segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ainda o cárcere.


Ontem a noite fiquei até a madrugada ouvindo um programa, onde o entrevistado era o presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, coronel Ricardi Guimarães.  Confesso a vocês não simpatizo nada com este cidadão, mesmo sem o conhecer, por sua desmedida obsessão em defender tudo o que a Brigada faz, como sendo obra dos "Oficiais da Brigada" .Para este coronel não existem soldados, apenas oficiais. Mas,vejam como são as coisas,ontem descobri que por incrível que pareça nós (eu e ele) estamos de acordo com alguns pontos em relação ao famigerado sequestro, onde uma vida perdeu-se( refiro-me apenas a mulher) o cara não valia nada mesmo, e não representa perda. Assim como eu o coronel também defende que na hora em que o marginal meteu a cara na janela era hora de dar adeus a vida, um tiro certeiro na cara ia mandá-lo para o quinto dos infernos. Um outro ponto no qual concordamos é o fato que tenho batido tanto em cima. A alta cúpula da Brigada Militar é subordinada política e hierarquicamente ao governador do estado que, em tese, é o comandante geral da Brigada.Agora, some-se a isto um Secretário de Segurança(que de segurança não manja o primordial) agindo num sequestro como porta voz do governador. Os comandantes que estavam agindo no local, não desgrudavam do telefone celular,qualquer peido que ousassem dar,teriam que ter a permissão do Sr. secretário, o qual pediria permissão ao governador.Ou seja,por mais que quisessem  uma ação mais contundente não poderiam fazer pois o governador não daria permissão. Havia sim, segundo confirmação do repórter "Bogado" da Bandeirantes escutas em todos os locais no porão da casa,de onde eram monitorados todos os diálogos entre os sequestrador e a vítima. Mesmo assim os "comandantes" recusavam-se a ordenar a invasão. PORQUÊ? Na verdade ali não estavam negociadores da segurança pública,ali estavam dois políticos fardados, os quais não iriam de maneira alguma contrariar ordens de um secretário inexperiente (ex promotor público e entendido em serviço penitenciário) e que naquele momento crucial representava o todo poderoso governador do estado. Mas, acredito(teoria minha) de que esta subserviência de alguns comandantes e oficiais da Brigada ao Governador tenha fundo  estritamente político, já que suas nomeações passam pelo crivo do governador. Enquanto nossa segurança pública continuar atrelada aos ditames políticos do chefão da hora , fracassos como este continuarão acontecendo.Veja se você concorda; Em casos como este eu faria assim; Imprimiria este texto e entregava aos sequestradores.  Srs. sequestrador(res), Serão dadas a você(es) de agora em diante DUAS HORAS para que possamos chegar a um acordo. Dentro deste prazo limite, lhes será(ão) oferecidos todas as garantias constitucionais que lhes assegurem sua(s) integridades físicas (acompanhamento e advogado,imprensa,etc..) Findo este prazo INVADIREMOS o recinto com todo o potencial disponível para solução do impasse, e qualquer ato que represente, tentativa de reação será motivo de eliminação sumária.Com os direitos humanos a gente conversas depois, com calma.

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