segunda-feira, 11 de maio de 2009

Minha Voz 22

A Minha Voz. 22
Jaí Antonio Strapazzon.

O Porquê.

Tenho mais de cento e cinqüenta textos, entre editados pelo jornal, na internet, em fóruns e blogs, versando sobre segurança pública. E, desde que comecei a escrever isto há mais de quarenta anos, jamais tive contestação de um artigo que fosse. O tema me atrai, gosto de debater, pesquisar, e logicamente com os argumentos à mão, redigir meus textos.

Recentemente, atraído pela vontade de participar, fui convidado a fazer parte do CONSEPRO, sou 1º vice presidente, mas confesso que a experiência levou-me a uma decepção. Brigar por segurança numa cidade como Sapucaí do Sul é besteira, aqui as “autoridades” em segurança se restringem a Brigada Militar e a Polícia civil. Descontados os contras, pois mesmo nestas corporações sempre acontecem as exceções, o que se tem na verdade são remendos, se houver flagrante, prende, se não houver preenche umas folha de papel na delegacia mais próxima e esquece.

Estas assembléias do Orçamento Participativo é a maneira populista de dar uma satisfação ao povo sobre o destino de verbas públicas. É muito fácil eu apresentar proposições, pedir isto ou aquilo, porem a experiência nos mostra que muito pouco ou quase nada daquilo que é tratado acontece. A segurança pública é um jogo, de um lado os marginais, do outro a dita “sociedade” com uma diferença muito grande a favor da bandidagem, eles agem no instinto, e tem o fator surpresa, nós traçamos estratégias, fazemos planos, seminários, reuniões palestras, examinamos gráficos, fizemos passeatas, e quando tudo está utopicamente organizado, botamos para gerenciar tudo, um a pessoas sem preparo, sem conhecimento, mas, com um bom relacionamento com Brasília.

Ora bolas, enquanto tratarmos o tema com estes princípios norteando nossa conduta, o bandido vai estar em vantagem. Acostumamos-nos a perder tempo com bobagens, nossas reuniões geralmente se resumem a cada um dizer o que lhe vem a cabeça, sem coordenação, sem lógica. Resultado, papéis, papéis só papéis, e os bandidos são reais, os assaltos são reais, e as agressões também.

Por tudo isto, me confesso um incrédulo, Tudo o que se faz, em matéria de segurança pública, infelizmente é conversa fiada, que vai, quando muito proporcionar viagens à Brasília, mais como turismo do que propriamente na busca de solução.

Exagero? Então dou uma prova. O CONSEPRO está falido, pois acreditem ou não neste nosso mandato, que está encerrando o tempo todo foi gasto em arrumar a casa, pagar impostos atrasados e encargos de outras gestões. Sem dinheiro, sem verbas, sem apoio, a única entidade não política, que poderia realmente contribuir com os órgão de segurança do município.No lugar deste, os assunto relacionados a segurança ficam por conta da Secretaria Municipal de Segurança Pública, um trambolho, que serve mais como cabide de emprego do que propriamente como órgão de apoio.Vamos rezar e continuar confiando...em DEUS.

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