sexta-feira, 24 de maio de 2013

Desconectada.



Vivemos num mundo globalizado, verdade? Nem tanto, impossível acreditar que  com todas estas modernas mídias das quais dispomos ainda existam localidades que não sejam atendidas, seja por telefone,rádio,internet,jornais, correio ou TV.Hoje, nossas vidas são monitoradas vinte e quatro horas por dia, nossas conversas,nossos relacionamentos,nossas vidas íntimas ,tudo fica escancarado quando se abre esta janela chamada internet. Fiz todo este preâmbulo porque na verdade, quero chegar  noutro ponto importante. Vejam bem, hoje, estamos completando oito meses do desaparecimento de D. Beatriz. Isto mesmo aquela senhora lá de Portão, que desapareceu quando visitava com seu esposo o Santuário Nacional de Aparecida em são Paulo. As buscas, que se iniciaram logo após o sumiço, não tiveram tréguas, diuturnamente familiares, amigos e colaboradores se revezam usando as mais variadas formas de contatos, e explorando todas e quaisquer pistas que apareçam. Mesmo assim, não surgem novidades. No que diz respeito a correspondências, para autoridades, todas aquelas consideradas importantes ou responsáveis foram notificadas. Politicamente, só  recebemos até agora promessas e mais nada, aliás diga-se de passagem, é a única coisa que esta classe tem a apresentar ao povo hoje em dia.É justamente por considerar todas estas alternativas que fico pasmo em concluir que ainda existem lugares onde a informação não está chegando. Fica impossível acreditar que em algum local, numa vila, num aglomerado, numa casa ou choupana, num sítio, num casebre, abrigo, internato, hospital ou asilo, D. Beatriz esteja sofrendo em sua solidão sem que ninguém tenha tomado conhecimento de que sua família, seus amigos procuram-na incessantemente. Impossível acreditar que a polícia,as autoridades eclesiásticas,bem como os responsáveis pelo centro de peregrinação mais importante do Brasil, os políticos da cidade de Aparecida, estejam surdos e mudos quanto aos fatos destes desaparecimentos que aliás, são muitos, e todos abafados para não interferirem nos lucros.Fica muito difícil crer que exista um lugar, seja nos arredores de Aparecida ou em alguma outra cidade satélite no entorno de Basílica, onde não estejam chegando notícias do dia a dia. Ora,se D.Beatriz saiu do local onde aguardava pelo seu marido, ela não o fez só, provavelmente acompanhada de outros romeiros. Será que nenhuma destas pessoas tomaram conhecimento de que esta senhora desapareceu, e está sendo procurada por sua família? Qual será este lugar aonde a informação ainda não chegou?Onde será que fica este pequeno espaço do planeta que mantém esta dona de casa totalmente desconectada.

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