domingo, 19 de outubro de 2014



Dois anos passados.
No próximo dia 21, estarão se completando dois anos do desaparecimento de D. Beatriz Winck. Vinte e quatro meses de buscas, de orações, sofrimento e muita angústia. Estou, mesmo sem ser parente apenas amigo e colaborador envolvido por este estranho caso desde os primeiros dias. Assumi o papel de tentar por todos os meios a ajuda de autoridades,seja escrevendo, telefonando, enviando Email, ofícios enfim usando de todos os artifícios que me permitiram chegar próximo desde a presidente Dilma passando pelo ministro da Justiça, deputados federais, estaduais, senadores, administradores do complexo turístico de Aparecida, delegado de polícia inclusive lançando os dados desta dona de casa em vários sites de busca. Posso garantir que juntadas todas as correspondências enviadas poderiam dar um pequeno livro, mas, apesar de todo este envolvimento, de todas estas autoridades contatadas não recebi uma única resposta, parece estar falando de algo de outro planeta, Não estou de nenhuma forma querendo aqui buscar leitores muito menos instaurar um ambiente de pânico. Não quero apenas fazer sérias críticas às autoridades responsáveis apenas por se tratar de D. Beatriz. Minha crítica, minha indignação vai muito além, pois hoje vergonhosamente podemos assistir através da mídia que existem casos onde a própria autoridade encarregada de dar segurança é que prende, rapta e dá sumiço nas pessoas. Os familiares, perplexos recorrem as mais diferentes formas de auxiliar nas buscas, orações, detetives particulares, MP, polícia de Aparecida, polícia do estado de São Paulo, delegacias especializadas em desaparecimentos e mesmo assim passados vinte e quatro meses não aparece sequer uma pista, uma informação. Fica impossível para nos leigos e graças a Deus até o momento livres de acontecimentos desta grandeza, avaliar o sofrimento do marido de D. Beatriz seu Delmar, de suas filhas e filho, netos, e amigos. Causa espanto esta imobilidade das autoridades, esta falta de informação. Se é verdade que existem investigações em andamento porque então ocultar informações ao principal interessado Sr. Delmar? Que estranho e tão misterioso segredo se oculta por detrás do desaparecimento desta dona de casa que até onde se pode constatar, vivia bem com sua família, fazia normalmente os passeios com seu marido até o dia em que sumiu em meio a multidão de romeiros na cidade de Aparecida. De lá para cá se montou um verdadeiro exército de colaboradores, cartazes, entrevistas, reportagens, apelos nas redes sociais, nada escapou as buscas de parentes e amigos na ânsia de se conseguir alguma informação. A tese de crime perfeito não pode ser descartada. A última correspondência recebida referente ao caso com origem na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, ligados ao gabinete da Presidência da República . Neste primeiro contato, me direcionavam para outro link, o qual seria específico sobre o assunto desaparecidos. Em resposta informei que não entendia a informação pois, se eram conhecedores do assunto(fiz longa explanação sobre o ocorrido)porque então não faziam eles próprios este encaminhamento. Quinze dias depois nova mensagem da ouvidoria dando contas de que o assunto tinha sido alvo de detalhamento e pesquisa junto a todas as amostras de DNA recolhidos junto aos cadáveres encontrados e sem identificação e que não haviam sido encontrados nenhum indício positivo ou que se relacionasse com as amostras recolhidas junto aos familiares de D. Beatriz. Diante deste fato, chega-se a conclusão de que D. Beatriz, até prova em contrário, está viva. Pode estar num asilo, na casa de pessoas que acaso a tenham recolhido, num hospital, albergue. O que intriga é o fato de o caso de D. Beatriz ter sido alvo de diversas reportagens, em praticamente todas as emissoras do país, inclusive em horário nobre e mesmo assim passados dois anos seguir sem nenhuma informação, nenhuma pista sobre seu paradeiro. As investigações a cargo do MP de Portão seguem no mesmo ritmo, e a única informação que seu Delmar recebe são de que estão próximas de desvendar o mistério. Enquanto isto, pessoas continuam sumindo, a polícia cada vez mais sobrecarregada, as investigações se arrastam até porque não existe no Brasil até hoje, PASMEM um cadastro atualizado de desaparecidos. A pergunta que não nos deixa sossegado é a seguinte; se esta senhora fosse mãe, avo, ou pessoas de relação de algum político importante, será que estaria neste mesmo estado de marasmo? Com a palavra nossas autoridades especializadas no caso.

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