quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O dilúvio.


Com um pouco de exageros é perfeitamente compreensível comparar a enxurrada desta manhã com um dilúvio. E a quem cabe culpar? No meu entendimento existem três culpados. O tempo, a administração municipal, e o povo. E, a cada um vamos dar sua parcela de responsabilidade para entender por que situações como esta teimam em acontecer. Nunca, como agora, as previsões do tempo tem acertado tanto em relação aos prognósticos sobre o tempo. A cada dia novas tecnologias vão sendo incorporadas no cotidiano dos profissionais responsáveis pelas previsões. Modernos satélites monitoram nossos céus coletando dados e informações, o que, de certa forma, facilita este trabalho. Então, pode-se concluir que eventos como este acontecido nesta manha tenebrosa de 23 de outubro são perfeitamente previsíveis, sendo assim, a população devidamente informada tem como proteger-se principalmente aqueles que se situam em áreas ribeirinhas, seja na procura de lugares mais protegidos, ou mesmo no abandono do lar até passado o perigo. Com referência a parcela de culpa que cabe aos administradores, deve ser repassada nas devidas proporções a todos aqueles em cujas mãos repousam as responsabilidades inerentes. O prefeito pede verbas, apresenta projetos e as verbas aparecem. Acontece que muitas das vezes a pressa em buscar estes recursos faz com os projetos apresentados não passem de remendos pobres e mal calculados. Como sempre acontecem nestes casos, o toma lá dá cá a troca de favores políticos funciona como uma escada do tipo; eu agrado o prefeito, o prefeito atende os vereadores, estes bajulam o povo e nós faturamos os votos. Daí fica fácil verificar o porquê de projetos falhos, muitas das vezes apenas toscos remendos. O solo das nossas cidades são arenosos, qualquer tipo de drenagem a ser efetuada deve levar em consideração este fator, pois assentar um cano para escoamento das águas pluviais requer um boa base, senão as infiltrações acabam por ir lentamente cavando o solo fazendo com que a terra vá aterrando o interior destas canalizações acabando por obstruí-la completamente.E, posso afirmar sem medo de errar, ninguém fiscaliza nada disto, nem o povo, muito menos os vereadores, é perda de tempo.O dinheiro vem, a parte de investimento é enterrada de qualquer jeito o resto some por outros caminhos, e a gente só volta a se preocupar com o assunto quando a água atinge o nosso pescoço. E, a parcela de culpa que cabe ao povo? Esta sem dúvida alguma, senão é a principal, é a que maior parcela de responsabilidade deve levar. Aqui mesmo na minha rua tem uma vizinha que costumava varrer sua calçada, e o lixo era todo empurrado para a boca de lobo, até que um dia em tom de brincadeira disse que iria trazer o meu também para ela dar o mesmo fim. Quando percebeu que estava sendo monitorada, parou com a besteira.  Mas, quantos fazem isto hoje? Reciclar o lixo doméstico, separar por espécies, dando a cada um o seu destino adequado não faz parte de nossa cultura. Fica muito mais fácil eu meter o pau no prefeito, nos vereadores, no presidente e sei lá em quem mais. Cuidar da minha calçada, ensacar corretamente os resíduos para encaminhá-los adequadamente vai fazer alguém pensar que sou mais um puxa sacos. Não, não é bem assim, a cada um cabe uma parcela de ajuda. Ninguém é obrigado a fazer o serviço que é de responsabilidade do poder público, claro que não, mas, facilitar? Porque não? Se, sou morador em área de risco, se tenho conhecimento de qualquer chuva invade o meu pátio tenho a obrigação de fazer algo para ajudar a evitar que isto aconteça. Primeiro faço a minha parte, depois parto com tudo para cima a quem de direito. Vamos ser coerentes, São Pedro já deve estar com o saco cheio de reclamações. Ele só não nos rogou uma praga por que é santo. Não acham?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O professor no banco dos réus.



