quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Territorio


Território da Paz.

O título teria tudo de bonito, não fossem as estatísticas assustadoras, que colocam o município de Sapucaia do Sul no 14º lugar no ranking da violência na região. Confesso-me um cético quanto a toda esta parafernália de projetos, discursos, planos, câmeras, e ações que esmiúçam o assunto violência e que infelizmente não resultam em absolutamente nada.

A verdade é que tanto mandatários como autoridades responsáveis estão como moscas tontas, tateando atrás de soluções geniais, e lançando cortinas de fumaça com milhares de invenções mirabolantes, para enrolar o povo que, acoitado, exige providencias.

Teoricamente, deveriam os responsáveis pela segurança pública apresentar planos e sugestões que pelo menos amainasse toda esta onda de segurança que assola nosso país. Mas,tal não acontece, o que vemos são ações que mais pendem para o lúdico do que para o concreto.

Derramam milhões de reais com campanhas, com cartazes, com câmeras, com seminários e o resultado, se fosse avaliado, não apresentaria retorno de centavos. Atos como este que acontece hoje aqui em Sapucaia, que me desculpem os mais eufóricos, cheira mais a campanha política do senhor Tarso Genro, do que propriamente busca de soluções.

De concreto fica a limpeza do local, a capina, o mutirão pintando meios fios, o embelezamento do local. Mas, isto faz parte da rotina. Alguém poderia contestar meu ceticismo, afinal é o governo dando satisfações, estendendo a mão, ajudando a resolver problemas. Eu digo, não, não é. Os responsáveis pela segurança em nosso país se quisessem realmente acabar com a violência, começariam uma faxina ética, em todos os níveis para acabar com a corrupção, com os desmandos, com as malas de dinheiro, com os lobyes, com as negociatas.

De nada valem abrir as burras, para despejar dinheiro se este muitas das vezes não chega ao seu destino, ou se chega já vem mordido. Estão fazendo falta os exemplos vindos de cima, os grandes (da política) devem mostrar aos pequenos que o crime, não compensa. Enquanto o traficante fizer plantão nas salas de aula (do primário ao superior), enquanto as polícias não forem remuneradas satisfatoriamente para evitar o suborno, enquanto os responsáveis continuarem a brincar de resolver problemas, tudo vai continuar acontecendo.

As revoadas políticas, o foguetório, os tapinhas, os sorrisos disfarçados e a criançada abanando bandeirinhas. Enquanto isto o camburão vai juntando corpos, e a população esticando faixas pedindo paz. 03/12/2009

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