segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Uma..

Uma guerra diária.

Houvesse acontecido um desastre aéreo, uma desabamento, ou outra tragédia qualquer, e o Brasil estaria agora de luto. Autoridades estariam debatendo causas, efeitos, cabeças rolando, dinheiro sendo oferecido a rodo. Mas não, as cinqüenta e oito mortes que aconteceram foram apenas e tão simplesmente saldo do feriadão de Natal.

Triste realidade, e o pior é que as estatísticas apontam para o dia vinte e cinco de dezembro, como o dia em que aconteceram mais homicídios. Das cinqüenta e oito mortes havidas neste “feriadão”, trinta e quatro foram homicídios, e vinte e quatro vidas foram ceifadas pelo transito, pela bebedeira, pela irresponsabilidade, pelas falta de manutenção das estradas.

Já deveríamos ter nos acostumados, porque todo dia é dia de matar ou morrer, então que diferença faz, um a mais ou um a menos, que diferença faz se quem vai chorar a perda do pai, da mãe, dos filhos ou da família inteira, são os responsáveis por entregar os corpos novamente a terra. Acredito sinceramente que ao invés de o governo ter oferecido aquela palhaçada do estatuto do desarmamento, deveria ter oferecido um determinado valor para que os irresponsáveis, os inaptos, os bêbados, os assassinos do trânsito entregassem seus carros, e suas carteiras de motoristas, pelo menos assim pode ser que tivessem sido evitadas tantas mortes.

Mas, parece que para alguns, o que vale são papéis, são valores, são multas. Acreditam piamente que ter um pedaço de papel no bolso, com o timbre do governo do estado, pelo qual pagaram uma fortuna, os habilita sair matando, atropelando, e morrendo. Muitos, não terminam sequer de pagar o financiamento pelo documento oficial que os transforma em potenciais bestas humanas.

Já escrevi anteriormente que existe uma grande diferença em estar “habilitado, ter “carteira de motorista”. Uma pessoa realmente habilitada, não tem nenhuma necessidade de possuir carteira, ele possui independentemente de cursos “frios” de habilitação, o raciocínio, o conhecimento e a prática do que é certo ou é errado. Ele tem noção pela própria natureza de que lugar de bêbado e exibicionista é dormindo debaixo de uma sombra, ou então pescando para passar a raiva que sente pelo mundo. Carteira qualquer um pode ter, já habilitação é para quem pode.

Triste Natal.

Ai a pergunta: De que valem tantas mensagens, de que valem tantos apelos, de que vale tanto consumismo, para festejar o aniversário do nosso salvador, se na essência nos verdadeiramente não sabemos o significado da data? O número de mortos neste primeiro feriadão superou as expectativas, mas, sempre haverá alguém que ao invés de para e refletir, pisará fundo no acelerador,fará cantar os pneus e dirá apenas: Até que foram poucos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Beijo no..

Beijo no coração.
Nunca vi uma coisa tão absurda como este tal de "beijo no coração".
É falso, soa como deboche, até porque beijar uma pessoa no coração é impossível, é morte certa.Ta bem, eu sei é simbólico. Hoje,por exeplo,passou um carro de som com uma mensagem de um cidadão dando votos de feliz natal, ano novo, e outras coisas. No final o clássico e sonoro : Beijo no coração.
O problema não é o tal beijo em si ,mas sim a boca que está te oferecendo este beijo. No caso trata-se de uma boca tão envenenada, passou o ano todo fazendo denúncias, não levou nada ao MP, só "envenenou" as pessoas. Voce aceitaria um beijo de uma boca tão azarada e tão envenenada assim? Desculpe, mas se aceita pode encomendar o terreno no cemitério e o caixão, porque um beijo destes no rosto já é um perigo, agora imagina o cara depositar esta bomba direto no coração...??
Acho que um fraterno abraço,e um sorrizo caem muito bem.Cuidado. Natal é tempo de orações, Reis Magos,mas, cuidado com os falsos profetas. Estes com certeza estão "fora da casinha".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Uma..

Uma cena inusitada.