Minha educação, alem dos ensinamentos vindos de berço, teve um incremento muito importante, pelo menos eu creio assim, tive o grande mérito de haver sido aluno marista,isto mesmo, fui aluno de um colégio totalmente dirigido por irmãos Maristas, da ordem do beato Marcelino Champagnat. Disciplina, ordem,respeito e principalmente valores morais, eram as características principais do Colégio São Luíz em São Leopoldo, ali o aluno ou se adaptava ao regramento ou, não frequentava aulas. Foi ali naqueles prédios antigos da Rua Bento Gonçalves que aprendi muitos dos ensinamentos que ate hoje fazem parte do meu dia a dia. Falar alguma coisa com o professor? Só com permissão,  o mesmo se aplicava com as saídas para ir ao banheiro.Faltar as aulas? O aluno só entrava no outro dia acompanhado pelo pai ou responsável e assim mesmo dependia muito de o irmão diretor acreditar na desculpa. Retrucar o professor então era crime punido com expulsão, ou então castigo como escrever mil e quinhentas vezes; devo respeitar meu professor. Algumas vezes experimentei o gosto amargo de uma punição, a maioria por chegar atrasado em função do horário dos ônibus. Confesso que as vezes dava um pouco de raiva, mas hoje vejo que tudo somado, só serviram para forjar meu caráter, e agradeço aos valorosos irmãos, Marcos,Leônidas,Rogério,Luciano, e tantos outros os ensinamentos recebidos. Mas, fiz este preâmbulo, motivado por um comentário ouvido de uma amiga professora da rede municipal de ensino. Dizia ela que por mais sério que fosse o acontecimento envolvendo o aluno em sala de aula o caso devia ser tratado com muito tato, pois havia sempre, por parte de alunos e pais de alunos, a ameaça de ser processado. Vejam a que ponto chegou a educação neste nosso país. Hoje quem educa não é mais o professor, aquele que antes era o principal artífice na educação passou a ser tratado meramente com um cuidador de alunos, ele não tem direitos só deveres, e deveres severamente vigiados por pais, alunos, polícia e justiça. Coitado do mestre se resolver colocar o mal educado de pé num canto da sala como exemplo, ta ferrado (o professor) vai enfrentar o pai, a mãe, o secretário, o prefeito, a polícia, o conselho tutelar, até parar no banco dos réus. A moderna educação de hoje permite que um fedelho qualquer, discuta com o professor, até o agrida, o aluno moderno pode ligar, namorar, trocar mensagens, colar, viajar pela Web e não poderá nunca ser importunado, pois celulares, tablets,e outras quinquilharias passaram a ser consideradas ferramentas na educação. O professor que até então havia sido tido como principal ferramenta para o aprendizado passa a ser meramente um coadjuvante sujeito a todos os percalços da atividade inclusive, ser ameaçado de processos por exigir respeito em sala de aula. O resultado deste novo tipo de tratamento dispensado por psicólogos, promotores de justiça, advogados, pedagogos é esta geração que ai está, um verdadeiro exército de alienados, jovens que sabem tudo de modernas tecnologias, mas com uma educação nota zero, um conhecimento de fazer Rui Barbosa dar voltas e mais voltas no túmulo.Some-se a isto o pouco investimento em educação, o salário defasado, as péssimas instalações de muitas escolas e ainda o fato de milhares de alunos somente frequentarem os bancos das salas de aulas em busca das refeições que não dispõem em casa, tornam a educação no Brasil como verdadeira vergonha nacional. O futuro? Com certeza uma leva muito grande adultos que se jogam a cada dia em maior número na busca de vagas em campos de futebol, ou servirem de cobaias para políticos, afinal, dois dos melhores campos a serem explorados por quem deseja ser rico e famoso, sem estudar. É mais do que sabido que nossos melhores alunos, estudantes que aceitam os desafios de cursarem a escola como base para suas vidas não permanecem no Brasil, preferem buscar lá fora as oportunidades que lhes é negada aqui. Enquanto tratarmos nossos professores com indiferença, e os pais como vilões na educação, estaremos sentenciando grande parte da nossa juventude a trilharem caminhos bem mais tortuosos, com sexo,drogas,assaltos,roubos e finalmente caírem sob o impacto de balas nas sarjeta.

sábado, 19 de outubro de 2013



Um ano se passou.
