Greves pressupõem pressão, descontentamento com algo que foi acordado, mas não está sendo cumprido por uma das partes. Em todas as atividades humanas, sempre haverá três lados essenciais; aquele que contrata aquele que excuta e outro que fiscaliza o ordenamento destas funções, Os parâmetros que deverão ser seguidos, ficam expressos em um documento chamado Contrato Coletivo de Trabalho, documento este assinado e homologado frente a um juiz. Ato perfeitamente legal. Mesmo considerado um documento com valor legal e força de lei para as relações entre trabalhador e patrão, muitas das vezes algumas destas clausulas são desrespeitadas pelo empregador. Se o empregado não observar o que foi acordado, sofre as conseqüências e pode até ser demitido. Em contrapartida os empregados as vistas de cláusulas acordadas e não atendidas pelos patrões recorrem a greve, ou seja, paralisa-se a produção como forma de pressionar a classe patronal ao diálogo, a busca pelos direitos não concedidos.O grande problema nestes casos, é que sempre a parte mais prejudicada não é o “patrão” e sim o próprio trabalhador pelas horas perdidas, que muitas das vezes deverão ser compensadas, e também pela maneira como são encaradas as greves pela população. É muito difícil, senão impossível, conseguir trazer a população com uma categoria em greve, fazê-la entender os motivos, torná-la uma aliada. Principalmente em setores essenciais como transporte, energia elétrica, telefone, água, correspondências, recolhimento de lixo, enfim. A grande verdade é que a maioria da população sobrevive com salários sempre defasados, hoje em dia ninguém “tem aumento real”, a própria justiça quando chamada a interceder reconhece apenas e tão somente as “perdas” e como todos sabemos que as tais perdas são sempre “maquiadas” as coisas vão se acumulando.Via de regra, tem-se observado que as greves de agora reivindicam mais clausulas sociais, como planos de saúde,vale alimentação,horários de descanso,vales transportes, ou seja, tudo aquilo que teoricamente deveria estar embutido no salário, e não apenas constar nos acordos celebrados como penduricalhos.Enquanto o trabalhador continuar a ser tratado apenas como um número na empresa, algo descartável, ou enquanto patrões espertos contarem com o beneplácito de algumas clausulas que permitem manipulações a coisa não vai mudar. Querem um exemplo? O pagamento em folga das horas extras feitas pelo empregado, isto é um verdadeiro ROUBO. Quem trabalha o faz por dinheiro, não por folga. Até porque o que foi produzido pelo empregado virou lucro para o patrão.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
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