segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mas Afinal...

Por Jaí Strapazzom

O que é que está acontecendo no Brasil? Não pertenço ao grupo daqueles que um jogo de futebol, um carnaval, um vale isto ou um vale aquilo cala a minha boca. Somos um país adulto, somos um povo com mil defeitos, mil virtudes, somos iguais a todos os outros povos do mundo, mas porque é que em matéria de política estamos sempre levantando a taça de incompetentes, salafras, e aproveitadores.

Antigamente, aprendíamos com os mais experientes, com os mais letrados, nossos exemplos eram Machado de Assis, Rui Barbosa, José de Alencar, Mário Quintana, Cecília Meirelles e outros. Agora nossa realidade mudou alguns dos grandes vultos da historia contemporânea servem mias como exemplos de corrupção, trapaça desrespeito e sei lá mais o que.

E nós, boquiabertos, pasmos ficamos de eternos expectadores inertes, sem poder reagir. O pior de tudo isto que a arma mais poderosa, contra todas estas mazelas, quem as tem somos nós. A nossa arma o voto era para ser a mais temida. E só não o é, porque eles, os políticos aprenderam muito bem a técnica de neutralizá-lo, seja com a pura e simples compra, ou até mesmo um frasco de pílulas, uma consulta, uma sacola de comida.

Daí advém tudo isto, este tipo de política estercada com maus exemplos, e alicerçada sobre a teoria ignóbil de tapar a boca dos miseráveis com migalhas para que o banquete continue nas mansões de alguns corruptos, e safados por todo o país. Entra eleição, sai eleição e são sempre os mesmos, porquê? Porque somos covardes, somos um povo acomodado, choramos as vítimas de um acidente aéreo, que é fruto de uma fatalidade, mas ignoramos a infância e adolescência deste pais, que estão sendo exterminada pelo uso das drogas. Batemos palmas para a polícia que prende e algema um cidadão que roubou um pão para saciar a fome, mas apertamos a mão e tornamos e eleger quem na verdade rouba uma ou mais toneladas de alimentos com um só canetaço, e tudo fica por isto mesmo.

A nossa raiva se dissipa o dinheiro roubado não volta, nossas vozes se calam, e a gente os recoloca novamente. Deve ser sina, só pode ser, mas, como vergonha ainda não se pode comprar no supermercado assim como honestidade, esta síndrome parece não ter fim. Enquanto o contingente dos famintos e miseráveis continuar tendo assistência dos grandes aproveitadores, corruptos, ladrões e proxenetas da política brasileira, não existem melhores perspectivas. 29/06/2009

5 comentários:

Anônimo disse...

Obrigada pela visita e volte sempre!
Abrs.

Alda Inácio disse...

Bravo! Este blog vai de vento em popa. Pra frente Maresias, uaaaaaau !
Grande abraço.
Alda

lupuscanissignatus disse...

ao que parece

esse "vírus"

não tem fronteiras



*abraço*

angel disse...

Jaí
foi um prazer conhecer você e seu blog. (Alda me apresentou)
Penso exatamente como você. Infelizmente parece que somos minoria.
Parece que poucas pessoas enxergam as coisas desse ângulo.
No Brasil a tal lei de Gerson ainda fala muito alto. O "levar vantagem" ainda é muito cultuado.
Até nas músicas se ouve: Malandro é malandro e mané é mané, come se bom é ser malandro e nós, somos os manés, porque não queremos levar vantagem porque devolvemos o dinheiro quando recebemos troco errado ou entregamos alguma coisa que achamos na rua.
Sonho um dia o Brasil ser feito apenas por manés.
Abraço
Angel

Anônimo disse...

Aprendi muito