Um ano é um tempo longo demais, se estivermos esperando por alguém, que vem de muito longe, e que há muito tempo não tenhamos notícias a espera parece não ter fim. Imagine então um ano de buscas, de desencontros,  entrevistas, de convites,de interrogações de sofrimentos. É um pesadelo. Este drama é vivenciado pela família de D. Beatriz, que desapareceu misteriosamente no dia 21 de outubro quando em visita lá no Santuário de Aparecida e, São Paulo. De lá para cá foram horas de entrevistas, milhares de telefonemas, muitas horas de caminhadas pelo interior das cidades de São Paulo próximas ao santuário. Centenas de milhares de panfletos com a foto de D. Beatriz, contatos com autoridades as mais diversas e, no entanto tudo continua na estaca zero. Tenho me perguntado durante todo este tempo; se este desaparecimento tivesse acontecido com alguém muito importante, parente de alguma autoridade, não que esta senhora não o seja, será que estaria nos mesmos patamares? Será que o interesse de algumas de nossas autoridades seria o mesmo?Na época chegou-se a criar na Assembléia Legislativa da capital uma coordenadoria para tratar deste assunto, liderada pelo Deputado Oliboni, e no que deu afinal? A que conclusões chegaram? O quê resolveram? Absolutamente nada. O silêncio da igreja é outro ponto questionável, ora, um centro religioso como Aparecida para onde acorrem milhões de pessoas anualmente deveria demonstrar um interesse muito maior do que aparentemente demonstra, faz-se mister saber o que foi ou está sendo feito para evitar que novos desaparecimentos aconteçam. Desconheço caso semelhante, acontecido no Brasil, que tenha tido tanta divulgação, tantas buscas e que mesmo assim continue no mais completo obscurantismo. Esta senhora parece ter sido tragada pela terra, nenhuma notícia, nenhuma pista. Situações como esta são por demais preocupantes, ainda mais se levarmos em conta que o país se prepara para eventos de repercussão mundial. Tenho insistido de que o Brasil carece de dados, de meios, de tecnologias que possibilitem o compartilhamento de informações sobre pessoas desaparecidas. Tudo ainda caminha na base da investigação apenas de campo. Inexiste um cadastro nacional, um banco de dado com fotos. Mesmo com as facilidades da Internet, a troca de informações ainda depende de telefonemas, burocracias esdrúxulas, malotes, permissões e principalmente boa vontade. Um ano de buscas, um ano de saudades, um ano de esperanças, este o resumo , o resultado de um passeio que tinha tudo para ser só alegrias, mas,no entanto se transformou em pesadelo.A pergunta continua; onde anda D. Beatriz?  

sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Operação tapa buracos.
Pressionado pelos usuários, com uma bagagem de críticas as mais duras em relação a conservação de das rodovias estaduais, o governo decide-se finalmente por desencadear um operação visando tapar os buracos que tantos malefícios acarretam. Mas, será que “tapar buracos” resolve? Acredito que não. Quando se resolve criar uma rodovia os cálculos técnicos vão muito alem das negociatas com empresas em licitações, tudo é, ou pelo menos deveria ser calculado rigorosamente desde o tipo de solo, até a quantidade de veículos, com suas respectivas cargas e taras. Somente depois de tudo nos “conformes” passa-se finalmente a fase final, o acabamento. A cobertura asfaltica nada mais é do que uma proteção natural as intempéries, uma proteção que tem como função principal tornar mais segura a rodagem do veículo. Ora, os cálculos vêm de baixo para cima, ou seja, prepara-se o terreno, drena-se, compacta-se, calça e depois vem a cobertura. Os buracos, que surgem são “esfarelamentos” da capa de asfalto, ou pela mistura pobre de ingredientes, ou pela ação constante de pneus mal calibrados, ou cargas com peso superior ao máximo permitido. Sendo assim, vê-se logo que o simples fato de colocar uma pá de asfalto e logo em seguida pressioná-lo com o rolo, não irão de maneira alguma devolver as características ideais, pois o “remendo” não consegue bases para fixar-se, e com o tempo a tendência é de que tudo volte a ser como era antigamente. Neste caso, e muito pouca gente nota, o que se está fazendo é uma maquiagem assassina, alem do desperdício do dinheiro público. Hoje, o proprietário de um veículo paga somas infinitas para ter seu carro, gastos que começam com altos impostos, passam pela ladroagem