sábado, 19 de dezembro de 2009

Passando..

Passando a limpo


Dois mil e nove decididamente não foi um ano feliz para os ditos “representantes” do povo, e digo isto com uma profunda mágoa, uma decepção da qual acredito não me separar tão cedo. Prova está que estou em plena campanha pela anulação do voto, pois se é para termos drogas, melhor evitá-las.
Começando pelos ilustres de Brasília, uma verdadeira casa de mãe Joana, uma zorra, a farra, a cafajestice, a malandragem foi a tônica. Independentemente de partidos, todos, sem nenhuma novidade deram o ar de suas graças, ou participando de esquemas fraudulentos, ou nomeando parentes, furando a fila, arrumando emendas para trocá-las por favores mais tarde, aconteceu de tudo.

Comecei a ter nojo dos parlamentares de Brasília (alguns) desde um semanário do qual participei, como liderança eletricitária. Hospedamo-nos em um hotel bem próximo a praça do três poderes. Anexo ao hotel funcionava uma espécie de “cassino” uma casa de jogos e outras coisas mais. Como estávamos em grupo era normal ao fim dos expedientes, já pela madrugada darmos uma passada para ver o movimento. Ali eu vi homens ditos íntegros, na maior farra. Ali tomei conhecimento até que ponto pode descer um deputado, um senador, ali pude confirmar para onde correm alguns recursos.

Foi, observando os movimentos, conversando com clientes, batendo papo com algumas moças da noite que aprendi que alguns homens não passam apenas de fachadas, são crápulas, viciados, bêbados, e coisas muito piores ainda. Ali aprendi a ter nojo da empáfia, de alguns engravatados que no plenário discursavam sobre moral, sobre ética, sobre valores, os quais nem eles próprios conheciam. E são alguns destes homens que fazem as leis que todos nos devemos cumprir.

No estado, decepções. Uma atrás da outra. Enquanto saúde, educação, segurança patinaram e até retroagiram surgiam mansões, rombos em autarquias públicas, denúncias, fitas. A Assembleia Legislativa, um fiasco, teve de tudo, selos, Macalão, diárias frias, albergues, nomeações um tanto quanto dúbias para o TCE, e agora mais recentemente os famosos “fantasmas” (lá também???) gente que a mais de sete anos está recebendo salário e eles não sabem sequer se estão vivos ou mortos.

Pra encerrar, ouvi ontem, um pequeno trecho de um inflamado discurso do novo membro do TCE, Sr. João Osório (ex-deputado) defendendo a presença e a nomeação de políticos para aquele importante órgão. Os gritinhos do cidadão eram hilários. O povo, Srs. Deputados não têm nenhuma objeção quanto ao fato de o indicado ser um político, o que se exige é que pelo menos a pessoa tenha preparo conhecimento, e não seja mais um que vai lá para ganhar a vida e fazer besteiras. Afinal, o Tribunal de Contas do Estado tem por tarefa principal fiscalizar as contas dos órgãos públicos. Colocar lá um político só pelo fato de ser político seria a mesma coisa que pedir para a raposa tomar conta do galinheiro. Vai passar tudo, não vão barrar nada. De dois mil e nove politicamente não salvamos nada. Nem aqui na minha cidade.

Nossa grande chance está logo ali. Na dúvida: ANULE O SEU VOTO.

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