quinta-feira, 26 de setembro de 2013

                            Detalhe da Rua Caramuru.         
Rua Caramuru.
Minha rua se chama Caramuru. Isto mesmo, o “deus do fogo”. Agora o que eu gostaria muito de saber é o que se passava na cabeça do legislador para dar a esta rua,este nome tão pomposo. Com,o todos sabem,ou pelo menos deveriam saber,Caramuru foi aquele cara,que para poder usurpar ouro e pedras preciosas dos índios, tacou fogo num pote cheio de álcool, ameaçando fazer o mesmo com a água dos rios. O nome dês português que nada tinha de boboca era Diogo Álvares Correia. Como se pode notar, os verdadeiros donos desta terra os indígenas foram os primeiros a serem feitos de idiotas, na nossa história. Mas,tudo bem, os índios engoliram a piada, e nós também, porque afinal ninguém nunca contestou este nome dado a rua onde moro. Seja lá quem tenha sido talvez nunca tivesse idéia de que na verdade, estava fazendo homenagem a um pilantra. A Rua Caramuru, na verdade nasceu de um trilho de formigas, aquelas cortadeiras, inimigas número um das plantas, principalmente das roseiras, pois costumam cortar tudo durante o verão e estocar comida dentro de seus formigueiros. A rua é calma, esquecida dos poderes públicos, tem mais ou menos quinhentos  metros de extensão, seis quadras, começa lá na primor junto a Rua Riachuelo e desemboca na Lindolfo Collor. Faço parte dos primeiros moradores desta rua, aqui na parte final, muitos de seus antigos moradores ou se mudaram ou morreram. Assim é com a família do “seu “Arlindo” que morava bem em frente a minha casa, ou o Sinval, morador na outra esquina. O Adão Brasil que morava na esquina com a rua Lindolfo Collor. Já entre os antigos podemos citar o “Joãozinho (João Lima) o qual já vai para a terceira geração e familiares a residir no local. O Bento Martins, meu colega de CEEE (que se mudou para São Paulo recentemente). Quando decidimos comprar este terreno, aqui era um banhado, com um mato de maricás. No fundo do terreno passava o esgoto(a céu aberto) de todas as casa que faziam fundos com o nosso terreno. Aos poucos, com a abertura da rua, costumávamos pedir aos patroleiros que empurrassem a terra para dentro daquele local. Aos domingos meu pai, minha mãe e meus irmãos vínhamos passar o domingo aqui e aterrar o terreno, cortando o mato, e atulhando aquela imundície. No inicio não foi fácil, as pessoas reclamaram junto a prefeitura,espernearam, mas não adiantou, venceu a lógica. Hoje o local é cerca de dez centímetros acima do nível da rua, todo gramado, e com escoamento das águas todas para a rua. A vizinhança apesar de ter mudado, parece ter se dado bem, já que todos aqui se dão muito bem, uns mais reservados, outros menos. Normalmente aqui nos mesmos é que fizemos a capina e a limpeza dos meios fios, bem como a pintura. Quando acontece alguma coisa mais seria, sirvo de mediador entre os moradores e a prefeitura (talvez seja pelas relações “amistozíssimas” entre eu e o prefeito). No caso costumo enviar Email ao responsável estipulando prazo para regularização, principalmente no que diz respeito à troca de lâmpadas da rua. Se, gostam ou não, não sei, mas que com pressão resolvem isto é verdade. Esta rua bem que poderia ser chamada de Rua dos Aposentados, pelo grande número de moradores nesta situação. Mas, como quem decide isto são “os políticos” as asneiras continuam acontecendo. A propósito, você sabe que foi, ou o que fez de importante para Sapucaia do Sul o Sr. Albino Trein? Pois é nem eu. Mas ele foi homenageado na cidade.

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