segunda-feira, 8 de março de 2010

Reforço no policiamento.

Isto é o que pretendem as autoridades responsáveis pela segurança pública no estado quando festejam a aquisição de viaturas para a policia civil e militar. Como sempre acontece, tenta-se mais uma vez tapar o sol com um peneira. Não que eu seja contra estas aquisições, pelo contrário, até acho válidas porque com tanto dinheiro público atirado na vala comum do desperdício, então que se use para um fim adequado.
A minha revolta, o meu nojo, a minha incredulidade e ver que todo mundo festeja estas doações (que nós pagamos) sirvam apenas para fazer foto em jornais. De nada adianta dar um carro para cada policial civil ou militar, de nada adianta botar um soldado em cada esquina se a falha determinante está na aplicação e nos recursos permitidos pela lei.
A poucos dias, tive o carro arrombado, dentro do meu pátio, além de uma revirada em tudo o que havia na área externa da casa. Acionada a Brigada Militar compareceu, para o devido registro do ocorrido. Conversando informalmente um dos soldados declarou que aquilo para ele era rotina, todas as noites alguém era visitado pela horda de vagabundos que proliferam pela cidade. Não é por nada que somos conhecidos como o colchão da criminalidade do Vale do Rio Sinos. Quando me referi ao fato de minha filha ter sido assaltada na passarela da prefeitura, ele antecipou-se e falou: Eu sei, é um negro alto, que anda de bicicleta e ameaça com uma faca? Já o prendi mais de seis vezes.
O vergonhoso nisto tudo é que antes da polícia apresentar o desocupado, quem primeiro aparece é o advogado (a). Formalidades cumpridas, folha de papel preenchida, esta vai para a gaveta e o vagabundo sorridente sai pela mão do seu advogado, não sem antes dar um sorriso de deboche. E isto é tudo, a vítima vai correr atrás do prejuízo, com direito a ser assaltada mais uma vez pelo governo (segundas vias de documentos) e no outro dia lá estará o marginal a espreita.E o pior de tudo isto é que se mesmo reconhecido pela vítima em via pública, a polícia só poderá ”fazer alguma coisa” caso o suspeito esteja portando algum pertence do assaltado.É hilário, mas é verdade.
Por isto que acho graça, quando até delegados fazem festa para viaturas novas, por isto que me revolto quando do alarde para coisas tão insignificantes. Carros, não prendem, muito menos inibem o crime, servem para passeios, para ir ao banco, conduzir prostitutas pelas madrugadas. Os responsáveis pelas leis neste país, é que devem fazer alguma coisa a mais do liberar verbas. Não precisamos de verbas, para carros, exigimos leis que sejam cumpridas, queremos juízes que não se deixem influenciar pela choraminga dos coitadinhos que agem nas madrugadas, assaltando,estuprando, matando e que sequer dormem uma noite na cadeia.
Queremos um judiciário que respeite o trabalho de limpeza que é feito diuturnamente pelas policias. Não adianta prender e o advogado soltar na mesma hora. Vamos parar com esta palhaçada do menor infrator, é menor só para não ser punido? Mas com autoridade para andar armado, matar? Em todas as reuniões sobre segurança, que participo, o que mais se ouve é de leis existem, mas não são cumpridas. É mentira, leis existem, porém com tantos nós a favor do bandido que o próprio judiciário não sabe como desatá-los.

Um comentário:

EDUARDO POISL disse...

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..."
Charles Chaplin

Desejo uma linda semana com muito amor e carinho.
Abraços