quarta-feira, 6 de maio de 2009

Minha voz 19

A Minha Voz. 19
Jaí Antonio Strapazzon .

Porque será?
Já escrevi outras vezes, e confesso que por mais que tentasse não encontrei ainda os motivos, as razões, ou seja, lá o que for para que Sapucaia do Sul seja uma cidade diferente das demais. Não sei se alguém já percebeu, mas, nós temos uma triste vocação para o continuísmo. Isto mesmo. Por mais que se tente, por mais que se façam estudos, por mais que se apresentem pessoas querendo contribuir, invariavelmente acabamos sempre caindo nas mãos das mesmas pessoas que já estão até criando raízes, e o pior, nunca apresentaram nada de novo.

As últimas eleições, traziam em seu bojo, o sentimento do povo sapucaiense, que era o de uma grande mudança, todos nos desejávamos ver os grandes lacaios na cadeia, banir da vida pública os mentirosos, os falsos,todos aqueles que por décadas só souberam mamar nas gordas tetas do poder público.O grande problema é que não sabemos, ou não queremos votar certo, temos que aprender ainda a votar, mas, não só votar, e sim fiscalizar o candidato escolhido por nos.

Se, o povo conscientemente tivesse elegido uma base governista, formada por candidatos dos partidos coligados, talvez, vejam bem, talvez não houvesse as intromissões que houve, O Ballin não teria sido forçado a engolir o Scopel, o Guilherme, o Arlenio, o Jarbas , e tantos outros que desfilaram no bloco do Marcelo, malharam o criador de cavalos, mamaram nos cargos oferecidos por ele para manter o status,e que ao verem naufragar os sonhos da reeleição se atiraram nos braços do Ballin e do Ibanor. Uma vergonha, sim senhores uma grande vergonha, a barganha de cargos, inclusive uma secretaria para o Sr. Guilherme, que na última hora ensaiou um choro se dizendo pedetista doente e que nunca concordou com aquilo que acontecia na cidade, não concordava, mas, participava,e recebia como diretor.

Infelizmente, em Sapucaia do Sul por ser uma cidade diferente em muitas coisas, numa coisa ela é igual a todas as outras. Ela é impulsionada pela troca de votos, pela barganha de verbas, pelo toma lá dá cá. Ora, com três vereadores, numa bancada de onze, é claro que a barganha iria acontecer, e isto fez com que antigos defuntos políticos, verdadeiras múmias, tomassem um banho de cheiros e voltassem com tudo aos antigos postos, e o pior, sedizentes no direito de intimidar os recém eleitos, com o famoso,sem maioria não há projetos aprovados, coisa de máfia.

Jamais poderia ocupar cargo, como vereador aqui em Sapucaia, minha índole não aceita muitas coisas que acontecem ali dentro daquele prédio,a começar pelas barganhas em troca disto e daquilo.Fiz uma proposta ao Ballin, propus a ele e ao Ibanor, que não aceitassem doar cargos em troca de maioria na câmara, mas que fizesse justamente o contrário, cada projeto de real interesse da população, fizesse plenárias,discutisse com o povo, mostrasse as vantagens, e depois convidava a todos participarem das reuniões na câmara.Quem fiscalizaria os vereadores seríamos nós, que os elegemos, e se começassem com palhaçadas, com marolas, e com muita lenga- lenga, seriam vaiados até calarem a boca. Isto é democrático, não tem segurança, não tem brigadiano, não tem polícia civil, nem muito menos advogado que proíba.
Mas não, preferimos mais uma vez, o ranchinho, o terreninho, a cadeira de rodas as muletas, a consulta. Em troca doamos um cheque em branco, com direito a salários e mordomias por mais quatro anos.

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