Ontem, eu assisti uma cena um tanto quanto inusitada. Em plena semana do Natal e eis que me deparo com dois papais noeis bem distintos, um representando o luxo e o outro a pobreza, a humildade.
Era mais ou menos, dezessete horas, de uma tarde modorrenta um calor insuportável. De repente som estridente buzinas, foguetes, uma procissão de carros. A frente de todos, numa caminhonete preta nova, garboso, bonito, com sua impecável vestimenta vermelha, longas barbas e acenando esta o Papai Noel. Ao seu redor, jovens bem arrumados, gritando, acenando. Na verdade não estavam homenageando o papai Noel, e sim gozando com a cara dos espectadores.
O outro papai Noel, estava sentado a sombra de uma árvore. Era um catador de papel, destes recicladores que tracionam uma carroça mais se assemelhando a um animal de carga. Sua carroça estava quase vazia. Era um papai Noel pobre. Sim, ele também era um papai Noel. Pus-me a pensar desde que hora aquela criatura estava na rua, para quem sabe buscar o sustento daquele dia,Será que era só para ele? Será que tinha mais alguém esperando aquele farrapo de papai Noel?
Triste realidade, de um lado esbanja-se dinheiro, combustível, foguetes, bebidas. Do outro a infeliz realidade da busca pela sobrevivência. Agora faço a você a mesma indagação, que me ocorreu: Será que nos estamos mesmos imbuídos no espírito do verdadeiro Natal? Será que a festa que o aniversariante quer que a gente comemore é esta com desperdícios, beberagens, luxo, demonstrações de poder e riqueza? Qual destes dois papais noeis estaria representando melhor o espírito de Natal? Aquele no carro ou o outro com seu miserável carrinho?
O ser humano tem uma incrível capacidade de se acomodar frente, muitas vezes as incoerências da vida. Viramos a cara para o mendigo, condenamos a prostituta, desprezamos o drogado, negamos a esmola para o pão do faminto. Mas, no domingo lá estaremos, mãos postas, rezando, confessando nossas faltas, quase implorando o perdão. Temos vergonha de rezar, fazemos de conta que participamos não nos agrada a idéia de sermos carolas.
Natal, é apenas uma data.
O espírito desta data deve estar todos os dias, nos nossos corações, aquela sensação de amor, de bondade, de humildade esta deve durar o ano inteiro, e não apenas na semana que antecede o Natal.
Neste Natal, gaste menos, reze mais.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Passando..

Passando a limpo


Dois mil e nove decididamente não foi um ano feliz para os ditos “representantes” do povo, e digo isto com uma profunda mágoa, uma decepção da qual acredito não me separar tão cedo. Prova está que estou em plena campanha pela anulação do voto, pois se é para termos drogas, melhor evitá-las.
Começando pelos ilustres de Brasília, uma verdadeira casa de mãe Joana, uma zorra, a farra, a cafajestice, a malandragem foi a tônica. Independentemente de partidos, todos, sem nenhuma novidade deram o ar de suas graças, ou participando de esquemas fraudulentos, ou nomeando parentes, furando a fila, arrumando emendas para trocá-las por favores mais tarde, aconteceu de tudo.

Comecei a ter nojo dos parlamentares de Brasília (alguns) desde um semanário do qual participei, como liderança eletricitária. Hospedamo-nos em um hotel bem próximo a praça do três poderes. Anexo ao hotel funcionava uma espécie de “cassino” uma casa de jogos e outras coisas mais. Como estávamos em grupo era normal ao fim dos expedientes, já pela madrugada darmos uma passada para ver o movimento. Ali eu vi homens ditos íntegros, na maior farra. Ali tomei conhecimento até que ponto pode descer um deputado, um senador, ali pude confirmar para onde correm alguns recursos.

Foi, observando os movimentos, conversando com clientes, batendo papo com algumas moças da noite que aprendi que alguns homens não passam apenas de fachadas, são crápulas, viciados, bêbados, e coisas muito piores ainda. Ali aprendi a ter nojo da empáfia, de alguns engravatados que no plenário discursavam sobre moral, sobre ética, sobre valores, os quais nem eles próprios conheciam. E são alguns destes homens que fazem as leis que todos nos devemos cumprir.

