quinta-feira, 4 de outubro de 2012


As pesquisas.
Em época de eleições elas tomam conta da curiosidade publica, tornam-se as estrelas inconfundíveis da mídia, e em muitos dos casos a dor de cabeça dos candidatos. Respeitável público com vocês sua majestade a pesquisa. Esta ilustre dama pode-se nos apresentar de diversas formas e caras. Tudo vai depender de quem a encomenda e das recomendações fornecidas ao agente contratado. Oficiais, não oficiais, mentirosas, induzidas, combinada,pré-acertada, localizadas, enfim o universo deste ramos de atividade é muito grande, e seria uma grande perda de tempo analisar caso a caso. Vamos comentar apenas alguns aspectos mais importantes numa pesquisa. 

O que é uma pesquisa. Um conjunto de informações sobre determinado assunto mostrando sua aceitação junto a um público selecionado por amostragem. Em outras palavras, eu tenho um produto, quero lançá-lo, mas primeiro quer saber a aceitação que este produto vai ter com os consumidores, dependendo dos resultados posso, ou não lançá-lo no mercado. Toda pesquisa é mais ou menos como um rosto feio, a realidade é uma só , o rosto é feio. Mas, posso, dependendo da minha vontade e principalmente da necessidade, alterar este rosto e fazê-lo parecer meio bonito, muito bonito ou lindo. Eu posso determinar o resultado final da apresentação daquele rosto. É assim que funcionam as pesquisas, principalmente as que envolvem política. 

Na eleição de 2008 para prefeito de Sapucaia eu estava junto, e acompanhei muitas destas encomendas geralmente por detrás da solicitação do estudo vinha uma dica _ Olha, não esqueça, veja a vila tal, insista com o pessoal de lá. Aquilo é gente nossa. Viram só. Daí você volta lá no segundo parágrafo e tenta identificá-la entre os tipos ali descritos. Tá na cara, é encomendada, mas encomenda com indicação dos locais onde deve ser aplicado os questionários. Claro que se eu quiser apontar um alto índice para o meu candidato vou fazer este estudo nas vilas e zonas onde realmente ele tem concentrado seu eleitorado, mas, porque se faz isto?  É simples, os eleitores geralmente neste período estão ávidos por notícias, é muito barulho, é muita fofoca, é muito disque disques as cabeças ficam embaralhadas poucas são aquelas que conseguem coordenar suas ideias e ter uma visão clara do que realmente está acontecendo. 

Todos são bons, todos são ficha limpa, ninguém fez nada errado. Este é o momento de lançar a pesquisa. Surte o efeito de uma ducha de água fria. O eleitor é induzido a pensar: pucha vida com esta diferença nem vou mais trabalhar, não adianta, já estamos perdidos mesmo, e é este o resultado esperado pelo agente contratador: desestimular a reação. Convenhamos, é um trabalho um tanto quanto perigoso, publicar uma pesquisa encomendada desta forma é semelhante a tática do avestruz que quando sente o perigo costuma enfiar a cabeça num buraco para se “esconder”. É o clássico tiro na lua, tanto para o candidato quanto para a empresa que pode cair no ridículo. Muito embora a Justiça Eleitoral exija o registro das pesquisas ninguém pode garantir ou fiscalizar a maneira pela qual foi realizada. O registro apenas oficializa o ato, mas, insto não significa que tenha sido executada com seriedade e dentro dos devidos padrões éticos. Vamos a um exemplo clássico. 

Teve uma eleição no rio de janeiro ,onde concorria o governador Leonel Brizola. As pesquisas o apontavam num determinado patamar, mas o resultado mostrou uma coisa totalmente diferente. Brizola recorreu, exigiu a recontagem dos votos (naquele tempo ainda eram as cédulas) e venceu as eleições. Acreditar ou não, na dúvida interprete o resultado destas pesquisas como uma curiosidade apenas. Não se deixe envolver, muito menos ser convencido por alguma coisa que você não pode garantir a origem, muito menos a maneira como foi desenvolvida. Nas pesquisas de ontem, segundo o instituto Methodus o Dr. Moacir liderava com 59,0% das intenções de votos. Hoje, segundo a Credencial Zulke lidera com 43% das intenções, e daí? Confiar em quem? Da mesma forma aqui em Sapucaias do Sul segundo a Polis Empresa de pesquisa e Consultoria Municipal Ballin teria 44% das intenções.

Amigo eleitor, você que acompanha as postagens deste blog, você que desde o início do mandato deste governo do Ballin e do Ibanor tem acompanhado todas as mazelas, todas as facetas deste governo do faz de contas, da cidade fantasma,dos bilhões vindos de Brasília das farras com o apadrinhados, dos buracos,do lixo nas ruas,do abandono de vilas e bairros, dos desaforos destes serviços de última hora,das consultas facilitadas de ´[ultima hora,dos exames agora liberados para todo mundo na Fundação Getúlio  Vargas, você que tornou-se colaborador e sócio em um hospital em Tramandaí . 

A vocês quero fazer um pedido: se, realmente você acredita que tudo melhorou, que a cidade é realmente uma nova cidade, se você realmente concorda com tantos e tantos desrespeitos para com teus concidadãos, vote não pelas pesquisas,vote pela convicção de que está fazendo a coisa correta. Mas, lembre-se,serão mais quatro anos, quatro longos anos de mutretas,lambanças,fuzarcas e sabe-se lá mais o quê. Pense bem nisto.  

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