sábado, 29 de março de 2014

O Facebook


Muitas foram as vezes que me perguntei a mim mesmo que estranho fascínio exerce este tal Facebook, sobre as pessoas, capaz de fazer com que se fique horas a fio sentado a frente de uma tela falando, discutindo, dando conselhos, contando piadas com tanta gente, muitas das quais sequer sabemos se existem realmente ou não. Confesso que me incluo entre estes,digamos,viciados ois a rotina é sempre a mesma, acordo,tomo banho,um rápido café,depois os jornais que assino,ligo o computador e vou direto as páginas deste vício.Uma rápida passada de olhos,leio os recados, vejo os convites de amizade,e parto então para os jornais online, assim completo a minha manhã. Mas,o que será de tão importante que gruda as pessoas a frente desta pequena janela para o mundo. Tenho uma teoria, não sei se concordam, porém acredito ser ,ou ter alguma coerência. Ao acessar estas páginas, as pessoas de alguma maneira, estão entrando no mundo particular de outros usuários. É como se fosse um grande salão, apinhado de pessoas onde todos tem alguma coisa para contar, bisbilhotar, compartilhar. Um lugar estranho, que pode ter vários significados, para uns um teatro onde desfilam sonhos, um lugar onde posso sentar junto a mesa de ilustres desconhecidos e contar a eles todos os meus dramas, minhas tristezas, uma platéia ávida e sedenta por saber da vida dos outros. Um lugar um tanto que acolhedor, mas, que também pode servir de palco para acontecimentos nem tão alegres. Uma alcova onde posso mostrar meus encantos, onde posso desfilar meus sonhos minhas fantasias. O Facebook transformou-se no consultório sentimental dos fracassados,dos apaixonados,dos desiludidos, dos casais novos,dos casai velhos, dos cardíacos, das moças e rapazes sarados que mostram a todo o mundo a beleza de seus músculos, de suas formas. O mundo encantado do tudo perfeito, aqui ninguém é infeliz, ninguém briga com a mãe, ou com o pai, aqui todos podem dar e ouvir bons conselhos, aqui se encontra de tudo, até a morte. Sim, até para agendar a própria morte as página do Facebook podem servir de ferramenta. Muitos foram os casos de encontros que começaram com apenas um clik, uma curtida, uma compartilhada, passaram por um turbilhão de carinhos, de amor de sexo e tudo terminou em alguém que foi praticamente deletado deste mundo.É próprio da alma humana, navegar por mares desconhecidos, águas limpas e cristalinas, sem se preocupar com os bancos de areia que ficam submersos, assim é o Facebook, um lugar onde todos se encontram, todos confraternizam , onde um milhão de olhos nos observam onde  mil serpentes esperam para dar o bote.

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