete) devidamente caracterizada de astronauta. Primeiro arrumamos um reboque, depois partimos para as madeiras, depois para os papelões, e por último, centenas de folhas de papel alumínio para recobrir a invenção. Materiais a disposição, então mãos a obra. Uma parafernália de pregos, arames, percevejos, cola, cordões, e eis que surge imponente o nosso foguete. Foi lindo ver a colega com a roupa toda em papel alumínio, confeccionada por sua mãe, parada ao lado da geringonça, para o ensaio, ainda no pátio da minha casa, onde havia sido montado. Tudo ensejava um estrondoso sucesso. Mas, durante a noite, São Pedro inventou de mandar uma amostra de aguaceiro, daquelas com a qual ele havia iniciado o dilúvio. A expectativa se transformou em desilusão ao amanhecer do dia do desfile. Nosso foguete havia se transformado num esqueleto de madeira com as vísceras expostas. Mesmo sem nosso foguete, fomos para a avenida, afinal nossa astronauta estava lá garbosa desfilando. A gente sentia orgulho ao olhar para o palanque e notar os olhares, e receber os aplausos das autoridades. Hoje, quanta decepção, quanta indiferença, a gente olha e só enxerga rostos fechados, caras antipáticas, sorrisos disfarçados. Gente metida, querendo aparecer.
Pirraça.

Até algum tempo atrás, este historia de alvarás era pura,conversa mole, não havia, nem muito menos, nunca houve um real interesse em fazer com que as coisas funcionassem como de fato deveriam funcionar. A segurança era fator quase que utópico, Se depois de pronta a obra tudo estivesse funcionando a contendo ,estava tudo certo. Ia até a prefeitura, conversava com um amigo, um engenheiro, ele estipulava um tempo determinado findo o qual o sujeito saia com o papel na mão, alvará liberado, obra acabada, todo dentro dos conformes da lei. Mas, tinha algumas vezes em que a coisa era por demais mascaradas, nem mesmo com a cumplicidade de algum “amigo” era possível fazer com que o maldito alvará saísse, então entrava em cena o “objeto misterioso” a gorjeta. Dificilmente os bombeiros entravam em cena. Não estou dizendo, ou querendo insinuar que isto não aconteça mais, apenas que ficou mais difícil. Com o evento da Boate Kiss em Santa Maria, talvez motivados pelo horror, e pelo impacto da tragédia passou-se então a se exigir mais dos responsáveis pelas liberações de alvarás. O elevado numero de vítimas, num ambiente totalmente desprovido das mínimas condições de funcionar numa atividade daquela magnitude, levou algumas autoridades a repensarem nas facilidades de obtenção bem como na fiscalização da observância fiel de todos os itens considerados fundamentais para que novas tragédias como aquela não voltassem a acontecer.Isto, aliado ao fato de terem alguns soldados terem sido indiciados pela ocorrência, parece ter despertado um verdadeiro estado de pirraça, por parte daqueles responsáveis por estas fiscalizações. De lá para cá o que se vê é uma verdadeira guerra, aquilo que antes era considerado supérfluo, banal, sem perigo virou verdadeiro pavor. Tanto é que não poderemos duvidar que mesmo acampado, numa barraca, a beira de um rio com apenas um fogãozinho a lenha para fazer a refeição, de repente surja a nossa frente um bombeiro com uma planilha, equipamentos eletrônicos para medir a intensidade da fumaça, e nos interrompa o pique nique até que as condições de segurança sejam todas satisfeitas. Ora, está claro que existe em tudo um exagero demasiado, acidentes acontecem onde falha a prevenção, e esta meus caros, não começa com a revisão feita pelos bombeiros, ela começa muito antes, com a escolha dos materiais a serem usados, do profissional responsável, com a competência da equipe de operários, na observação das normas de segurança, no cumprimento fiel da legislação vigente. Agora vale a máxima; se fomos irresponsáveis por não fiscalizar, agora vamos exigir extintores até no banheiro, só por pirraça.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Votar mal.



