terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estaríamos parando?
Creio que sim. Pelo menos é a impressão que fica quando  olhamos em volta e não vemos nada acontecendo para mudar a situação. Se saímos as ruas, não nos ouvem, se denunciamos ninguém investiga, se reclamamos não aparece ninguém para explicar. O que na verdade sentimos é a fome de impostos, a ganância excessiva de parte dos poderes públicos, que a cada dia inventa uma nova modalidade de retirar de nossos bolsos já surrados um pouco do nosso sustento. O brasileiro está se acostumando a viver de ilusões, somos eternas crianças grandes que se contentam com mel na chupeta. Para muitos de nos basta que aconteçam grandes jogos de futebol, grandes espetáculos artísticos, carnaval , festinhas no bairro, distribuição de brindes, criação de áreas para brincar,jogar e cantar. Enquanto ficamos anestesiados olhando tantas maravilhas deste gênero, as coisas mais importantes vão passando ao largo, desapercebidamente de nossos olhos. E, é assim que as coisas vão caminhando, nossos administradores enchendo lingüiça, nos cantarolando cantigas de roda, e o tempo inexoravelmente fluindo. Vejam alguns absurdos; o caso do desaparecimento de D. Beatriz, lá em Aparecida, passados já onze meses, de muitas idas e vindas, autoridades de todos os escalões foram intimados a darem suas colaborações, e o que se vê? Nada. Apenas um jogo de empurra, os padres dizem que não é com eles, o delegado diz que investiga, o promotor diz que é sigiloso, a ministra ordena que se investigue, os deputados por sua vez se reúnem numa sala para modificar as leis. Mas, pergunto modificar as leis neste momento vai resolver o problema? Outro caso intrigante o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo lá em São Paulo, que deu entrada no UPP pelas mãos da polícia,saiu num carro da polícia e depois evaporou, sumiu. E ninguém sabe dizer o que aconteceu. A sociedade pressiona, exige, e as autoridades na mesma, dormindo. Agora mais recentemente uma menina de nove anos é estuprada, violentada e morta por esganadura, num beco  bem aos fundo de uma desta bases da polícia.  A coisa ta de um jeito que até aquelas pessoas que estão sempre com a atenção voltada para as questões mais sérias, sentem vergonha de insistir. A violência banalizou o valor da vida humana, hoje passar por uma estrada e ver um animal atropelado ou uma pessoa, é  a mesma coisa, é rotina e com a rotina a gente se acostuma.O que não podemos, na verdade é ficarmos eternamente a espera de um milagre dos políticos.Ou acordamos deste sono letárgico em que nos encontramos,ou estamos fadados a continuar existindo em coma induzido. 

Nenhum comentário: