segunda-feira, 15 de março de 2010


A visita noturna.

Se fizéssemos hoje uma enquete com as pessoas, com a seguinte pergunta: Qual é a sua maior preocupação? E estipulássemos apenas uma alternativa de livre escolha, tenho certeza de que o item segurança seria o mais votado. Hoje em dia ninguém está seguro, cercas elétricas, cães, guardas, câmeras de vigilância, guarda costas todo este aparato é fichinha. Notaram que nem falei em polícia não é mesmo? Simplesmente porque não existe.
Minha casa tem grades altas, tenho um cão de tamanho médio, e outro pequeno, meu terreno é todo circundado por outros pátios que praticamente tornam impossível a invasão, bem, era o que eu pensava até dias atrás. Uma noite destas, o amigo do alheio arrombou uma garagem na outra rua, passou pelo pátio de um vizinho, pulou o muro dos fundos, deu uma pedrada no cachorro, revirou minha oficina, arrombou o carro e levou o rádio e mais algumas coisas.
Como de praxe, acionamos a polícia. Olharam, fizeram algumas perguntas, anotaram e deram um pedacinho de papel com um número – Este é o seu protocolo. Caso encerrado. Incrédulo perguntei : Sim, mas e agora que faço? Respondeu: Se o senhor quiser pode retirar uma cópia da ocorrência lá no quartel, coisas como esta acontecem centenas, aqui na cidade, são estes “pedreiros” viciados que roubam para manter o vício.
Bem, até ai eu sei, esta historia todos conhecem, mas os objetos furtados. Afinal todos os dias alguém é roubado, humilhado por estes “menores” que só roubam para sustentar o vício. E o prejuízo que fica? Só porque são menores de idade e viciados nós vamos estar pagando a conta deste vagabundos? Até quando? Você compra um artigo qualquer, nem terminou de pagar, o “coitadinho” vem e leva. O que resta pra você, um número de protocolo e a conta para pagar.
Na madruga do dia seguinte, ouço um barulho, levanto, abro a janela e dou de cara com um vagabundo passando por cima de uma cerca de arame farpado com mais de três metros de altura, estava preso aos arames. A vontade era de pegar uma arma e mandá-lo de uma vez por todas para o diabo que o carregasse, mas ai eu seria preso, era fácil demais, não seria preciso nem procurar o bandido estava ali, em casa. Resolvi chamar a polícia, enquanto o cara com um capuz na cabeça se digladiava com os arames. Eu, observando, e esperando a policia.
Os minutos se passaram, o ladrão desvencilhou-se, e foi embora tranquilamente, a policia chegou dez minutos depois. O soldado desceu calmamente, daí queria saber, como era o ladrão, se era preto, branco, se estava armado, para onde tinha ido, se havia levado alguma coisa, fiquei com uma cara de bobo ouvindo aquilo, não respondi nada só balancei a cabeça, pedi desculpas pelo incomodo e que esquecesse, não daria em nada mesmo. Rezar, isto vamos rezar.

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