No estado, decepções. Uma atrás da outra. Enquanto saúde, educação, segurança patinaram e até retroagiram surgiam mansões, rombos em autarquias públicas, denúncias, fitas. A Assembleia Legislativa, um fiasco, teve de tudo, selos, Macalão, diárias frias, albergues, nomeações um tanto quanto dúbias para o TCE, e agora mais recentemente os famosos “fantasmas” (lá também???) gente que a mais de sete anos está recebendo salário e eles não sabem sequer se estão vivos ou mortos.

Pra encerrar, ouvi ontem, um pequeno trecho de um inflamado discurso do novo membro do TCE, Sr. João Osório (ex-deputado) defendendo a presença e a nomeação de políticos para aquele importante órgão. Os gritinhos do cidadão eram hilários. O povo, Srs. Deputados não têm nenhuma objeção quanto ao fato de o indicado ser um político, o que se exige é que pelo menos a pessoa tenha preparo conhecimento, e não seja mais um que vai lá para ganhar a vida e fazer besteiras. Afinal, o Tribunal de Contas do Estado tem por tarefa principal fiscalizar as contas dos órgãos públicos. Colocar lá um político só pelo fato de ser político seria a mesma coisa que pedir para a raposa tomar conta do galinheiro. Vai passar tudo, não vão barrar nada. De dois mil e nove politicamente não salvamos nada. Nem aqui na minha cidade.

Nossa grande chance está logo ali. Na dúvida: ANULE O SEU VOTO.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Não bata ..

Não bata palmas. Aqui no RGS, numa cidade do inerior um parulha da BM invadiu uma casa onde, segundo informações, estariam escondidos dois suspeitos de terem atirado e matado uma Policial militar num assalto.
Segundo os jornais da época,os irmãos, mesmo clamando inocencia,desarmados,foram mortos,pois teriam reagido.
Agora, os dois oficiais PMs,responsabilizados ,foram ABSOLVIDOS, isto mesmo, absolvidos do crime.Também não era para menos o Dr.Nereu Lima, um ótimo criminalista se encarregou da defesa. Como eram pobres, e tudo apontava para a culpabilidade, foram mortos e acabou-se.
Ai, tem gente que aplaude estas investidas da policia, que invade,mata,e depois fica tudo por isto mesmo.
Eu tenho cá meu receios. A campanha do desarmamento fez com que centenas de bobos entregassem as armas, pela quantia simbólica de cem reais. Ou seja, largaram nas mãos das polícias a própria segurança do seu lar. Coitados, acreditam nisto que ai está.Não gosto de invasões,da matança pura e simples, porque amanhã poderá ser uma pessoa inocente, e só porque quem o justiçou é um oficial a coisa fica por isto mesmo.Lembram do caso do tenista em São Leopoldo, um tiro de CALIBRE DOZE pelas costas, indefeso, desarmado.Agora mais recentemente,o sem terra também assassinado com um tiro de: CALIBRE DOZE, pelas costas. Da mesma forma desarmado.
Nao bato palmas para este tipo de "justiça". E tenho muito medo do futuro.

Curtas..

Curtas e rápidas.

As manchetes são claras: Aumentaram os índices de violência em Sapucaia do Sul. Enquanto outros municípios observam uma redução aqui na cidade, “Território da paz” os vagabundos deitam e rolam. Se existe algo que chama a atenção nisto tudo, alem das mortes, são as desculpas dadas pela autoridades responsáveis pela segurança. Dizem uns: Estamos fazendo tudo o que é possível. Outros mais “técnicos” afirmam, não devemos nos preocupar porque não são chefes de família, são bandidos e depois são vítimas de quadrilheiros, e apenas são “desovados” na cidade.

O problema é que não estamos discutindo nem quem são os mortos, muito menos de onde vem e o que fazem. Estamos questionando a falta de segurança do cidadão, então não adianta virem atirando fumaça nos olhos, que não cola. Enquanto sobra dinheiro para farras, viagens,compra de casas e mansões, a segurança vira lixo, a saúde o caos, e a educação se transforma em farrapos.

