Esta onda de protestos (os verdadeiros protestos) sem vandalismos,sem provocações,sem saques,sem violência me remetem a uma reflexão bem simples. O povo agora desperto, e com justa causa enraivecido por tandos desmandos, se assemelha a um tigre ferido, que se move,esperneia,debate-se na sua luta pela liberdade. É justamente neste ponto que fixo minha mensagem. Este tigre, ferido não tem dono, não tem líder, mas encontra-se fragilizado. Todas estas multidões não se cansam de dizer não as siglas políticas. Porém,existe o perigo iminente do surgimento de alguma liderança dentro destes movimentos. E o que assusta é que estas lideranças tenham outros planos,outras articulações. Ora, já existe um clima,já existem inclusive "desordeiros" tentando desvirtuar o movimento, Já existem inclusive siglas políticas,(PTB,PPS,PSTU)oportunistas que se lançam, na correnteza das ruas. Impõe-se neste momento por parte dos organizadores destas manifestações populares um rigoroso controle nos comandos destes atos. Já escrevi que muito do sucesso de uma empreitada deve-se ao comando de suas lideranças. Pulso firme, e principalmente a identificação daqueles que ali estão só para se aproveitar(em todos os sentidos) manter estes grupos afastados. Já se viu que o clamor foi ouvido. Já se prenunciam novidades não só no preço das passagens, mas no modo de pensar de algumas cabeças de bagre que até então acreditavam ser os tais. Temos tudo nas mãos. Mobilização, ação moderada e até elogiosa das forças de segurança, e é justamente em nome de tudo isto que não se pode permitir que meia dúzia de baderneiros ponham tudo a perder.