Vinte meses.
As palavras, os argumentos, os pedidos parecem já não encontrarem mais eco junto às autoridades responsáveis pela segurança pública, quando nos referimos ao caso do desaparecimento de D. Beatriz, isto mesmo aquela humilde dona de casa, moradora ali da cidade de Portão, que passados quase dois anos de seu sumiço lá em Aparecida, São Paulo, não se tem registro de nenhuma pista sequer. Desde os primeiros momentos deste caso tenho mantido contato quase que diariamente com o Sr. Delmar, esposo de D. Beatriz,conversamos, trocamos idéias, e de uma forma geral tenho sido uma espécie de escriba dos pensamentos e das opiniões deste senhor. Pois bem, dentro desta linha de raciocínio vou tentar registrar algumas hipóteses que a meu ver fazem parte deste emaranhado de dúvidas. SEQUESTRO – inviável até porque passado tanto tempo não houve até agora, pelo menos não tenho conhecimento, de pedido de resgate. MORTE – também hipótese difícil de levar em conta, muito embora não se possa descartar a idéia, pois de alguma forma já teria aparecido alguma pista, informação até mesmo de indícios que apontassem para este caminho. Não podemos ignorar, que, teoricamente, os órgãos de segurança de todo o Brasil estão, ou deveriam estar agindo. VINGANÇA, por tudo o que tenho conversado com o Sr. Delmar, não notei, nada de indícios de que poderia estar havendo alguma retaliação familiar, causada por desavenças originadas em algum tipo de herança, valores, ou divisões de espólio. PERDA DA MEMÓRIA – tivesse D. Beatriz, por ocasião de seu desaparecimento perdido totalmente a memória e conseqüentemente todas as referências familiares, em algum momento, por menor que seja o município onde se encontra dificilmente já não teria sido identificada, seja por entidades assistenciais, ONGS, igreja, ou cultos religiosos. ABANDONO DELIBERADO E CONCIENTE DO LAR – Baseado em tudo o que tenho conversado com o esposo de D. Beatriz, esta é a menos improvável das hipóteses, por não existirem motivos para tal. O que mais tem intrigado nesta historia, é o fato do silêncio total das autoridades que investigam o caso, reiteradas vezes o marido de D. Beatriz tem buscado informações e a resposta é a mesma de sempre; estamos perto, falta pouco. Mas, pelo amor de Deus, estão perto do quê? Falta pouco para quê? Encontraram alguma coisa? Esta viva?Já tem algum suspeito? Ora bolas, se tem alguém neste cenário com todo o direito de saber de alguma coisa é o Sr. Delmar, mantê-lo desinformado, no escuro total desta investigação é como deixar cravado um punhal em seu peito, sem ao menos dar-lhe o direito de chorar a dor.
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