terça-feira, 6 de abril de 2010

Do Eliseu ao morador de rua.

Pois, ora vejam só dois acontecimentos que nada tem a ver entre si mas, que de uma maneira ou de outra se entrelaçam no que diz respeito a participação da polícia civil. Pelo menos na minha visão de critica. Então vamos ver.
Quando da morte do Sr. Eliseu Santos, que a bem da verdade também tinha lá os seus problemas, a polícia agiu rápido, e segundo noticias, até rápido demais. Pesquisa aqui, recolhe indicio ali, chega até o suspeito através da análise de uma amostra de sangue.Concluíram: Foi assalto seguido de morte. Confesso que achei muito rápido o desenrolar de toda a trama , o que de certa forma é uma infantilidade minha pois quando acontece algo envolvendo autoriade, ou parente de gente influente as policias sempre acham o culpado rapidamente.
Mas, acontece que o Ministério Público, que não costuma dormir de touca, achou por bem investigar paralelamente, e, depois de algum tempo também deu a sua versão do fato: Foi morte encomendada. Para a gente que conhece um pouco os trâmites policiais, lê jornais, tem amigos nas polícias, fica sabendo de algumas coisas que acontecem neste meio, fica difícil falar ou escrever sobre o assunto. Ainda mais quando se tem família.
Já morador de rua que foi pintado enquanto dormia alem de terem urinado sobre o seu corpo, agora alem de todo o desrespeito, da vergonha e da humilhação sofrida vai conviver com a “desconfiança” do delegado que investiga o caso de que na verdade não teria sido pintado mas, que teria se pintado para fazer malabarismos em via pública.
Com todo respeito ao tal “delegado” faça-me um favor como é que um cidadão, deitado poderia ter-se pintado deixando no chão as marcas do contorno do corpo? Que interesse teria em fazer isto?
Dei uma rápida passada sobre estes dois fatos, porque ambos expõe aspectos sobre a participação das polícia civil. Agora se abre um debate, de um lado delegados de polícia garantindo isenção nas investigações, e do outro o Ministério Público abrindo uma linha que aponta inclusive para a participação de gente graúda, informantes, e tudo o mais. Ora, a segurança pública no RS é um verdadeiro vexame, registrar uma ocorrência é coisa que dá nojo, pela pouca vontade demonstrada, pelo pouco caso, pela ineficácia dos resultados. Não estaria na hora de somarem-se esforços, organizarem-se mutirões e buscar resolver não só estes casos fortuitos, mas, de forma geral os milhares de roubos e assassinatos que estão engavetados?
A gente acompanha tudo de olhos arregalados e surpreso: Se até entre eles existem dúvidas e trocas de acusações, sobra o que para os assaltos, os estupros, os assassinados, os roubos, as drogas do dia a dia?Pensem nisto, ao menos um pouco. O problema é nosso.

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