das multas, aumentam com os gastos em conservação, desembocando por fim no alto preço dos combustíveis tudo pela ganância de cobrar das autoridades. Do proprietário se cobra tudo, até os mínimos detalhes, inclusive na hora de um acidente.Mas será que todos concordam em pagar tão caro para termos estradas e rodovias em tão péssimas condições de estado? Até que ponto vai a responsabilidade dos governantes no caso de acidentes com mortos, estes devidos a má sinalização, má conservação, falta de acostamentos nas pistas de rolagem? Não estaria na hora de mudarmos os conceitos, e ao invés de ficarmos cobrando melhorias, sairmos para buscar na justiça eventuais responsabilidades de nossas autoridades? Você não pode mascarar um pneu careca, você não pode improvisar a luz de uma sinaleira, ou quem sabe trafegar com o extintor vencido, isto pode por sua vida em risco, você será penalizado.  Mas o governo pode mascarar crateras, disfarçar acostamentos, pode inclusive em nome destas “melhorias” instalar mais pardais e radares, ou seja,propõe-se a prestar um serviço de péssima qualidade e ainda se acha no direito de cobrar por isto. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Amor e Sexo



Não sou fanático por TV,concordo que uma tarde  chuvosa,um pacote de pipocas, um bom filme, um documentário isto faz muito bem a qualquer um. Mas,atualmente estamos sendo tratados, todos nos,com verdadeiros imbecis por alguns diretores,produtores até mesmo artistas de algumas redes de TV. Recebi, na minha página,as imagens do programa (lixo)da Rede Globo Amor e Sexo, onde no final apareciam mais de dez figurantes entre homens e mulheres todo completamente nus. Nada contra alguém andar nu, ou mostrar suas intimidades desde que isto aconteça no lugar certo. Mas,fazer isto frente a uma câmera de TV, e ainda ser ovacionado pelos "jurados daí é tentar nos passar diploma de povo alienado e burro. Sou do tempo em que sexo, significava carinho,afago,pureza de sentimentos. O homem e a mulher partilhavam milhares de sentimentos,até chegarem ao verdadeiro ato de fazer amor. O amor não era apenas fazer sexo, era uma arte onde dois corpos buscavam a harmonia,o enlevo até o clímax.A TV banalizou de tal forma este dois sentimentos que hoje em qualquer horário o que mais dá IBOPE é o fato de dois atores velhos ou jovens tirarem as roupas e irem para a cama. Isto antes só era permitido em filmes ditos pornôs, mas o dinheiro, e as facilidades de se comprar licenças e direitos abrem todas as portas. A programação das nossas TVs abertas são verdadeiros lixos, nossos atores em nome da "arte" se transformam em agentes do besteirol, não importando quanto ridículo tenha que se apresentar. Permitir a um filho ou filha ficar a frente de um aparelho de TV hoje virou sinônimo de perigo ao extremo. A própria tecnologia hoje permite que uma criança, participe de chats com desconhecidos, trocando confidencias,fotos,marcando encontros através de celulares os mais simples. E quantos foram os encontros marcados que não tiveram mais o retorno ao lar? Quantos foram os encontros aos quais uma criança compareceu e depois nunca mais deu notícias? Clamamos tanto por segurança, criticamos tanto nossas autoridades, e com razão, mas, nós temos a nossa parcela de culpas quando se trata da destruição de valores, a falência dos valores morais e a morte da instituição família. Hoje, se o pai tentar proibir o filho ou filha de assistir determinado programa,ou mesmo estipular horários para que possam acessar conteúdos pela internet são chamados a frente de um juíz, pior ainda se resolver dar uns tapas na bunda. Nossas autoridades agem como moscas tontas,já não conseguem dar contas do principal que é a segurança nas ruas, então exigir que se tomem providências quanto a programação porca e nojenta de algumas emissoras e total perda de tempo.E nossa culpa vai muito alem da permissividade da audiência, pois assistindo a determinados lixos, damos audiência,promovemos vendas,arrecadação de impostos,lucros,bons salários. Tudo a custa da moral e do respeito que bem devagarinho estamos deixando escorrer para o esgoto. Ultrapassado eu? Não, sou apenas um pai que criou os filhos no sistema antigo e hoje agradece a DEUS tê-los formados sem nenhum vício e que até agora mesmo adultos dizem; Boa noite pai,durma com DEUS.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

É muita hipocrisia.