Escutava hoje numa emissora da capital, um repórter falando que nesta época do ano nossos corações “amolecem”. É verdade. Os coitadinhos recebem presentes, nos recebemos cartões dos políticos com mensagens de amor, paz, saúde etc. Vale até dar beijinho na carinha lambuzada das criancinhas da periferia. Tudo patifaria da mais grossa. Primeiro porque gratidão, e generosidade deveria ser prática o ano inteiro. Depois, o mesmo político que lhe envia lembrancinhas, é que tem na mão o poder de melhorar a sua vida e não o faz. O mesmo político que lhe deseja sorte aproveita a época de coração mole e passa de afogadilho projetos que vão tornar a sua vida muito mais apertada.

Que de nos se preocupou com um projeto que está sendo empurrado goela abaixo dos deputados gaúchos, junto com estes do magistério, e da Brigada militar, que concede aumento aos servidores da Assembléia que variam entre 80 a 160 %. E o Sr. aposentado, e a srª. pensionista, vai ganhar quanto mesmo?

Quem por exemplo está sabendo dos mais de mil e duzentos projetos que estão no congresso nacional para acabar com as chamadas “ações civis públicas”. Uma ferramenta das mais democráticas que permite ao ministério público, botar corrupto na cadeia. Pois bem, sabem que é o relator de todas? Ninguém mais do que o mega salafrário deputado federal Paulo Salim Maluf.

Neste Natal, permaneça de coração mole, mas de olho bem aberto, mas no ano que vem nas eleições, ajude a fazer algo por você próprio, vamos banir da vida pública todo o político, corrupto, mentiroso, desonesto, e vagabundo. Vote conscientemente, se não for possível? ANULE O VOTO.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Territorio..

O Território da paz.

Quando da propalada visita do Sr. Tarso Genro a Sapucaia do Sul, para a instalação do “território da paz” eu já havia escrito que aquilo se tratava mais de politicagem do que propriamente um programa visando diminuir a insegurança. E justifiquei. Sou de opinião de que segurança não se faz com milhões de reais atirados, para comissão disto, ou comissão daquilo. Projetos, seminários, discussões, encontros, tudo o que for realizado, registrado em atas, transformados em repasses de verbas, e,ou emendas a isto ou aquilo, podem ter certeza, morre na casca, gora, não vinga.

Somos, nos brasileiros, acomodados demais. Estamos acostumados a ver as coisas acontecerem e não dar a mínima, o máximo que podemos fazer é correr, pegar uma faixa, um cartaz, correr para a rua e pedir paz. Ai, eles fazem isto, instalam o território da paz. Soltam foguetes, distribuem sorrisos, e quando vão embora fica o vazio, e uma sensação estranha de que a qualquer momento vai acontecer alguma coisa. A tal paz, é passageira.

Sapucaia já contabiliza cinqüenta, mortes violentas, pensem bem, são cinqüenta vidas, e aqui não entro no mérito se eram ou não bandidos, que são tiradas por meios violentos. A morte virou uma banalidade tão grande, que já não nos impressiona mais. Andar pela rua e dar de cara com um estirado na via pública, é a coisa mais normal, simplesmente se pega o celular liga para a polícia e fica ali a olhar, com uma cara de tonto, o camburão vir fotografar, tomar anotações, juntar cartuchos, e levarem o corpo para perícia.

Depois? É apenas mais um número nas estatísticas da “insegurança pública”. A gente esquece, vira a página e para consolo, faz como um cidadão falou numa rádiol local; não se impressiona porque era um bandido, não era um chefe de família, é apenas um “cadáver morto”. Acho que agora sim, entendi o que significa o tal território da paz, que o Senhor Tarso veio inaugurar. É um território onde se desovam corpos, para que finalmente encontrem paz. A nossa paz, o tranqüilidade, o sossego o descanso e a segurança de ir e vir, isto é o que nós, moradores queremos. A paz, deles, é diferente, é dinheiro, é voto, e papel nas gavetas, é conversa fiada. Então o que fazer, pegar um cartaz bem grande ou uma faixa, organizar uma caminhada e mais uma vez exigir PAZ. Não esqueçam; Em outubro nós podemos começar a limpeza, não vote em corrupto, não vote em ladrão, não dê emprego a vagabundos, não alimente sanguessugas, não se deixe levar pela conversa fiada de falsos moralistas. Na dúvida: ANULE O VOTO. 14/12/2009.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pobreza

