quarta-feira, 1 de julho de 2009

Minha voz 35

Por Jaí Strapazzom


É muita coisa.

A pouco mais de um mês, quando do fatídico acidente do vôo Rio Paris o mundo se chocava com a morte de mais de duzentas pessoas. De fato, apesar de mesmo assim considerar a viagem aérea uma das mais seguras, sou obrigado a admitir que, cada vez que acontecem tragédias deste porte a gente fica a refletir e pensar duas vezes antes de embarcar nos famosos pássaros de prata.

Agora, peço a tua atenção ara uma notícia que deve ter passado em “branco” pela maioria das pessoas, e principalmente das autoridades deste meu Rio Grande do Sul. As mortes no trânsito, só do mês de janeiro até agora (fim de junho) somam seiscentos e sessenta e quatro vítimas, isto mesmo, o equivalente a três acidentes aéreos iguais ao do vôo 447 em apenas seis meses. E ninguém fez alarde deste caos.

Não estou ,nem quero e até porque não sou autoridade para isto, querendo minimizar, as responsabilidades, bem como a dor causada pelo acidente com o avião da Air Line. O que eu busco é provocar uma reação em todas aquelas pessoas que como eu pagam impostos, pagam sérios tributos acreditando numa cidade, num transito ordeiro pacífico e com segurança, e ao contrário, acabam pagando caro pela total incompetência das autoridades do setor que perdem valioso tempo com estatísticas, estudos, reuniões e documentos vazios de conteúdo, que vão parar no fundo das gavetas.

Até quando, pergunto, até quando, nós como pessoas civilizadas e também responsáveis vamos permitir que esta verdadeira guerra continue? A sociedade cada vez que é acionada a comparecer, se posicionar, opinar, o faz com seriedade na esperança de que finalmente medidas sejam tomadas para dar fim a esta triste estatística. A isto, some-se o fato de que mais de dez por cento destes óbitos se refiram a acidentes com motos estando suas vítimas na faixa dos 18 aos 35 anos, ou seja, uma parte da juventude deste país está sendo enterrada, antes mesmo de conhecer as belezas da vida.

O povo tem que começar a repensar seus valores, temos que abandonar de vez os vícios do conformismo, da covardia, e partir para a tomada de posições. Afinal, é muito dinheiro público sendo jogado no ralo, indo parar em contas particulares, está mais do que na hora de a gente começar a enterrar os erros do passado, ao invés de estarmos sepultando tantas vitimas inocentes.

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