Desde que o governo inventou o programa “Mais Médicos” trava-se uma verdadeira batalha, tanto de argumentos prós como contras a vinda e o trabalho de profissionais de outros países aqui no Brasil. Principalmente as entidades ditas representativas, órgãos de classe e até mesmo profissionais de outras áreas de atuação. Pois, sou totalmente a favor, não só da vinda como de que estes médicos cada vez mais se envolvam nesta batalha que significa atender a saúde pública no Brasil. Desde a chegada do primeiro médico aqui no país, os nossos “profissionais” se transformaram em verdadeiros “fiscais do Sarney”. Tudo serve para criticar, tudo serve para desmoralizar, ou é a cor, ou é o idioma, a escrita, as receitas, a beleza. Como se fossem, os nossos “médicos” sinônimo de tudo isto ao contrário. Com algumas exceções, tem médicos que são verdadeiros cavalos, estúpidos e cujas consultas não demoram mais do que três minutos. Isto mesmo, são tão inteligentes que já descobrem em três minutos, e lascam uma caixa de medicamentos. Agora a polêmica fica por conta de um médico destes vindos de fora (argentino) o qual teria receitado uma dose exagerada de medicamentos. Bastou o fato de um idiota ter colocado na Internet a receita para que novamente fosse desencadeada nova ofensiva não só contra o médico, mas de forma geral, contra todo o programa.Convém salientar que o paciente se encontra muito bem de saúde, e que inclusive organizações médicas recomendam as doses, tal como foi receitada. Mas aogra o mal já está feito por conta de um pau mandado, que achou errado o atendimento. Alguém,por acaso tem a conta das tastans pessoas que morreram por conta dos atendimentos errados pelos nossos médicos?Ou então apontem quantos foram condenados por erros.  Agora vamos por a mão na consciência, qual o médico, independentemente de nacionalidade, ou formação acadêmica costuma receitar a “medida certa” de um medicamento. Alguma vez você já recebeu a recomendação de comprar “três comprimidos disto, ou daquilo”?Ou então “uma ampola de tal medicamento? NUNCA. As doses geralmente são cartelas completas com vinte, trinta comprimidos, ou então são caixas cheias.Terminado o tratamento todo o resto ou é doado ou vai parar no lixo. Os nossos “profissionais” podem errar,podem cobrar duas vezes pelo atendimento,podem cobrar por fora,podem errar o diagnóstico, podem amputar o membro errado, matar por negligência, tudo está liberado, mas não pode ser médico do programa do governo, ai é crime. Recentemente o povo foi as ruas por vinte centavos, e em nome destes vinte centavos provocaram milhares de reais em prejuízos nas depredações. Um dos itens era melhor atendimento na saúde. Cria-se um programa bom,que busca exatamente isto, melhorar o atendimento nas áreas onde se fazia mais urgente. Foi a gota que faltava, caíram de pau sobre os responsáveis pela criação do programa, e principalmente sobre os profissionais que se habilitaram a trabalhar. O Brasileiro tem que assumir que é um mané, um boboca, um tonto que adora futebol,novela e bundas peladas. Ele pode trabalhar como escravo, pagar milhões em impostos,passar fome,frio, morrer em filas de hospitais, mas teima em ser usado como massa de manobra,adora ser considerado coitadinho,tem verdadeira paixão em continuar sendo miserável. É muita hipocrisia. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Curto circuito.



