segunda-feira, 18 de março de 2013

Cinco meses,e nada.


No próximo dia 21 de Março, completam-se cinco meses de procuras, de agonias, de esperanças e de muitas saudades. Fazem cinco meses do desaparecimento de D. Beatriz Joanna Von Hoendorff Winck. Cinco longos meses que eu sei, parece uma eternidade para os familiares e para todos aqueles que batalham por pistas, por sinais do paradeiro desta dona de casa. No dia 27 de janeiro do corrente ano,sensibilizado pelas notícias que lia nos jornais, e com a permissão dos familiares enviei correspondência a todas as autoridades conhecidas, a começar pelo gabinete da Srª. Presidente Dilma, passando pelo senado, câmara federal, assembleia estadual, delegacia de polícia de Aparecida, Santuário Nacional, e gabinete da Srª. Ministra Maria do Rosário. Na minha modéstia ótica, pensava eu estar mobilizando as autoridades do meu país não só para o fato do desparecimento de uma senhora,mas de maneira geral chamando a atenção para a vergonheira pública em que está transformado este nosso país. 

Qual não foi meu espanto quando vejo passarem os dias, e as resposta esperadas não aparecem. Não desanimei, insisti, uma,duas,três vezes. Eis que de repente aparece um email em minha caixa de correspondência dando contas deque a Ministra através de seu staf de assessores determina que sejam tomadas providências. Se somados todos os que receberam dá para contabilizar tranquilamente 800 pessoas, as quais no meu entendimento poderiam de uma forma ou de outra ajudar a mobilizar algumas parcerias, policiais, políticas, enfim. Mas, apenas uma respondeu. Isto, a bem da verdade, depois de TERCEIRA TENTATIVA, pois até então não havia dado o ar de sua graça. Estes casos de desaparecimento de pessoas é uma verdadeira vergonha nacional, não existe até hoje, um cadastro oficial de pessoas sumidas, muito menos das investigações que estão sendo levadas a efeito. Depois da chacoalhada recebida, depois de todo o barulho feito pelas familiares de D. Beatriz chamando atenção para o fato, depois das insistentes correspondências, das provocações feitas por mim, e das constantes chamadas para a briga, eles (os políticos) começaram a se coçar. 

Cria-se, por solicitação do Deputado Aldacir Oliboni, uma frente pelos desaparecidos. Consequentemente a ordem da ministra Maria do Rosário (direitos humanos) deságua na mesa do deputado Oliboni. Na mesma tarde, instigado pelo email recebido resolvi fazer contato com a Assembleia Estadual e falei com a assessora do deputado. Colocou-me a par do que seria feito, e ficamos de marcar uma agenda onde o Sr. Delmar,(esposo) o Sr. João Carlos(filho) e eu( como colaborador) iríamos falar, e colocar o deputado a par do que já havia sido feito. Aqui vale uma ressalva, o gabinete do Sr. Beto Grill(vice governador) já estava inteirado do fato, tanto que um major do qual não lembro o nome a serviço no gabinete é que fazia contatos com a PM de São Paulo, bem como com o prefeito de Aparecida. Até então nenhum político (deputado) havia tomado conhecimento, mesmo tendo recebido um verdadeiro torpedo. Todos quietinhos no seu gabinete. Mas, a ordem da ministra pôs em alvoroço os gansos, e imediatamente a comissão, ou frente do desaparecido entra em cena. 

Agora, a parte que a meu ver não está fechando muito bem, vejamos. A reunião com o deputado vai sair, mas eles querem apenas a presença de familiares, acreditam talvez que colaboradores possam atrapalhar, tudo bem. Porém, meu faro político aponta para dois detalhes que talvez possam ter influenciado nesta seleção. Primeiro, quando do envio da correspondência ao gabinete do deputado Aldacir, foi solicitado que todos os contatos fossem feitos com o secretário dos direitos humanos de Sapucaia do Sul, Sr. Adílpio Zandonai, ao ficar sabendo do fato imediatamente rechacei a indicação, e explico o porquê; Ora bolas o secretário (Adilpio) passados quatro meses do desparecimento nunca falou um linha, nunca fez uma declaração, não tomou conhecimento de nada do assunto, agora por politicagem é enfiado goela abaixo? Para quê? Pura politicagem. Fui, sou e serei contra a intromissão destas pessoas que não tem nada a ver com o assunto. Segundo, quem acompanha este blog, sabe que não tenho travas na língua, eu falo o que penso, estúpido? mal educado? 

Não, nada disto sei muito bem como tratar bem e a que eu tenho que tratar com educação. A correspondência não deve ter saído nos padrões normais das puxadas de saco, das rasgações de seda até porque se até então ninguém fazia nada para ajudar a família nas buscas não seria com pirulitos que conseguiria alguma coisa. Confesso que estou deveras curioso, para saber o que estes secretários de direitos humanos (Sapucaia e Novo Hamburgo) possam vir a fazer alem do que já foi feito. Quando muito farão correspondências protocolares entre si, uma espécie de fumaceira para mostrar serviços. Mas daí a acreditar que o Sr. Adilpio Zandonai vai pegar um carro e com seu colega de Novo Hamburgo, vão para Aparecida amassar barro, tomar chuva, perguntar, investigar, daí é porque o juízo final está prestes a acontecer.

Para finalizar,Fica um recado a todos os políticos que se decidiram só agora a colaborar, inclusive ao Sr. Aldacir Oliboni.  Estes casos de desaparecimento no Rio Grande do Sul e no Brasil, são casos de POLICIA, e não de POLITICOS. Reitero o que disse a srª ministra. Nosso país sofre uma crise monstruosa de falta de vergonha na cara. Os fatos não deixam dúvidas.  

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