sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Governabilidade

GOVERNABILIDADE.
*Jaí Strapazzom

Palavra chata não? Qualidade inerente àquilo que é governável, portanto perfeitamente aplicável as nossas administrações municipais. Mas para nós Sapucaienses, e principalmente mais antigos que conhecemos as manhas do poder, os ranços políticos, e mais ainda os maus costumes, a palavra soa como alerta. E aqui quero conclamar a todos aqueles que como eu, apostaram numa mudança de verdade, com mais seriedade, mais transparência.
Sapucaia do Sul deve iniciar o ano de 2009 com uma nova safra de políticos, tanto no Executivo como no Legislativo, seguindo este raciocínio, chegamos a conclusão óbvia de que nada deverá ser como antes, ou seja, aqueles vícios, aquelas jogadas de gabinetes,aquelas maracutaias de trocar cargos por votos é coisa do passado. Presume-se e aposta-se, num governo livre de intransigências, livre das barganhas poucos sociáveis e tampouco recomendáveis tão comuns nestes momentos.
Prefeito que assume refém do legislativo, já começa pela metade, sempre foi assim, a nível federal, estadual e muito especificamente municipal. Nestas horas aparecem àqueles oportunistas que receberam o aval do eleitor e agora se acham no direito e dever de usar este voto de confiança em favor de si próprio ou do grupinho de amigos. Sempre tive para mim que uma câmara deve legislar em nome de toda a população. Ali não estão siglas partidárias, ali não se encontram donos da verdade. Ali não estão reunidos doutores, nem magistrados, nem médicos muito menos engenheiros. Ali estão centrados os homens em quem o povo acreditou, homens em cujas mãos foram colocados os sonhos não só da panelinha, dos amigos e das amantes mas de toda uma comunidade,principalmente aquelas pessoas mais humildes que sequer sabem pedir.
Encerra-se um ciclo de vergonha, de provalecimento, de deboche, de escárnio e principalmente de desrespeito. Prevaleceu o bom senso, o povo enojado e provocado por tantos atos covardes, recolocou os petulantes em seus devidos lugares. Este é o pensamento que impera. A tal governabilidade que se espera nada mais é do que a garantia que deverá ser referendada aos novos administradores pelo novo legislativo, de que tudo o que for proposto pelo executivo que tenha respaldo na constituição, será aprovado em nome do povo, sem barganhas, sem cargos, sem nomeação deste ou daquele em troca de votos.
Chega do eterno e aviltante desfile de cabos eleitorais levando pela mão seus apadrinhados na busca do jeitinho brasileiro, do beneficio especial, do remédio mais fácil, ou da consulta facilitada. Os votos que elegeram os novos mandatários, não estavam marcados nem muito menos codificados, sendo assim todos tem os mesmos direitos, todos devem ser tratados como iguais. Já não se admite mais, o famoso jargão de antes que pregava: Aos amigos os benefícios da lei, aos inimigos o rigor da mesma lei.

*Secretário executivo do PDT

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