terça-feira, 14 de agosto de 2012


Este texto é a complementação da carta entregue ao Ballin e ao Ibanor,dias antes de sua posse como Prefeito e vice eleitos.

Muito pessoal.

Engraçado, não sei porque hoje me acordei, com um sentimento diferente, uma vontade de extravasar ideias,dizer desaforos, ofender, gritar, enfim, dar pelo menos uma vez na vida, uma de louco. Afinal, num Brasil com tantos hipócritas dando as cartas,seria normal uma hora a gente perder as estribeiras e mandar aqueles pseudo amigos pros quintos dos infernos. Mas, minha educação não me permite uma atitude tão drástica, em compensação tem algumas coisas que gostaria de esclarecer. 

É comum, ao vermos alguém passando trabalho, com alguma situação a gente dizer: Se fosse eu faria assim, faria assado. Pois bem, já vi que de nada adiante criticar, escrever, orientar, sempre aparece um analfabeto ou analfabeta tentando dar pitaco. Não sou jornalista , sou técnico em segurança do trabalho, mas tenho uma mania que não largo, leio tudo o que aparece pela minha frente, e vou anotando termos novos, e expressões, isto faz com que as vezes algumas pessoas acabem achando que os meus textos (que escrevo desde os dezoito anos) na verdade sejam escritos ou influenciados por meus filhos, ou filha. Não são. 

Quando Deus me abençoou com esta poliomelite, me proporcionou uma troca, eu teria menos mobilidade com braços e pernas, mas, teria um cérebro diferenciado capaz de raciocinar, um coração capaz de ser amigo sem tirar proveito dos outros. Me fez um cara sério,incapaz de ser desonesto,traíra,chantagista,covarde e principalmente que fosse capaz de conseguir alguma coisa por seus próprios méritos, sem pisar em ninguém, sem ofender,sem humilhar. Se tivesse a índole de cafajeste, hoje seria um cara rico. Mas optei por poder deitar e dormir sossegado, e não me arrependo. Não canso de criticar o prefeito, e não vou cansar, mas agora vou dizer o que faria, se eu fosse o prefeito de Sapucaia. 

Primeiro lugar,riscaria do meu dicionário a palavra “governabilidade” pois para mim soa como sinônimo de pilantragem entre amigos. Cada projeto, cada ideia, discutiria com o povo, em plenárias, nos bairros, para só depois então apresentar aos “srs” vereadores, com a casa lotada, exigindo explicações dos “edis”. Chamaria todos os funcionários concursados, efetivos, para num seminário com todos desde os técnicos da prefeitura,garis,serventes,professores e auxiliares para juntos montarmos uma estratégia onde cada setor,(sindicato) daria sua contribuição e teria sua representação na administração. 

Acabaria com os famigerados Ccs. apadrinhados. As relações com os vereadores seriam especificamente técnicas, honestas,transparentes. Sem adjuntos. Cada motorista seria responsável pelo carro, como ferramenta de trabalho, com planilhas de horas trabalhadas, e trajetos percorridos, quanto menos oficina melhor a gratificação. Não dá pra fazer? Dá sim, mas tem que ser homem.

Foi exatamente o que faltou para o prefeito e o vice, hombridade.Vontade política,firmeza de caráter, interesse em trabalhar pela comunidade, a quem fizeram de fantoches. Faltou coragem para enfrentar uma câmara de vereadores acostumada a levar todos os prefeitos pelas rédeas, atropelando a tudo e a todos garantidos sabe-se lá por que.Foram meros marionetes. Delegaram poderes a alguns fantoches políticos, e agora aparecem como salvadores da pátria.

Infelizmente Sapucaia do Sul carece de nomes fortes politicamente, os que ai estão se mostram desgastados moralmente, O Ballin, por não ter cumprido com o programa prometido. O Marcelo pelas sombras dos processos a que responde. A Advogado Lourenço por que se sabe será monitorado pelo Scopel. O Paulo Borges pelo passado e pelos processos junto com Marcelo, e agora ainda com o filho sendo um fantasma do Onix. E por fim o Ibanor, por ter acompanhado o Ballin, e não ter mostrado força para fazer oposição, alem de ter deixado de lado os verdadeiros trabalhistas para buscar refugos em Porto Alegre e São Leopoldo.

Para encerrar um lembrete para aquele candidato que me acompanha no blog: Uma eleição, meu amigo não se ganha com excessos de propaganda, poluição sonora e sujeira pelas ruas. O bom candidato se forja com trabalho comunitário, com presença nas horas boas e ruins. O bom candidato não compra votos nem os troca por ranchos, medicamentos,receitas,consultas, isto desmoraliza o eleitor que aceita esta prática. Isto gera o clientelismo, a dependência, a escravidão.Quem aceita este tipo de negocio perde totalmente o direito de reclamar, afinal trocou seu direito por uma merreca.

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