Lucas

Tenho em frente a minha casa uma torneira, aonde as pessoas vêm apanhar água, e são muitas. É um poço artesiano que fiz quando da construção da minha nova casa. Foi uma promessa que se tudo transcorresse de acordo eu colocaria um ponto onde as pessoas pudessem servir-se da água também.

Ali vem em média mais de quarenta pessoas diariamente, as quais levam diferentes quantidades. Tem gente rica, tem pobre, têm vizinhos, mas, tem também gente de outros municípios que se abastecem naquele local. É muito comum virem crianças. E, foi conversando com uma destas crianças o Lucas, que eu observei existir ainda a pureza de sentimentos. Que ainda existem crianças neste mundo globalizado que conservam a ingenuidade da crença no Coelhinho da Páscoa e principalmente no Papai Noel.

Perguntei: O que você vai ganhar do papai Noel neste Natal?
- Não sei, respondeu. Acho que não vou ganhar nada, meu pai não ganha quase nada.
- Mas, insisti, o que você gostaria de ganhar?
- Uma bicicleta e um carrinho de controle remoto.
- Então você deveria escrever uma carta ao papai Noel, quem sabe.
- Mas eu escrevi. Minha mãe contou que algumas pessoas não acreditam em Papai Noel, mas ela disse que ele existe sim, a gente não vê ele porque costuma entrar por um buraco, no telhado, uma chaminé. Eu acho que lá em casa ele vai entrar, por que as telhas da cozinha estão todas quebradas, até chove para dentro.

Nosso papo continuou, ele enchendo as garrafas de água, e eu enchendo o saco dele com perguntas. Depois, aquela conversa começou a fermentar na cabeça, começaram a fervilhar conjeturas, suposições e, é claro acabaram descambando para as politicagens, as ladroagens, as cafagestagens. Porque para mim, se já não existem mais sonhos, se não existem mais esperanças, se já não existem mais perspectivas de uma vida melhor para todos, a culpa é unicamente MINHA, TUA, NOSSA, que não sabemos escolher quem vai administrar as verbas públicas.
Se houvesse mais dinheiro, se ele não fosse roubado, desviado, mal gerido, sobraria para gerar empregos e quem sabe o pai deste e de tantos outros meninos pudessem realizar o sonho, por mais humilde que fosse de seus filhos. Porem, pobre tem que existir, senão quem mais haveria de beneficiar-se com tantas vitrines lindas, Papais Noeis saudáveis, distribuindo beijinhos, tirando fotos e fazendo a alegria dos lojistas?

O Lucas, não vai ganhar a bicicleta, tampouco o seu carrinho de controle remoto, vai continuar sonhando com o Papai Noel entrando pelas telhas quebradas da sua casa. O Lucas em sua pobreza possui um tesouro que poucos de nos ainda temos; A pureza de sentimentos, e aquela pontinha de esperança que faz com que pessoas iguais a ele ainda teimem e sobreviver. 07/12/2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Exageros