Diz o ditado que a gente só passa a conhecer uma pessoa quando esta pessoa assume um cargo ou um posto. Na maioria das vezes é a verdade, mas existem exceções a regra. Sempre tive veia de participar de discussões, no primário ( EM. Dom João Bosco –SL) era campeão de leitura, depois no ginásio, presidente do GECA (Grêmio Estudantil Castro Alves) Na Unisinos era metido no DCE, Na Liess (metalúrgica  em Canoas – Já participava da assembléias dos metalúrgicos). Mas foi na CEEE que tive meu maior desafio. Era delegado setorial da Agencia Sapucaia. Mais tarde, pelas minhas participações nas reuniões e Assembléias fui convidado pelo Dorval Chaves para compor a chapa de oposição, no cargo de tesoureiro. Até então o delegado atual (Nilceu) era absoluto. O pitoresco nesta história é de que eu participava muito pouco das assembléias na sede do sindicato, eu não podia subir as escadas por não possuírem corrimão, e não gostava de pedir ajuda. Então pedi ao delegado da época o Nilceu, para que providenciasse a proteção, o apoio, e assim eu passei a ser assíduo. Vencemos a eleição, e o Nilceu em tom de brincadeira ainda disse; o que é que eu tinha que colocar o corrimão. Passado algum tempo houve um problema com o Dorval, e pressionado pela categoria viu-se obrigado a renunciar. De acordo com a escala hierárquica eu era o próximo a assumir, o mandato até as próximas eleições. Aceitei o desafio. Mas ao contrário, do Dorval, que não era muito chegado com o pessoal de outros setores, eu já tinha uma certa facilidade, gostava do pátio da fábrica, gostava de conversar com o pessoal, ouvia problemas,intercedia, como delegado, com chefes, resolvi mudar completamente o sentido do cargo de representante sindical. Trouxe para a delegacia, a venda de roupas de cama, vestuário, objetos de uso na casa. Isto através de contatos com lojas e representantes comerciais, e ao invés de pedir porcentagens para a delegacia eu pedia descontos aos associados. As assembléias passaram a ser mais concorridas o pessoal não via o sindicato apenas como o representante para brigar por aumentos, mas um lugar onde podiam buscar apoio. Mas, a delegacia de São Leopoldo, tinha uma história muito ligada com o deputado Antonio Barbedo, ali era o seu reduto eleitoral, e de uma forma geral ele sempre se achou um meio dono da área. A meu gênio bicudo, e brigão por direitos já sinalizava de que a convivência não seria das melhores. Eu também tinha o meu jeito de administrar. Apesar de muita gente achar que eu era mais um do grupo de puxa sacos do Barbedo, tive discussões seriíssimas com o deputado e alguns dos seus seguidores. Poucos eram os delegados do interior que ousavam desafiar ao deputado, eu era um deles. A sua influência era tão grande, que ele indicava gerentes, chefes, chefetes, tudo passava pela mão do deputado Barbedo. Não dá para contestar as muitas vitórias conseguidas pela presença do deputado, como eletricitário, mas, deve-se reconhecer também, que todas as conquistas também tiveram a participação maciça da categoria. Em todos os setores haviam os apadrinhados, os preferidos, e estes, muitas vezes era indicados para participarem da diretoria da delegacia. No meu caso, apenas no meu último mandato, tive a infelicidade de contar com dois membros, os quais eram olheiros do deputado para me vigiar ( Roni e João). Tudo o que se passava na delegacia, era repassado pelos dois traíras na mesma hora.mas sempre deram com os burros na água, por que eu era honesto, muito mais honesto do que eles próprios, por que nunca agi com maldade mesmo contra aqueles que não gostavam de mim. Tem muita gente boa que ficou devendo favores ao velho delegado. Gente com cargos e salários muito mais altos do que o meu. Foram tirados de serem prejudicados graças às conversas e acordos do delegado com as chefias e mesmo com o diretor representante de pessoal (Vanderlei Funari, Manoel Valente, Claudio Canallis). Depois da minha saída delegacia mudou muito, o próprio Senergisul mudou.       

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


                           
Rezar ajuda.
