quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Indignado

O porquê da indignação

Outro dia, alguém enviou um email, perguntando-me porque me decidira a não mais criar artigos e continuar a enviá-los. Outros contatos mais continuam a me colocar ciente das coisas (algumas absurdas) que continuam a acontecer na minha cidade.

Em resposta, a este amigo, e tantos outros mais quero dedicar estas linhas. Vim residir em Sapucaia com doze anos de idade, meu pais concordou em mudar para cá a fim de cuidar de uma chácara que ficava ali na Rua 7 de setembro, bem próximo onde existia o nosso saudoso cinema Marabá.

Hoje com 67 anos, posso dizer que não só conheço este chão, como também ajudei com meu trabalho a construir esta cidade. Nunca me intrometi em política, gosto do tema, estudo, pesquiso ,escrevo. Perdi as contas das correspondências enviadas a todos os órgãos. Do palácio do planalto, ao mais modesto periódico ou panfleto aos mais conceituados jornais do Brasil, lá estão as minhas participações, seja em fóruns, debates, pesquisas, opiniões.

Mesmo assim, considero-me muito mal preparado para desempenhar um mandato político. Calma, eu falo em política limpa, séria, descomprometida, leal. Da mesma forma vejo não estar devidamente esclarecido e, por conseguinte motivado a permanecer em listagens seja de diretórios ou executivas, político partidárias. Por que:

Em primeiro lugar sou avesso ao puxa-saquismo não aceito sorriso amarelo e sem graça, assim como não tolero tapinha besta nas costas.Se é verdade que a política é a ciência do entendimento entre os povos, e que através dela poderemos facilitar o convívio em sociedade, deveriam haver regras que proibissem os canalhas, os covardes, os ladrões, os salafrários e os aproveitadores de participarem deste processo.

Em segundo lugar, entendo que como políticos, deveríamos eleger as prioridades vendo a população como alvo principal, pesquisar, discutir, e criar leis visando o bem comum e nunca pensarmos em locupletar-mo-nos. As decisões deveriam sair como fruto do entendimento mútuo e não por interferência de conchavos, acertos, cargos e outras quirelas. A ocupação de postos dar-se-ia pelo conhecimento, pela capacidade e com metas a serem atingidas.O ocupante responsabilizar-se-ia pela total isenção dos interesses particulares, bem como estaria ciente de que qualquer ato em desabono a sua conduta seria chamado a dar explicações, e se confirmadas as irregularidades, assumiria total responsabilidade.

Este é o tipo de política que eu aceito. É utópica eu seu sei, por isto a minha indignação, a minha vergonha e a minha decepção. 15/10/2009

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