quinta-feira, 10 de outubro de 2013


                           
Rezar ajuda.
Imagine você, com sua esposa, filha, filho enfim passeando alegre e livremente por uma cidade qualquer. De repente  visualiza algo e decide comprar. Então, entra na loja, enquanto sua companhia o aguarda na saída. No momento seguinte você olha para a porta e a pessoas não está mais lá. Sua reação instantânea é a de sair a procura,olha, busca, mas, não encontra. Então recorre aos serviços de alto falantes. Estes passam a transmitir os pedidos de informações dando detalhes, de roupas, e características físicas e mesmo assim não encontra mais sua companheira. É um drama, é um pesadelo. Este é o pesadelo que a família de Seu Delmar está enfrentando é um suplício que já vai completar um ano. Há exatos 365 dias D. Beatriz Joanna Von Hoendorff Winck uma simples dona de casa residente na cidade de Portão desaparecia no meio da multidão que visitava a Basílica de N.Srª. Aparecida em São Paulo. De lá para cá as horas de angústia, de insônia, de tensão tem sido companheiras dos familiares e amigos que se uniram nas buscas. Tudo o que se podia falar, fazer, buscar ou pensar foi ou está sendo feito. Autoridades de todos os escalões, policiais, políticas, ministérios, assembléia legislativa, governo estadual do Rio Grande do Sul e de São Paulo foram mobilizados para auxiliarem de alguma forma na solução deste mistério. Nada do que se tentar escrever ou comunicar sobre este assunto será novidade, mas, existe alguma coisa de muito estranho neste fato. Alguma coisa não se encaixa quando tentamos montar este quebra cabeças. Como é possível que num curto espaço de tempo, entre a compra de uma lembrança, e o respectivo pagamento, uma pessoa que está a poucos metros possa sumir misteriosamente, ainda mais se levarmos em conta que D. Beatriz sofria períodos de amnésia o que a faria a caminhar desorientada em meio a multidão de peregrinos, teoricamente chamando atenção á sua pessoa. Fica impossível conceber alguém caminhando desorientada, não haver tido chamado atenção de outros romeiros ou que tenham ouvido os chamados pelos serviços de som e encaminhado para o local adequado, notificando os familiares. O drama do seu Delmar, não é diferente de muitas outras famílias que de uma hora para outra se vêem privados de pessoas queridas, e que por trâmites burocráticos vão repousar no fundo de gavetas sem a devida solução. Nosso país está muito mais preocupado em mascarar a corrupção, com candidaturas, com alianças. Afinal, pensam as autoridades, procurar desaparecidos é tarefa de familiares e amigos, veja-se o rumoroso caso Amarildo, onde quem deu sumiço foram justamente aqueles que deveriam protegê-lo. E, estamos nos preparando para uma copa do mundo. Vamos rezar pessoal.

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