segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Territorio..

O Território da paz.

Quando da propalada visita do Sr. Tarso Genro a Sapucaia do Sul, para a instalação do “território da paz” eu já havia escrito que aquilo se tratava mais de politicagem do que propriamente um programa visando diminuir a insegurança. E justifiquei. Sou de opinião de que segurança não se faz com milhões de reais atirados, para comissão disto, ou comissão daquilo. Projetos, seminários, discussões, encontros, tudo o que for realizado, registrado em atas, transformados em repasses de verbas, e,ou emendas a isto ou aquilo, podem ter certeza, morre na casca, gora, não vinga.

Somos, nos brasileiros, acomodados demais. Estamos acostumados a ver as coisas acontecerem e não dar a mínima, o máximo que podemos fazer é correr, pegar uma faixa, um cartaz, correr para a rua e pedir paz. Ai, eles fazem isto, instalam o território da paz. Soltam foguetes, distribuem sorrisos, e quando vão embora fica o vazio, e uma sensação estranha de que a qualquer momento vai acontecer alguma coisa. A tal paz, é passageira.

Sapucaia já contabiliza cinqüenta, mortes violentas, pensem bem, são cinqüenta vidas, e aqui não entro no mérito se eram ou não bandidos, que são tiradas por meios violentos. A morte virou uma banalidade tão grande, que já não nos impressiona mais. Andar pela rua e dar de cara com um estirado na via pública, é a coisa mais normal, simplesmente se pega o celular liga para a polícia e fica ali a olhar, com uma cara de tonto, o camburão vir fotografar, tomar anotações, juntar cartuchos, e levarem o corpo para perícia.

Depois? É apenas mais um número nas estatísticas da “insegurança pública”. A gente esquece, vira a página e para consolo, faz como um cidadão falou numa rádiol local; não se impressiona porque era um bandido, não era um chefe de família, é apenas um “cadáver morto”. Acho que agora sim, entendi o que significa o tal território da paz, que o Senhor Tarso veio inaugurar. É um território onde se desovam corpos, para que finalmente encontrem paz. A nossa paz, o tranqüilidade, o sossego o descanso e a segurança de ir e vir, isto é o que nós, moradores queremos. A paz, deles, é diferente, é dinheiro, é voto, e papel nas gavetas, é conversa fiada. Então o que fazer, pegar um cartaz bem grande ou uma faixa, organizar uma caminhada e mais uma vez exigir PAZ. Não esqueçam; Em outubro nós podemos começar a limpeza, não vote em corrupto, não vote em ladrão, não dê emprego a vagabundos, não alimente sanguessugas, não se deixe levar pela conversa fiada de falsos moralistas. Na dúvida: ANULE O VOTO. 14/12/2009.

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