segunda-feira, 21 de maio de 2012


Quem dá mais.

Ao contrário do que acontece em outras democracias, aqui no Brasil o período anterior ao das eleições, não importando o clamor público, se caracteriza pelo leilão realizado, ao natural, com a maior cara dura. No que consiste: Simples, as siglas, em sua maioria, sem nenhum tipo de filosofia ou história partidária, coloca na vitrine aquilo de que dispões, a chamada isca. Isto serve de atrativo para os "tubarões" que, promovem então os famosos jantares para o provável loteamento de cargos e salários.
Note-se, que em nenhum momento o povo realmente fica representado, já que muitas destas siglas anãs, são criadas ao vento, em reuniões de garagem, com a presença apenas das "lideranças".Enquanto perdurar este sistema pernicioso que aceita este tipo de ajuntamentos, não existe perspectivas de uma melhora na situação geral da política brasileira. A cada eleição, os conchavos, os acordos, as negociatas tomam conta de salas, garagens, pavilhões, praças enfim.
Então em troca de um arroz carreteiro, ou de alguns salgadinhos tomam-se decisões que vão alterar, muitas das vezes, a vida de muita gente na cidade que sequer está sabendo que a representação delegada a um amigo, parente ou até mesmo estranho esteja servindo apenas e simplesmente para locupletar o ego de meia dúzia de interesseiros. Faça-se, uma análise criteriosa das reuniões de alguns destes partidos nanicos, e se verá que são sempre os mesmos, com algumas modificações nas caras devido a algum convidado que vem, assina o nome, e depois esquece totalmente daquilo que foi tratado. Não se buscam, nestas reuniões, alternativas, soluções, para os problemas.
Ali, geralmente comparece alguém já identificado a nível estadual, dá aquela enrolada tradicional e todos aplaudem. Geralmente as atas destas reuniões são usadas para darem veracidade, credibilidade a possíveis acordos que podem acontecer num futuro. Só que na realidade muitas destas pessoas ficam sabendo destas tramóias. Se, o nosso país está nesta situação (corrupção,roubos,desvios,CPIs de faz de contas, apadrinhamentos escabrosos com verdadeiros gansgsters) nó somos os culpados. Não adiantam passeatas, não adiantam protestos, na verdade estamos brigando com nos mesmos. Somos nós que damos aval para que absurdos desta natureza aconteçam.
Trocamos nossos votos por sacolas,por remédios,por consultas fajutas, e depois queremos reclamar? Mas, reclamar do quê? Quando era para exigirmos seriedade, soluções, alternativas, aplaudimos meia dúzia de analfabetos de gravata, comemos um arroz mal lavado, e damos boas gargalhadas. Aquela era a hora de mostrarmos realmente nossas intenções. Agora não dá para reclamar, eles tem todo o direito de rir da nossa cara. Daqui para a frente vai ser assim, os donos dos partidos, independentemente do tamanho, vão ser chamados para os tradicionais almoços, depois, barriga cheia, e a cara também, é só esperar o momento certo de responder a pergunta:
Quem dá mais? Daí você levanta o dedo a diz que pode oferecer alguns cabos eleitorais, tem algumas fichas na gaveta, e quer or uma secretaria e mais alguns CCs, está disposto a fazer o investimento. É meu amigo, certo estão eles,burros somos nós.

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