sábado, 16 de novembro de 2013

Da China para o mundo.



Na  China, de Mao Tse Tung, as roupas eram fornecidas pelo estado, o tecido era o mesmo tanto para  rico como para pobres. Obedecia ao mesmo padrão não interessando a importância do cidadão. Era um tecido forte, resistente, um marrom claro, quase bege. Os modelitos também acompanhavam os mesmos moldes e feitios. Era uma beleza andar pela rua parecia um exercito de robôs, todos iguais, tanto nas fisionomias quanto das vestimentas. Mas, porque estou falando na moda dos chineses? Explico. Com o advento destas lojas que agora proliferam pela cidade, estas que vendem de tudo, de moda jovem, infantil para gordo para magro, ta tudo ali no balaio é só escolher, pagar e sair usando ficou muito fácil andar na moda. O povo menos aquinhoado pela sorte que antes não comprava  muita roupa, agora com as facilidades de crediário e a produção maciça de peças do vestuário viu nesta lojas a oportunidade de renovar periodicamente seu guarda roupas, e, sejamos honestos, não são apenas pessoas humildes,sem recursos, até gente da alta costuma recorrer balaios. Desta maneira a “moda” quase que se universalizou, ou seja, como os padrões são todos semelhantes acontece de muitas pessoas comprarem os mesmos tipos de vestidos, bolsas blusas, shorts, sapatos, chinelos, bijuterias  até mesmo prendedores para o cabelo. Acrescente-se isto o fato de que aquelas peças que já não interessem a pessoa sejam doadas para outras, parentes, amigos, moradores de rua, quer dizer vão continuar a fazer parte da paisagem urbana. Com isto, nos transformamos aos poucos num exercito semelhante ao de Mao. Outro dia estava no centro da cidade e comecei a observar os robotizados habitantes da minha cidade, incrível, como haviam pessoas vestidos do mesmo modo, com as mesmas roupas, mesmos chinelos, sapatos padrões exatamente iguais. Nada contra, muito pelo contrário, acho que este tipo de comércio veio para ajudar as pessoas, mas pense bem; de repente o cara sai com a mulher, vai a loja e na saída enfia o braço numa dama que não é a sua,vai levar uma bofetada gratuitamente, simplesmente pelo fato de estarem vestidas com as mesmas roupas, o mesmo vale em relação a mulher que venha a confundir o marido da outra com o seu. E o pior é que não adianta sair daqui para comprar em Esteio, São Leopoldo, Canoas, a coisa está de uma forma tão democraticamente distribuída que independentemente de onde se vá os padrões serão sempre os mesmos. Mas tem um lado positivo em tudo isto, pelo menos ninguém vai atrair a atenção mais do que o outro, assim todos vivem em paz, cada um com sua moda, cada um com seus arranjos. 

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