sábado, 24 de outubro de 2009

Fator..


Fator Segurança.

A julgar pela declaração do Sr. Vicente Brito Pereira, diretor do DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) ao jornal VS(23.10.09/ pg.08) parece que segurança não é o fator principal quando o assunto se refere a duplicação da RS 118.

Quando se busca, segurança no trânsito, quando se pede paz no trânsito, quando se exige melhores condições nas estradas e rodovias sejam elas municipais, estaduais, ou federais as autoridades devem entender que na verdade o que se está exigindo é que os impostos, taxas, multas e todas as demais mutretas oficiais existentes, tenham seus recursos canalizados para melhorar a vida dos usuários.

O grande problema da RS 118 é que ela corta o município servido de atalho entre a serra (via BR 116) e o litoral. O fluxo constante, tanto de carros leves quanto de carros pesados, faz com que a pista de rolamento se transforme naquilo que observamos. Paralelamente as áreas invadidas nas laterais, hoje tomadas de casa, algumas até de classe média passam a representar um sério risco, seja pela travessia de pedestres, quanto pelo perigo de carros desgovernados virem a despencar sobre as casas (parte próxima ao viaduto) ou então invadir pátios das residências próximas.

Ora, se existem 1.200 famílias que devem ser retiradas, é lógico que estão em área de risco, logo, se em vez de remover 1200 resolve-se remover apenas 300 é porque se está abandonando os restantes 900 a sua própria sorte. E a desculpa como não deveria ser diferente, é a mesma, falta de dinheiro, licitações demoradas, resumindo: A vida que lixe.

Engraçado que dinheiro para outras coisas existe, tempo para outras licitações também. Só não tem dinheiro para obras que realmente venham dar mais segurança aos usuários que já estão de saco cheio com promessas, reuniões fajutas e desvios de verbas. O que na verdade tem que acontecer é os responsáveis por estas obras criarem vergonha na cara, e entender que o que está em jogo ali não são apenas pneus furados, aros entortados, setores desalinhados, e barras de direção estourada. São vidas humanas sendo ceifadas. São contribuintes que exigem respeito, são famílias que choram a morte de familiares. A RS 118 da maneira como está, não será resolvida com remendos e paliativos.

É preciso muito mais do que soluções pela metade, só para fechar a boca que quem reclama. O governo do estado tem a obrigação de contribuir com o município. Se aceitarmos este tipo de solução, amanhã dirão que fizeram altos investimentos em segurança, que resolveram um grave problema e por mais trinta anos vão continuar a morrer inocentes pela total falta de sensibilidade dos responsáveis. 23/10/09

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