terça-feira, 2 de outubro de 2012


Uns choram, outros...
Pois é, está chegando o grande dia. Para alguns mais letrados este seria o grande dia da democracia, mas, será? Democracia, segundo o dicionário Aurélio é; doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder...ou seja,em tese e para simplificar seria aquele tipo de governo que exercido com o povo, pelo povo, e para o povo. Você já viu ou sentiu isto na prática? Eu confesso que aos setenta anos ainda não vi. O que se tem hoje na verdade, é um sistema totalmente amorfo onde algumas castas privilegiadas usam do poder para levarem a vida da melhor forma como lhe convém. O povo neste caso é apenas um mero instrumento de legitimação do poder. 

Quem, realmente numa sociedade produz riquezas? É esmagadoramente  a classe trabalhadora, o povo. O teu trabalho, gera dividendos, por tudo aquilo que produzes ou adquires para o teu bem estar tu pagas impostos, até mesmo para exercer o sagrado direito de trabalhares e alimentares a tua família tu és tributado. E como é. Atualmente, o brasileiro paga mais de oitenta impostos e taxas. Isto tudo, vai para um cofre, que é o bolso do governo. Bem daí então de acordo com a definição de democracia alguma coisa deveria retorna ate você, já que ali fala em “distribuição equitativa do poder”. Neste caso uma parte deste bolo deveria retornar em forma de investimentos, melhorias, e serviços para a população, assim se fecharia o ciclo. 

Mas, é ai que entram os intermediários. Para que tudo isto possa funcionar adequadamente precisa-se montar uma base muito complexa, são técnicos, funcionários, assessores, secretários, enfim. Imagine o estado brasileiro com uma grande máquina. Agora coloque as engrenagens todas elas de acordo com o peso que cada uma tem no contexto total. Nós teríamos os vereadores, os prefeitos, os governadores, os deputados estaduais, os deputados federais, os senadores, o presidente, alem é claro de todas aquelas peças que orbitam ao redor, como o judiciário e todas as suas variantes. Esta estrutura consome uma grande fatia do bolo arrecadado. É muito dinheiro. Em todo este contexto as menores engrenagens somos justamente nos, a classe do povo. 

Muito embora sejamos responsáveis pelo movimento contínuo desta maquina, estamos situados justamente num lugar de muito difícil acesso, e talvez por isto mesmo, sejamos sempre esquecidos voltando a ser lembrados justamente nestas épocas pré-eleitorais. Agora sim, o povo voltou a fazer parta da definição, aquela lá no início lembram? Agora somos parte integrante do sistema, agora é hora de recorrer e mostrar a todos como é bom vivermos em democracia, espere, eu disse vivermos? Não, desculpe enganei-me o termo certo seria “viverem” pois que realmente tira vantagem deste sistema são estes mesmos políticos que hoje te procuram, prometem,mentem,roubam,exploram e te obrigam a andar sempre com aquele nariz de palhaço colado no nariz. 

Neste dia sete, muitos destes poderão rir de alegria, a mentira vingou, os bobocas acreditaram, nos próximos quatro anos a catrefa vai continuar deitando e rolando, os acertos, os conchavos, as licitações duvidosas vão acontecer cada vez mais fortes. Se as ruas vão continuar esburacadas não tenho nada com isto, se o esgoto correr a céu aberto  não interessa, pois o centro da cidade está limpo, os comerciantes estão satisfeitos, o Zé povinho que se lixe. Daqui mais quatro anos ninguém mais vai lembrar disto tudo. Mas, pode também acontecer o contrário. 

Pode acontecer de o povo acordar, abrir os olhos e dar um basta a toda esta baderna. Expurgar de uma vez por todas estas verdadeiras pragas do poder, obrigá-los a repensar suas filosofias. Obrigá-los a olhar com outros olhos para o povo sofrido das vilas, para esta imensa multidão de gente que está abaixo da linha de miséria, que acredita que morar em cubículos apertados, confinados como em um campo de concentração seja sinônimo de dignidade. 

Talvez o resultado deste sete de outubro seja justamente o dia em que este canalhas vão chorar, por todo os  desaforos que o povo foi pisoteado. Tudo está em nossas mãos. Agora os juízes somos nós.



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