quarta-feira, 5 de dezembro de 2012



                                E,estes oque esperam do Natal?

Uma noite especial.
Na mansão dos Limeira, os preparativos começaram bem cedo, logo nas primeiras horas os carros chegavam com arranjos, caixas de bebida ,tendas vasos de flores, foi um entra e sai durante todo o dia. José casualmente testemunhou as movimentações, quando passou com a mulher rumo a parada de ônibus. Ele, pedreiro, ela doméstica ambos saiam cedo para o trabalho no centro da cidade, as crianças ficavam por conta da filha mais velha, Marina. Era véspera de Natal, eles sabiam da situação dos pais, não esperavam nada de novidade alem da repetição de tantos outros natais, mas a filha queria fazer uma surpresa para os pais. Saíram a catar alguns galhos, secos, folhas de papel, e jornal, algumas pedras, e juntos começaram a montar aquela que seria a sua árvore de Natal. Na mansão, agora eram os estafetas que partiam para repartir os convites, eram muitos os convidados, a festa seria a beira da piscina, muita música, muita comida e presentes para todos os tipos e gosto. Estavam os irmãos concentrados nas tarefas de sua árvore  quando alguém bate palmas junto ao portão.

Marina vai até a porta e sua primeira reação é de medo e desconforto, um homem alto magro com barba por fazer, olhos tristes, roupas estranhas pedia para entrar. A primeira reação foi a de chamar por socorro, mas uma força estranha a impediu, aquele homem tinha uma estranha força no olhar, nos gestos. Ele entrou na casa e pôs-se a ajudar as crianças, e a contar histórias de sua infância. O almoço foi simples, tudo o que havia restado da noite anterior foi requentado e distribuído em porções iguais, entre os presentes. O velho convidado também participou. Os portões da mansão estão abertos, homens todos de preto observam todos os movimentos, carros luxuosos entram pelo portão, lá no fundo a música sinaliza que a festa já teve início. José e a esposa seguem em direção a casa, já é tarde, alguns pacotes, uma sacola, e a caixa de ferramentas do pai. Todo vem ao encontro dos pais, menos o velho visitante. O brilho da mansão contrasta com a escuridão da casa simples e pequena. O barulho da música, a algazarra dos convidados se ouve a vários quarteirões. 

A família por alguns minutos observa a alegria, a movimentação na casa dos vizinhos. José, absorto em seus pensamentos, deixa-se levar pelas lembranças, pelos projetos,  pelas esperanças,pelos sonhos dos natais passados. Nada mudara, tudo permanecera igual, os filhos com veste surradas, morando na humildade de uma casinha onde nenhum tijolo sequer havia sido colocado. Ele, que construía palacetes, casas enormes, luxo. Por que tudo acontecia desta maneira? Por que uns com tanto outros sem nada, ou quase nada?Absortos em suas divagações, somente foram notara diferença quando retornavam para dentro da casa. Havia algo estranho no ar, a casinha embora modesta parecia envolta numa aura clara e brilhante, Lá dentro um brilho muito intenso, uma luz radiante. Foram entrando devagarzinho, havia acontecido uma grande transformação, a árvore de natal antes um amontoado de galhos agora era um pinheirinho organizados, com pacotes, reluzentes, a mesa estava posta, com diversas iguarias, moveis e utensílios pareciam ter adquirido vida. Na cabeceira da mesa, aquele estranho visitante havia passado por uma transformação incrível. No lugar das roupas velha e surradas agora ele vestia uma túnica branca, alva, os cabelos antes em desalinho agora estavam cuidadosamente penteados, um olhar meigo e sorriso terno. 

Chamou-os para a mesa, todos sentaram então aquele homem falou; meu pai ouviu suas preces, bem aventurados os pobres de espírito,pois a eles pertence o reino de DEUS.Trago-lhes boas novas, suas vidas serão mais alegres,suas penas suavizadas, suas dores terão alívio. Na humildade desta casa encontrarão o conforto, a paz, e a alegria que em nenhuma mansão existirá. O luxo, o brilho e as bebidas os presentes caros, nada disto traz a paz de espírito, que lhes trago. Depois disto, levantou-se ergueu as mãos, pediu a família que orassem. Lentamente aquele home começou a levitar, foi saindo em direção a porta, e começou a subir até sumir por completo no céu estrelado. Ao voltarem para dentro de casa notaram um pedaço de papel, nele estava escrito; Jesus, esteve neste lar.

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