quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

De Carona, no "RABO" da carreta

Nos idos dos anos 50, a juventude de Sapucaia, não tinha lá tantas opções para seus fins de semana, e ou fim de tardes. Com exeção dos Clubes sociais, as peladas, o cinema, e passeios, o pessoal tinha que ser criativo, e inventar o programa. Uma alternativa, muito usada aos domingos a noite, quando não aconteciam as festas do "Pe. Gentil" era atrapalhar os namoros que aconteciam na Praça General Freitas, no centro da cidade. Havia uma grande figueira, situada na parte mais alta no centro, da praça. Era uma árvore centenária, longos galhos, e o tronco subdividia-se em sua parte mediana, em duas partes, formando uma grande fenda onde passava com folga um homem de estatura media. Era circundada por uma especia de proteção com "cerca viva", ali, nos bancos os namorados vinham dar os amassos, nas meninas, pois acreditavam tratar-se de local mais isolado. Tínhamos um grupo, que gostava de dar uma melada quando a coisa ficava mais quente. Munidos de tranceptores (rádio) costumava-mos monitorar a entrada dos casais, e o ponto onde se acomodavam,(nos bancos, debaixo da figueira, ou mesmo nos nichos em meio a cerca viva. Passávamos a posição para outro "amigo", este munido com uma "funda"( outros conhecem por bodoque) que tinha função de atingir o rapaz ou a moça se estes partissem para algo mais pesado. Geralmente a munição consistia nos proprios figuinhos (fruto da árvore) e não causava nenhum ferimento, apenas uma enorme decepção no casal. A velha figueira, morreu, em função de um ato de vandalismo, de alguns bêbados da época(Lóla e sua turma). O craque em melar namoros era o Romangueira, aliás na época, um verdadeiro alteta pois acompanhava o ônibus, no qual iamos para S.Leopoldo(estudavamos no Colégio São Luiz) de bicicleta, seguia coladinho daqui da praça, até o predio do Ginásio São Luiz ali na Saldanha da Gama ( hoje funciona um curso de fisioculturismo).Nas tardes dos dias de semana, depois dos serviços rotineiros, nos reuniamos no campinha ao lado da chácara. Ali o Ronei, (filho do "seu Marino") reunia o time dos pequenos (todos meninos altos, mas eram crianças)para uma pelada. Tudo ia muito bem, de repente alguem gritava - Lá vem o seu Arlindo -pronto, saia todo mundo em disparada para pegar carona no rabo da carreta. Seu Arlindo era pai do Nilton (perna cabeluda) e tinha uma carreta de bois ( não era um "carro de bois") pois era mais comprida e no fim sobrava um pedaço do varão central de mais ou menos 50 centímetros (o rabo) era ali que todos se penduravam, ou então pulavam para dentro do carro até a casa do paciente seu Arlindo. Apesar do perigo, nunca niguém caiu ou sofreu algum tipo de ferimentos.
Próximo capítulo. Festas do Padre Gentil.
ATENÇÃO.
A partir de agora vamos contar com um serviçinho a mais no blog: Dicas para solucionar pequenos problemas caseiros. É só perguntar (ali no comentário) e eu respondo com a solução. Não se acanhe pergunte.

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