Afinal, o que significa votar mal? Será que é a mesma coisa que votar errado? Não, não é a mesma coisa. Quando votamos mal estamos reconhecendo que aquele escolhido não rendeu tudo aquilo que se esperava dele como nosso representante. Já quando votamos errado, é porque ao invés de votarmos numa pessoa erramos e acabamos votando em outra. E, veja a incoerência mesmo votando errado podemos não estar votando mal. Vamos que o candidato digitado erroneamente faça um bom trabalho, seja realmente um fiscalizador, apresente propostas compatíveis com os anseios da população, então, de qualquer maneira se voto foi um voto bom, muito embora errado. Isto pode nos ajudar neste pleito que teremos daqui a 27 dias. O grande segredo de votar bem, está intimamente ligado ao fato de podermos separar nossos sentimentos e ver com clareza o que realmente desejamos e encontrar entres os tantos candidatos àquele que realmente apresente condições de nos representar. Isto pode exigir com que façamos opção por candidatos que necessariamente não estejam na lista da nossa sigla e até mesmo que não sejam indicação, ou apoiadores do nosso candidato a prefeito. Mas, vamos concordar que é uma coisa chata não é mesmo? Chata e difícil. Afinal, isto significa romper com muitas estruturas. Lá no meu íntimo vou pensar: puxa o cara sempre foi meu amigo, sempre me ajudou, e agora vou trocá-lo, e lá no partido, se descobrirem vão me queimar, que posição a minha. Ai está o nó górdio. Estamos sempre pensando, nos outros não em nós. A escolha tem que ser nossa, não pode, muito menos deve ser imposta. O voto é uma coisa muito pessoal. Vamos fazer uma suposição: você acabou de construir sua casa, bonita, arrumadinha, cheirando a tinta fresca, você está feliz com tudo. Olhou, examinou,bisbilhotou e não encontrou nada de errado. Então resolve convidar o melhor amigo. Este ainda nem entrou e já vai lascando: bah, cara que cor feia, não leve a mal, mas esta parede está torta. Você botou uma janela logo aqui onde vai entrar chuva? Assim, vai caminhando e descobrindo erros e falhas. Aquela sua alegria vira depressão, a casa vira sinônimo de erros. Tudo porque se deixou influenciar pela opinião de outra pessoa, mesmo sua amiga. Este é o nosso maior defeito, aceitamos muito facilmente a intromissão, os palpites, as opiniões de estranhos em assuntos que dizem respeito somente a nos e mais ninguém. Nossas vidas são bombardeadas diuturnamente com todos os tipos de informações, que podem ou nos deixar eufóricos ou nos colocar em profunda depressão. Ainda não aprendemos a isolar aquilo que nos interessa ou que nos atinge, ou ainda que nos diga respeito daquilo que só vai nos colocar no chão. Assim é na política, assim é numa eleição. Tenho que aprender a selecionar, por minha conta o que realmente pode ou não ser bom para mim. Posso receber milhares de panfletos mentirosos, santinhos sorridentes, conselhos, avisos, palpites, sugestões enfim, podem usar todo o arsenal para  tentar me convencer, mas, estou imune. Meu candidato é este que escolhi, ele representa o meu projeto, me transmite sinceridade, honestidade me inspira confiança, então é nele que vou votar, e fim de papo. Isto se chama voto consciente, voto certo. Você votou de acordo com a sua vontade, não foi pressionado. Até pode acontecer do seu escolhido, depois revelar-se mal preparado, omisso e entrar na onda dos outros, mas isto faz parte da cultura e das fraquezas  humana de cada um. Naquele momento, naquela hora você acreditou na sua intuição. Eleição é sempre um jogo, onde fizemos apostas a longo prazo, podemos ganhar, mas também podemos perder.O importante é que nossas escolhas sejam realmente nossas, errar por escolha pessoal é uma coisa, errar por ir atrás de conversas fiadas é que dói. 


segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Abaixo, transcrevo a resposta do Pe. Valdivino,prefeito da sede do Santuário de Aparecida, de quem cobrei pelo menos uma resposta, sobre o andamento as buscas por D. Beatriz. Muito embora no texto não traga nenhuma informação quanto ao tratamento que estão dispensando (eles lá do Santuário) pelo menos comprovou que será possível daqui para a frente contar com um canal de informações,entre nos.



Pe Valdivino
15:44 (20 horas atrás)
   

para mim

Caro Jaí, boa tarde!
Que este o encontre bem!
Saiba que é bom receber e-mails como o seu, ainda mais quando se trata de um assunto de grande pertinência.
Adianto que em momento algum ignorei seu e-mail, não é de meu feitio. O que houve é que no Santuário Nacional
temos padres que cuidam de diversas áreas, e seu e-mail, fiz questão de encaminhar para o padre que cuida da administração do Santuário Nacional,
não só encaminhei seu e-mail a ele, como conversei com ele pessoalmente e comentei sobre, ele de prontidão, disse que responderia.
Porque não respondi: como disse, encaminhei para que um padre com mais proriedade o respondesse.
Se não me engano, foi o primeiro e-mail a ser enviado para minha pessoa pelo senhor, o que respondo agora é o segundo.
Para que você entenda, não sou prefeito de Apoarecida, sou responsável pela àrea Pastoral do Santuário Nacional, um simples operário na vinha do Senhor. Não tenho carro, não tenho conta em banco,
não tenho celular de últiga geração, viajo de ônibus se preciso for, celebro também em meios aos pobres, não usso roupa de marca famosa; completamente diferente de muitos "prefeitos".
Quem cuida dá área pastoral deste santuário, dão o nome de "Prefeito", que não gosto, pelo fato de muitos "desavisados" ou que não tem conhecimento (e não é culpa deles) me comparar com aqueles que são responsáveis pela cidade.
Adianto ao senhor, que a respeito do caso de D. Beatriz, recebi muitos e-mails, por sinal muitos deles grosseiros, mau educados e ofensivos, me dei o direito de
ignorá-los, nada contra o caso, mas por ver que eles nada acrecentam e por ver que as pessoas que me enviavam tais e-mails não estavam manifestando só com espírito cristão de ajudar no caso, mas com intuito de agredir a minha pessoa
e meus companheiros sacerdotes que muito se dedicam a causa de evangelização neste Santuário. Sei também que essas pessoas são alheias ao nosso trabalho, o discurso é sempre o mesmo: "padres que só pensam em
dinheiro", pouco sabem do nosso trabalho, pouco sabem das obras sociais que mantemos a favor dos pobres. Não sabem ou não querem saber!
Rogo a Deus para que o Caso de D. Beatriz seja solucionado e com as melhores notícias. Se não fiz nada pelo caso, a não ser orar por ela e pela família que sofre, é por que sou tão "pequeno" quanto o senhor que me escreve, por ser apenas um padre
que luta por igualdade social, para que nosso povo seja respeitado e casos como o de D. Beatriz sejam solucionados. Não detenho a justiça e o poder público, detenho apenas o grito de um simples pregador que teima em não deixar seu grito
cristão e evangelizador calar!
Não podemos nos acomodar, acovardar, ainda mais quando se trata de um caso como este, temos que buscar resposta, lutar, questionar àqueles que devem respeito a todos, aqueles que cuidam das leis, segurança, lado social, saúde,  e educação desde
país!
Agradeço pelo e-mail. Fico a orar pela família e sobretudo por D. Beatriz!
Abraços e preces!