sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Operação tapa buracos.
Pressionado pelos usuários, com uma bagagem de críticas as mais duras em relação a conservação de das rodovias estaduais, o governo decide-se finalmente por desencadear um operação visando tapar os buracos que tantos malefícios acarretam. Mas, será que “tapar buracos” resolve? Acredito que não. Quando se resolve criar uma rodovia os cálculos técnicos vão muito alem das negociatas com empresas em licitações, tudo é, ou pelo menos deveria ser calculado rigorosamente desde o tipo de solo, até a quantidade de veículos, com suas respectivas cargas e taras. Somente depois de tudo nos “conformes” passa-se finalmente a fase final, o acabamento. A cobertura asfaltica nada mais é do que uma proteção natural as intempéries, uma proteção que tem como função principal tornar mais segura a rodagem do veículo. Ora, os cálculos vêm de baixo para cima, ou seja, prepara-se o terreno, drena-se, compacta-se, calça e depois vem a cobertura. Os buracos, que surgem são “esfarelamentos” da capa de asfalto, ou pela mistura pobre de ingredientes, ou pela ação constante de pneus mal calibrados, ou cargas com peso superior ao máximo permitido. Sendo assim, vê-se logo que o simples fato de colocar uma pá de asfalto e logo em seguida pressioná-lo com o rolo, não irão de maneira alguma devolver as características ideais, pois o “remendo” não consegue bases para fixar-se, e com o tempo a tendência é de que tudo volte a ser como era antigamente. Neste caso, e muito pouca gente nota, o que se está fazendo é uma maquiagem assassina, alem do desperdício do dinheiro público. Hoje, o proprietário de um veículo paga somas infinitas para ter seu carro, gastos que começam com altos impostos, passam pela ladroagem das multas, aumentam com os gastos em conservação, desembocando por fim no alto preço dos combustíveis tudo pela ganância de cobrar das autoridades. Do proprietário se cobra tudo, até os mínimos detalhes, inclusive na hora de um acidente.Mas será que todos concordam em pagar tão caro para termos estradas e rodovias em tão péssimas condições de estado? Até que ponto vai a responsabilidade dos governantes no caso de acidentes com mortos, estes devidos a má sinalização, má conservação, falta de acostamentos nas pistas de rolagem? Não estaria na hora de mudarmos os conceitos, e ao invés de ficarmos cobrando melhorias, sairmos para buscar na justiça eventuais responsabilidades de nossas autoridades? Você não pode mascarar um pneu careca, você não pode improvisar a luz de uma sinaleira, ou quem sabe trafegar com o extintor vencido, isto pode por sua vida em risco, você será penalizado.  Mas o governo pode mascarar crateras, disfarçar acostamentos, pode inclusive em nome destas “melhorias” instalar mais pardais e radares, ou seja,propõe-se a prestar um serviço de péssima qualidade e ainda se acha no direito de cobrar por isto. 

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