segunda-feira, 4 de março de 2013


Greves.
Sempre que esta palavra aparece na mídia é sinal de que alguma coisa não vai bem. Atualmente acho que a palavra correta deveria ser luto, é, isto mesmo  o país em matéria de educação,de saúde, de segurança de vergonha na cara está, na verdade de luto. Sempre que um movimento reivindicatório é instaurado, é porque alguém não cumpriu com a palavra ou porque alguém não está de acordo com alguma atitude patronal. Coordenei várias greves, e posso dizer  que ninguém gosta disto, nem o trabalhador muito menos o patrão,lógico. Mas, as vezes acontecem coisas que não deixam outra alternativa para as classes trabalhadoras, e quando digo classes trabalhadoras estou fazendo referencia aqueles milhares de brasileiros que realmente produzem riquezas. Desde que nas relações entre patrão e empregado foi instituído o acordo coletivo de trabalho, parece que as coisas estão mais fáceis de serem ajustadas. Os trabalhadores vão para a mesa de negociação com aquilo que pretendem, e o patrão por sua vez comparecem com aquilo que podem oferecer. Ambos trabalham com percentuais que permitem avanços ou recuos, mas o que vai valer mesmo é o poder de barganha tanto de um quanto de outro. Esgotadas as alternativas, não havendo consenso, parte-se para a parte mais difícil a greve. Uma greve não busca baderna, busca conscientizar, uma greve não induz ninguém a quebradeira, ao contrário busca mostrar ao patrão que sem a força dos braços, as máquinas param, não existe produção, cessam os lucros. Por isto é importante tanto um quanto outro buscarem em suas pautas um meio termo para que sejam evitados estes movimentos. A greve dos trabalhadores na educação deflagrada a pouco mais de uma semana aqui em Sapucaia, traz a tônica antigas reivindicações dos trabalhadores na área. Direitos elementares a que qualquer trabalhador faz jus, e que, mesmo constando em pautas sucessivas de negociação não encontrou o devido respaldo por parte da administração local. Negar-se a atender, esconder-se, burlar os encontros sob quaisquer pretextos só podem aumentar a tensão entre os dois lados, ai ninguém ganha. A população espera que ambos os  lados encontre um denominador comum. A prefeitura buscar o acordo com seriedade, sem subterfúgios ou meias palavras, mostrando de fato estar preocupada com este fator importante que é a educação, e o trabalho destes profissionais. Tenho certeza de que o SINTESA não fará por menos. Prova disto é que até agora aturaram todos os tipos de promessas e nunca abandonaram os seus postos. Está na hora do prefeito reconhecer direitos básicos ,é o que desejam pais,alunos,professores, a comunidade. 

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