sexta-feira, 5 de junho de 2009

Minha Voz 30

A Minha Voz 30.
Jaí Antonio Strapazzon.

Na contramão.

Propositadamente ou não, a verdade é que de acordo com o que foi prometido durante a campanha, o prefeito Ballin não está cumprindo com uma de suas principais promessas de campanha para com a classe dos professores. E posso afirmar sem medo de cometer injustiças, pois o próprio plano de governo admitia amplo diálogo com estas classe de trabalhadora, que aliás, estava sendo massacrada pelo antigo administrador.
Algumas considerações se fazem pertinentes, uma vez que temos no governo forças(na teoria) declaradamente dispostas a mudar os rumos desta política suja e podre dos últimos governos.Ora, o PT e o PDT, são historicamente partidos que tem suas raízes e sua maior força de votação nas bases operárias. Lideranças sindicais e de movimento populares. Então o porque da não cooperação? Afinal o Sr. prefeito se diz um ex sindicalista, assim sendo, presume-se um homem preparado para o diálogo, para a negociação.
Ao contrário senso, envia para negociar, o secretário disto, o secretário daquilo, homens de cunho puramente político, que estudam todos os ângulos da negociação pelo lado político –partidário, e isto que muitos destes negociadores se tem na conta de membros de sindicatos. Outro dia, abordando este tema numa comunidade do orkut, eu aconselhava aos professores, que mantivessem a mobilização,fizessem paralisações relâmpago,distribuíssem panfletos, mostrassem o tratamento para a população, daí surgiu um idiota, pregando diálogo, paciência,ordem e não sei mais quantas asneiras.
Sou a favor de toda e qualquer atitude que possa demonstrar repúdio a tratamentos diferenciados. Desde que realizado com ordem, sem baderna e respeitados os limites, é perfeitamente legal. Não existe autoridade que possa intrometer-se, quando ordenadamente se exige o cumprimento da lei. Num país corroído pela corrupção, pela desmoralização dos mais altos poderes, um pais que a cada dia acorda com um escândalo protagonizado, seja pela Câmara Federal, pelo Senado ,pelos governos estaduais, até mesmo prefeituras e câmaras municipais, a recusa ao diálogo soa como ato de rebeldia aos direitos das classes trabalhadoras.
Neste contexto, não adianta vir com argumentos de que já se fez muito em relação aos governos anteriores, pois acredito que ninguém fez campanha para “melhorar um pouco” lutou-se isto sim por uma mudança radical, fazer diferente, e isto começa pelo diálogo, a negociação.
Parece que Ballin e Ibanor se arriscam andando na contramão, e nestes casos, todos sabemos a trombada é inevitável.

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