sexta-feira, 12 de julho de 2013

A Lição.
Nosso país, recentemente passou por um período meio que conturbado. Motivado pelo constante desgaste político, por anseios não acolhidos junto as autoridades do país, o povo parece ter levado um safanão,acordando para a realidade. Foi bem assim,como se estivéssemos num sono profundo, tranquilo e de repente alguém nos dá aquele safanão, aquela mexida, então abrimos os olhos, esticamos os braços damos um grande bocejo, arregalamos os olhos, e, voltamos a dormir. Com efeito,este espaço de tempo que se passou desde o dia 13 de junho quando centenas de milhares de pessoas foram as ruas exigir soluções para os mais diversos problemas, encerrou-se ontem. E, com todo o respeito, pois também sou sindicalista, encerrou-se de maneira melancólica, eu diria até, fracassada. De todos os preitos, motivos de faixas e cartazes, de todas as exigências, apenas a redução nas passagens parece ter sido o escolhido pelas autoridades para sufocar, aliviar a pressão sobre os seus ouvidos. Nada mais mudou. A classe política continuou, a debochar, a zombar da nossas força de reação, chegaram a ensaiar nas cocheiras deste grande teatro político, um arremedo de peça. Mas os atores, os políticos como sempre rejeitaram o papel de meros figurantes, preferiram continuar a representar suas fantasias nos tapetes e gabinetes luxuosos do planalto. Restou tão somente um povo amargurado, triste, comerciantes buscando agora o ressarcimento de seus prejuízos, trabalhadores perdendo dias não trabalhados, e tudo isso por quê? Por meros vinte centavos. Isto mesmo, vinte centavos, que foram insistentemente renegados, rechaçados, pois representavam muito pouco frente a enorme massa que acorreu às ruas. O povo precisa entender e saber separar problemas e soluções, não dá para perdermos mais tempo guiados por falsas lideranças, gritos histéricos e bandeiras apátridas. Não se muda um país assim da noite para o dia. Engana-se que assim raciocina, mas, não quero parecer negativista, acomodado. A força de toda a mudança está em nós mesmos, não com revoluções, com quebradeiras, vandalismos, trancando ruas e avenidas,invadindo prédio públicos. Podemos, e devemos fazer uma grande revolução, usando nosso senso de responsabilidade na hora de darmos o nosso voto. Esta e a nossa arma. Escolhermos corretamente aqueles que deverão nos representar aqueles que deverão criar leis, e assim administrar os bens da nação. Podemos sim tirar lições importantes de tudo o que passou, é nosso dever em respeito a todas estas mobilizações, marcar muito fortemente o nome de todos os políticos que insensíveis aos apelos do povo fecharam-se dentro de suas redomas, ignorando-nos. 

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