terça-feira, 17 de agosto de 2010

Diárias.

Mais uma vez a mídia cai de pau em cima de um assunto que já virou rotina para nós humildes mortais, acostumados que estamos em ouvir lorotas, conchavos, maquinações, trapaças e negociatas envolvendo uma grande plêiade de políticos. Não são todos é verdade, mas o que ninguém pode negar é que a banda suja desta gente é bem maior do que a banda limpa. De tudo que já se ouviu uma pergunta é quase que rotineira: De quem é a culpa? A resposta obvia; É da lei, é da justiça. Ledo engano, a culpa disto tudo, destas distorções imorais, é toda de nossa inteira responsabilidade, por quê? Simples, Não aprendemos ainda a votar, falta-nos conhecimento suficiente para saber diferenciar aquilo que presta daquilo que já está podre na embalagem. No caso das diárias pagas a vereadores que buscam cursos de aperfeiçoamento, bastaria que o MEC passasse a exigir destes tais organizadores currículos, e capacitação técnica que os credenciassem a este tipo de evento. Mais ainda, uma fiscalização rígida sobre o conteúdo a ser ministrado bem como, se aqueles itens têm algum relacionamento com as tarefas de um vereador. Isto é claro, competência dos órgãos fiscalizadores do MEC. Mas e a nossa responsabilidade entraria onde? Apesar de ser a mais fácil e de aplicação rápida é a que menos se exercita nestes casos. Ao povo compete a fiscalização das ações desenvolvidas pelos políticos. Cada um de nos tem o dever de agir, e de exigir transparência nos atos desta gente, afinal, nós somos os patrões. Ora, agora vejam só: Chegam centenas de folders anunciando os tais “cursos” locais os mais variados, principalmente praias paradisíacas, locais turísticos onde o que menos vai ser feito é “estudar” ou “aprender” aliás os locais são escolhidos a dedo para ensinar malandragens. Fica na responsabilidade do Sr. presidente da câmara e dos diretores liberarem recursos bem como aceitarem estas empulhações. Se fossem honestos e agissem como verdadeiros homens públicos elaborariam cursos e seminários dentro do próprio município, afinal a equação é local, os problemas são típicos da nossa gente. Dar a conhecer das filigranas legais, os detalhamentos jurídicos bem como a constitucionalidade dos atos de um vereador podem muito bem serem tarefas dos membros do jurídico da casa. Como se vê, só acontecem ainda estes desvios, estes rombos descarados no erário público é porque somos condescendentes e cúmplices. Nós os elegemos, pagamos um ótimo salário, e sequer fiscalizamos as ações, e ainda achamos que quando fazem alguma coisa estão sendo bonzinhos para conosco. Mais do que nunca se faz obrigatória, a fiscalização dos atos destes “funcionários públicos” principalmente das siglas as quais pertençam, é ali o nascedouro destes verdadeiros monstrengos. Vou continuar batendo.

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