Imagine você, com sua esposa, filha, filho enfim passeando alegre e livremente por uma cidade qualquer. De repente  visualiza algo e decide comprar. Então, entra na loja, enquanto sua companhia o aguarda na saída. No momento seguinte você olha para a porta e a pessoas não está mais lá. Sua reação instantânea é a de sair a procura,olha, busca, mas, não encontra. Então recorre aos serviços de alto falantes. Estes passam a transmitir os pedidos de informações dando detalhes, de roupas, e características físicas e mesmo assim não encontra mais sua companheira. É um drama, é um pesadelo. Este é o pesadelo que a família de Seu Delmar está enfrentando é um suplício que já vai completar um ano. Há exatos 365 dias D. Beatriz Joanna Von Hoendorff Winck uma simples dona de casa residente na cidade de Portão desaparecia no meio da multidão que visitava a Basílica de N.Srª. Aparecida em São Paulo. De lá para cá as horas de angústia, de insônia, de tensão tem sido companheiras dos familiares e amigos que se uniram nas buscas. Tudo o que se podia falar, fazer, buscar ou pensar foi ou está sendo feito. Autoridades de todos os escalões, policiais, políticas, ministérios, assembléia legislativa, governo estadual do Rio Grande do Sul e de São Paulo foram mobilizados para auxiliarem de alguma forma na solução deste mistério. Nada do que se tentar escrever ou comunicar sobre este assunto será novidade, mas, existe alguma coisa de muito estranho neste fato. Alguma coisa não se encaixa quando tentamos montar este quebra cabeças. Como é possível que num curto espaço de tempo, entre a compra de uma lembrança, e o respectivo pagamento, uma pessoa que está a poucos metros possa sumir misteriosamente, ainda mais se levarmos em conta que D. Beatriz sofria períodos de amnésia o que a faria a caminhar desorientada em meio a multidão de peregrinos, teoricamente chamando atenção á sua pessoa. Fica impossível conceber alguém caminhando desorientada, não haver tido chamado atenção de outros romeiros ou que tenham ouvido os chamados pelos serviços de som e encaminhado para o local adequado, notificando os familiares. O drama do seu Delmar, não é diferente de muitas outras famílias que de uma hora para outra se vêem privados de pessoas queridas, e que por trâmites burocráticos vão repousar no fundo de gavetas sem a devida solução. Nosso país está muito mais preocupado em mascarar a corrupção, com candidaturas, com alianças. Afinal, pensam as autoridades, procurar desaparecidos é tarefa de familiares e amigos, veja-se o rumoroso caso Amarildo, onde quem deu sumiço foram justamente aqueles que deveriam protegê-lo. E, estamos nos preparando para uma copa do mundo. Vamos rezar pessoal.

terça-feira, 8 de outubro de 2013




                                                                                             Imagem Internet

Ai vem 2014.
Minha gente, entramos na reta final. Daqui há mais ou menos um ano estaremos todos rumando compenetrados,devidamente escolados, e com a cabeça cheia de mentiras,falcatruas,enganações. Lá vamos nos escolher o nosso novo presidente (a). Junto dele estaremos escolhendo também uma plêiade de canastrões, os quais terão um ano para com mentiras e falsas promessas desfazerem a cara de cafajestes por uma pelo menos parecida com a de algum santo e assim contabilizarem nossos votos. Vejam bem, passamos quatro anos debaixo do pau, comemos o pão que o diabo amassou e cuspiu na massa, trabalhamos como condenados, pagamos imposto de renda até das horas extras, pagamos juros assassinos a esta máfia dos bancos, estamos pagando cada vez mais caro o alimento básico, aquele que nos permite apenas sobreviver. As pessoas morrem nas filas, mendigam, por direitos elementares, apanham das polícias por ousarem desafiar um poder corrupto,podre, e que só beneficia os políticos. Saímos as ruas para tentar amedrontar os poderosos, apanhamos como cachorro ladrão, voltamos para casa com a cara arranhada o corpo dolorido e as marcas de hematoma das balas de borracha. Pagamos o preço para ver acontecer algo. E vimos, não aconteceu nada. Parece que de tudo o que foi pedido, tudo o que foi contabilizado apenas os gavolas, os proxenetas, os desvairados políticos e politicoides é que acabaram ganhando. Se houve uma meia dúzia que se dignou baixar a cabeça e concordou com nossos infortúnios, houve também aqueles que até agora aproveitam destes horários na TV, para fazerem pela boca aquilo de normalmente deveriam fazer com o ânus. Daqui para frente nosso aparelhos de televisão, por mais modernos que sejam estarão sob as ordens destes tragicômicos “felix’ da vida política brasileira. Seremos obrigados a sofrer