sexta-feira, 29 de junho de 2012


DETESTO.
Detesto ver homens sem nenhum escrúpulo, sendo tratados como deuses. Detesto ver nulidades sendo coroadas como notoriedades. Detesto ver o ser humano se rastejar buscando migalhas, para o sustento, enquanto crápulas sentados em volta de uma mesa festejam a miséria humana. Detesto ver crianças, esfomeadas, revirando lixo para alimentar-se. 

Detesto saber que existam animais que querem ser chamados de homens, que abusam da ingenuidade de anjos, que corrompem por drogas, que escravizam por sexo, que matam pelo simples desejo de interromper a vida. Detesto o policial corrupto que se vende, do político safado que rouba do juiz larápio que vende sentenças, do grande jornal que é parcial, da mídia que se corrompe para agradar as elites. Detesto ver pessoas reivindicando direitos os mais básicos. 

Detesto ver pessoas dormindo como animais ao relento, alimentando-se de restos, e vestindo andrajos. Detesto ver tantos cadáveres pelas estradas, tanto desprezo pela vida humana, tanto descaso com a segurança das pessoas. Detesto ver o médico tratando seu paciente como forma de lucro, que assina um atestado de óbito como quem assina um cheque, que não examina, que erra, que mata. 

Detesto ter que admitir que os homens ainda não entenderam que a coisa mais importante do mundo é a vida. É o homem, que cria, que inventa, que salva, que socorre. Detesto ter que admitir que ainda existam pessoas que não se deram conta da beleza que é um ser gerar no seu ventre outro ser,criar a vida a partir de minúsculas células, que este ser a partir do primeiro minuto de vida é já traz consigo uma carga imensa de dores,sofrimentos,alegrias, e tristezas. 

Como seria bom que o ser humano um dia entendesse a verdadeira razão do porque ele foi chamado a este mundo. De que guerras, valores, ódio, ambições nada disto conta se não tivermos paz. De que vale o dinheiro sem saúde, o palacete, as mordomias se somos cegos, o cantar dos pássaros se somos surdos, jardins floridos se estamos presos aos grilhões das futilidades.

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