terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Pós graduação

Cursos de pós graduação.
Quem assistiu o jornal do almoço desta segunda feira e prestou atenção a entrevista do “ilustre” secretário de segurança, deve ter levantado as mãos para o céu agradecendo as iniciativas elencadas, segundo ele, para diminuir os altos índices de criminalidade no estado. Mas, é bom que se guardem as devidas cabíveis e obrigatórias reticências até por que, são apenas planos e como se sabe obras públicas tendem a percorrer um dificultoso processo burocrático até que se possa abanar bandeirinhas cantar o hino, e cortar a fita. 
Porém a coisa não termina por aqui, precisa toda uma logística, funcionários, equipamentos, viaturas, e tudo aquilo que acompanha um projeto desta magnitude. “Aliás” quem observou a fala do secretário, segundo suas próprias palavras deverá haver nestes complexos penitenciários (federais) tecnologia de ultima geração, evitando inclusive o acesso a internet e todas as demais mídias para que os internos ali colocados paguem efetivamente suas penas e não se especializem em outras modalidades de crimes, uma espécie de pós graduação.
Daí é que a gente ao invés de aplaudir, fica com mais raiva ainda, se estes imbecís sabem que existem tais equipamentos, por que instalar apenas agora e nos presídios federais? Obviamente, fica caracterizado o pouco valor dado a vida humana, e não estou me referindo aos apenados, estou falando justamente a facilidade que hoje existe para a comunicação entre as grandes organizações criminosas para alem dos muros, cercas e grades. Hoje, muitos dos assaltos, crimes, mortes acontecem justamente a mando de chefes que estão presos, mas, em total liberdade para gerenciar seus negócios. E quantas vidas são jogadas na vala.
Cada vez que enviamos um preso para presídios em outros estados estamos na verdade matriculando-o num curso de pós graduação um aprimoramento na arte de fazer o mal. Se quisessem realmente acabar com a bandidagem, se estivesse realmente tentando buscar soluções concretas deveriam criar uma Penitenciária com capacidade para seis, sete mil apenados em pleno coração da Amazônia, onde cada um plantaria e tiraria da terra o seu sustento. Ordens severas de abater qualquer aeronave que se aproximasse, sem identificação, e preso fugitivo ficaria livre até que um animal o devorasse,contato com a família só por correspondência,até o cumprimento total da pena imposta. Vigilância e administração por conta do exercito dos batalhões especializados na selva. Como se vê, solução existe,basta ter coragem.

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