terça-feira, 9 de junho de 2009

Minha Voz 31

A Minha Voz. 31
Jaí Antonio Strapazzon .

Porque Não ?

A recusa em assinar o pedido de CPI, de parte de três deputados do PDT, soa mais como um desafio a uma determinação do diretório regional, do que propriamente como uma posição individual de quem não se acha convencido da existência de provas.
Mesmo não existindo as tais provas exigidas, muitos são os indícios, as denúncias, envolvendo o desastrado mandato desta senhora. Impossível acreditar que tudo não passa apenas de boatos, de politicagens, de manobras que visem apenas e tão somente o desgaste da governadora.
Ou realmente, não se acham convencidos, e isto seria apenas opinião pessoal deles, ou então estão querendo provocar uma situação de racha no partido de Leonel Brizola, que se diga, aliás, está muito mal na foto. O mal da política é justamente este, não tem como defender posição pessoal, sem causar atritos. Geralmente as decisões tomadas a nível de executivas regionais e ou municipais tendem a se tornar dogmas, os quais, devem ser cumpridos por todos os integrantes independentemente de entendimentos individuais.
Sob este aspecto, acredito que a posição a ser tomada pela executiva nacional do partido deva ser a de uma punição a estes três deputados pela relutância em acatar o que foi deliberado. Mas, fico pensando, o que levaria três políticos com trajetória pessoal reconhecidamente voltada aos propósitos do PDT, levantarem a voz contra um ato que toda a opinião pública acha por bem levar a termo? Pelo sim pelo não, não seria a hora de dar um basta a todas estas calunias, ofensas, mentiras, deboches e denuncias ?
Será que realmente, como dizem os três deputados, o que existe é apenas duvidas quanto às provas apresentadas, ou alguma coisa a mais que possa estar trancando estas assinaturas? Na política, às vezes existem linhas tênues que acabam por entrelaçar-se e acabam no final causando embaraços enormes aos envolvidos.
Seja como for, Kalil, Cherini, e Sossela devem sim uma explicação mais convincente aos seus eleitores e muito mais do que isto a opinião pública do Rio Grande do Sul, que já não agüenta mais tanta denuncia, acabando sempre no mote vazio de se trata apenas, de denuncias vazias como costuma dizer a governadora. Se,de fato forem vazias, que sejam esclarecidas, numa CPI.
O que nos intriga também sobremaneira nestes assuntos é o silencio dos procuradores dos ministérios público federal e estadual, os quais teriam em suas mãos os argumentos que poderiam por fim a todo este tipo de especulação. A instauração de uma CPI isenta e responsável é imposição da opinião pública e não apenas da vontade deste ou daquele parlamentar.

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