Vejam só como são as coisas.
Passando pelo centro da cidade, hoje a tarde deparei com uma cena um tanto quanto besta, isto mesmo BESTA. Alguns fiscais da SMIC do Sr. Cirço Rocha, recolhiam material dos ambulantes que tentavam de alguma forma faturar por conta das festas de fim de Ano.
Não tenho nada contra os "fiscais" nem contra o "cirço" o qual conheço desde que apareceu aqui em Sapucaia do Sul, com uma mão na frente e outra atras. Daí me pergunto: Será que a fome de impostos,a ganancia publica pela participação nos lucros, não poderia dar uma trégua em nome das festas do Natal e Ano Novo? Vamos tomar vergonha na cara, afinal quem pode garantir que as lojas que hoje reclamam dos ambulantes, estão sendo honestas com seus impostos?Quem garante que tudo o que é vendido está cem por cento dentro da lei? E depois, que vergonha, o POE dando apoio aos "fiscais", não seria mais óbvio estarem percorrendo as ruas caçando os verdadeiros bandidos? Ao invés de quatro, ou cinco do "POE" um soldado apenas daria conta do recado. Mas, precisa impor medo,precisa apavorar.
São os resultados das nossas escolhas, o "amigo da cidade" agora milionário,esqueceu que muitos daqueles ambulantes ajudaram a eleger o governo que hoje lhe dá emprego. E que emprego, a ele e mais não sei quantos do seu partido.
Dedo na moleira secretario, o Sr. Não nasceu rico.
PS; E, as mercadorias heim? ficam "estocadas onde mesmo?

Coisas..


Coisas ruins

Talvez, nem todos tenham se apercebido, mas, é cada vez maior o número de jovens que morrem antes de completar os vinte e cinco anos. Para alguns, isto não quer dizer absolutamente nada. A verdade é que o nosso Brasil, do jeito com as coisas caminham, será muito em breve um país de “velhos”.

Depois tem o seguinte: Cada jovem que perdemos são idéias novas que estão sendo desperdiçadas, é a juventude deste país que se vai, talvez lideranças boas, sadias, incorruptas, em outras palavras, é a nossa esperança que se esvai, de podermos reestruturar a sociedade. Dar um basta a esta oligarquia dos velhos e arcaicos dinossauros da política.

Novos projetos, novas idéias, uma nova maneira de encarar o social, onde o povo como um todo seja a meta. Abandonar de vez estas práticas vergonhosas, em todas as esferas do poder, desde o judiciário até a mais humilde câmara de vereadores. Onde cada um briga pelos seus considerados, onde o jeitinho de acomodar o amigo, a amante, a sogra, a esposa, é a ordem do dia. Onde o medicamento, a consulta, a internação são benesses só para aqueles que entram ou pela mão do político, ou com o memorando do chefete. Onde a justiça é para quem tem bons advogados, e lugar na cadeia é para negro, pobre ou desempregado. Uma nova geração de homens íntegros, honestos com princípios, eticamente corretos.

É nisso que penso, cada vez que abro os jornais e me deparo com tantas mortes que acontecem agora não só nos feriadões, e entre os mortos tantos jovens. Certa vez escrevi um artigo com o título “Matar, é fácil”, e argumentei inclusive tecnicamente o porquê da minha afirmação, fui contestado, porém até hoje ninguém provou o contrário da minha teoria. É só pegar os jornais e ver, a média de mortes a cada fim de semana é de vinte pessoas, aqui em Sapucaia do Sul, já ocupamos o décimo quarto lugar na escalada da violência.

O Brasil, da copa de dois mil e quatorze, e das olimpíadas de dois mil e dezesseis, está moralmente de cara no chão, os roubos, a corrupção, o desrespeito para com as instituições e para com o povo chega às raias do absurdo. Saúde, educação, segurança, emprego, alimentação digna e adequada são sucateadas, uma grande parcela de nossa população sobrevive comendo restos, quando não lixo. Será que não seria hora de abrir mão destas bobagens, (Copa/Olimpíadas) e tentar lavar a cara deste país?

E ai, ouve-se o senador Pedro Simon (PMDB-RS) dizer que se as pessoas não irem para frente do congresso e exigir mudanças nada acontecerá. Se os homens que lá estão não tem coragem nem capacidade para resolver os problemas demitam-se. Então que se feche este congresso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Informe..

Informe publicitário.