com a lavagem cerebral diuturna,aquelas caras nojentas,e sem vergonha tentando nos convencer de que agora sim, agora eles entenderam o recado, agora eles deverão enfim dar uma basta a todas a sorte de safadezas que eles próprios cometeram, e que tentam num golpe de audácia empurrar para deixo do tapete. Nos que tanto pedimos, nos que tantos movimentos fizemos, nos que durante estes quatro anos gastamos as palavras ladrão,corrupto,safado,quadrilheiros, enfim, destilamos todo o nosso veneno na esperança de que talvez pudéssemos matar politicamente algum destes facínoras ,destes vermes, agora finalmente teremos nas nossas mãos a arma mortal da qual eles mais tem pavor. O nosso voto. Agora é a hora de começarmos a nos preparar psicologicamente para dar a resposta aos eternos vendilhões de ilusões. Agora chegou a hora de nos preparar adequadamente para sabermos escolher entre os tantos artistas aquele que poderão melhor desempenhar os papeis neste nosso teatro cotidiano. Não te deixes enganar pela caras ,sorrisos,trejeitos, e muito menos promessas, agora todos eles sabem o que deve ser feito, todos são doutores  em soluções, mas passado o momento passam a pensar somente neles próprios. Muito cuidado com os vereadores,deputados, aspones, cabos eleitorais que irão bater a tua porta,neste jogo político somente eles ganham, nos pagamos sempre.Se, é verdade que desejamos mudanças, que esperamos por renovação ai está a oportunidade, basta não reelegermos NINGUÉM, quando estas caras caricatas aparecerem no teu vídeo, desligue a TV, quando receberes boletins e outros lixos na tua caixa de correspondência,devolve dizendo que você nunca o esqueceu. Os Emails? Devolve com um carinhoso recado. Coisa do tipo; AGORA É A TUA HORA DE TRABALHAR, DEIXE DE SER VAGABUNDO.
Não esqueça, o teu voto é um aval pessoal que está dando a um determinado cidadão. Todos os atos deste cidadão estarão respaldados pelo aval que deste a ele, então, de certa forma és conivente,serás responsabilizado.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estaríamos parando?
Creio que sim. Pelo menos é a impressão que fica quando  olhamos em volta e não vemos nada acontecendo para mudar a situação. Se saímos as ruas, não nos ouvem, se denunciamos ninguém investiga, se reclamamos não aparece ninguém para explicar. O que na verdade sentimos é a fome de impostos, a ganância excessiva de parte dos poderes públicos, que a cada dia inventa uma nova modalidade de retirar de nossos bolsos já surrados um pouco do nosso sustento. O brasileiro está se acostumando a viver de ilusões, somos eternas crianças grandes que se contentam com mel na chupeta. Para muitos de nos basta que aconteçam grandes jogos de futebol, grandes espetáculos artísticos, carnaval , festinhas no bairro, distribuição de brindes, criação de áreas para brincar,jogar e cantar. Enquanto ficamos anestesiados olhando tantas maravilhas deste gênero, as coisas mais importantes vão passando ao largo, desapercebidamente de nossos olhos. E, é assim que as coisas vão caminhando, nossos administradores enchendo lingüiça, nos cantarolando cantigas de roda, e o tempo inexoravelmente fluindo. Vejam alguns absurdos; o caso do desaparecimento de D. Beatriz, lá em Aparecida, passados já onze meses, de muitas idas e vindas, autoridades de todos os escalões foram intimados a darem suas colaborações, e o que se vê? Nada. Apenas um jogo de empurra, os padres dizem que não é com eles, o delegado diz que investiga, o promotor diz que é sigiloso, a ministra ordena que se investigue, os deputados por sua vez se reúnem numa sala para modificar as leis. Mas, pergunto modificar as leis neste momento vai resolver o problema? Outro caso intrigante o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo lá em São Paulo, que deu entrada no UPP pelas mãos da polícia,saiu num carro da polícia e depois evaporou, sumiu. E ninguém sabe dizer o que aconteceu. A sociedade pressiona, exige, e as autoridades na mesma, dormindo. Agora mais recentemente uma menina de nove anos é estuprada, violentada e morta por esganadura, num beco  bem aos fundo de uma desta bases da polícia.  A coisa ta de um jeito que até aquelas pessoas que estão sempre com a atenção voltada para as questões mais sérias, sentem vergonha de insistir. A violência banalizou o valor da vida humana, hoje passar por uma estrada e ver um animal atropelado ou uma pessoa, é  a mesma coisa, é rotina e com a rotina a gente se acostuma.O que não podemos, na verdade é ficarmos eternamente a espera de um milagre dos políticos.Ou acordamos deste sono letárgico em que nos encontramos,ou estamos fadados a continuar existindo em coma induzido.