As Organizações “Jastrapazzom” estão lançando no mercado seu mais novo produto, trata-se da *Magicueca. O produto, já em fase de produção, vem a atender uma grande fatia do mercado, podendo inclusive vir a revolucionar pelas suas excepcionais características. Confeccionada com fios sintéticos de linho e nylon, possui oito bolsos internos, a prova de umidade, mofo, traças, cupins e pode resistir até mil metros de profundidade, sem que seu conteúdo sofra qualquer alteração.
Em tempos de “mensalões” o proprietário da marca acredita, no sucesso da criação, isto porque as características do produto o tornam único no mercado. Alem de confeccionada em tecido especial, que permite a dilatação e contração dependendo da estrutura física de quem o veste, tem os bolsos todos com grande capacidade, com fechos de segurança totalmente lacrados. Permitem um volume considerável de notas, ou moedas, permitindo que, em casos de fugas, o cliente possa permanecer por longos períodos sob a água. Totalmente a prova de fogo, mesmo nas mais adversas situações manterá o conteúdo intacto.
As organizações “Jastrapazzom” possuem escritórios em todos os estados brasileiros, e também representantes no mundo inteiro. Se você conhece alguém, interessado no produto, deixe seu comentário, com o nome do cliente que estaremos enviando gratuitamente, um de nossos modelos.
“Se o mensalão é a solução? Não deixe cair a peteca, use *Magicueca.

* Magicueca, ainda não está registrada

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estranho....

Uma coisa que chamou minha atenção. Lendo o jornal VS. tomei conhecimento dos planos da Srª Madalena (Secretária de Assistencia Social)visando diminur a violência. Não entro no mérito da fala. Mas, engraçado que esta senhora,é do PDT, e, em nenhuma de suas falas faz menção ao partido ao qual pertence, muito menos ao vínculo desta secretaria com o gabinete do vice prefeito. Pergunta-se: Seria má intenção do jornalista ou é coisa intencional ?

Territorio


Território da Paz.

O título teria tudo de bonito, não fossem as estatísticas assustadoras, que colocam o município de Sapucaia do Sul no 14º lugar no ranking da violência na região. Confesso-me um cético quanto a toda esta parafernália de projetos, discursos, planos, câmeras, e ações que esmiúçam o assunto violência e que infelizmente não resultam em absolutamente nada.

A verdade é que tanto mandatários como autoridades responsáveis estão como moscas tontas, tateando atrás de soluções geniais, e lançando cortinas de fumaça com milhares de invenções mirabolantes, para enrolar o povo que, acoitado, exige providencias.

Teoricamente, deveriam os responsáveis pela segurança pública apresentar planos e sugestões que pelo menos amainasse toda esta onda de segurança que assola nosso país. Mas,tal não acontece, o que vemos são ações que mais pendem para o lúdico do que para o concreto.

Derramam milhões de reais com campanhas, com cartazes, com câmeras, com seminários e o resultado, se fosse avaliado, não apresentaria retorno de centavos. Atos como este que acontece hoje aqui em Sapucaia, que me desculpem os mais eufóricos, cheira mais a campanha política do senhor Tarso Genro, do que propriamente busca de soluções.

De concreto fica a limpeza do local, a capina, o mutirão pintando meios fios, o embelezamento do local. Mas, isto faz parte da rotina. Alguém poderia contestar meu ceticismo, afinal é o governo dando satisfações, estendendo a mão, ajudando a resolver problemas. Eu digo, não, não é. Os responsáveis pela segurança em nosso país se quisessem realmente acabar com a violência, começariam uma faxina ética, em todos os níveis para acabar com a corrupção, com os desmandos, com as malas de dinheiro, com os lobyes, com as negociatas.

De nada valem abrir as burras, para despejar dinheiro se este muitas das vezes não chega ao seu destino, ou se chega já vem mordido. Estão fazendo falta os exemplos vindos de cima, os grandes (da política) devem mostrar aos pequenos que o crime, não compensa. Enquanto o traficante fizer plantão nas salas de aula (do primário ao superior), enquanto as polícias não forem remuneradas satisfatoriamente para evitar o suborno, enquanto os responsáveis continuarem a brincar de resolver problemas, tudo vai continuar acontecendo.

As revoadas políticas, o foguetório, os tapinhas, os sorrisos disfarçados e a criançada abanando bandeirinhas. Enquanto isto o camburão vai juntando corpos, e a população esticando faixas pedindo paz. 03/12/2009