segunda-feira, 28 de maio de 2012


VERDADE.

Aparentemente as coisas na política local parecem terem sofrido uma acomodação. Depois do rompimento do casamento entre o PDT e o PT ,cada um resolveu chorar suas mágoas em ombros amigos. Menos o PDT que corre contra o tempo a procura de alguém que consiga ajudar acurar sua solidão Estava agora a pouco relendo algumas atas das reuniões antigas, tanto da executiva quanto das reuniões semanais. A mudança comportamental de muitos indivíduos é gritante quanto ao que se dizia e agora com a realidade.

A tônica de todas as conversas sempre era para o fato de que o partido dirigido por Ibanor, entraria na prefeitura, caso vencesse a eleição, para preparar o terreno e em 2012 lançar candidato próprio, com todas as chances de vitoria. Não faltaram planos, discursos inflamados e principalmente avisos quanto a possíveis traições vindas da banda podre do PT. Tudo foi objeto de análise. E no entanto o que se viu foi um vice prefeito medroso, encolhido em seu gabinete, rodeado por assessores SEM COMPETENCIA ALGUMA, totalmente engessado em seus propósitos, sem que ninguém, fizesse nada para mudar o panorama.

Ballin, é gato escaldado, não é burro, muito embora tenha se mostrado covarde em algumas situações, soube aproveitar a falsa aliança que buscava a tal governabilidade e a custa do sacrifício de alguns filiados seus, botou para dentro da prefeitura um exercito de mercenários. Buscou gente em todos os recantos (é uma estratégia velha do PT) e delegou ao Selvino o comando da administração, assim matava dois coelhos com uma só cajadada: Ficava livre para as suas manobras, e farolagens enquanto o Selvino tomava conta do campinho, admitindo e fazendo as seleções de quem saia e de quem entrava. Ficou responsável pelo loteamento, dos cargos. Pisou,maltratou, feriu pessoas boas, tudo pela causa imbecil da reeleição.

A grande vantagem em ser político aqui nesta cidade, é que o povo não sabe ainda votar. Sapucaia do Sul é um verdadeiro caldeirão humano, aqui tem gente de todos os recantos do Rio Grande do Sul. Alguns movidos em busca de empregos, mas a grande maioria trazida pelos antigos coronéis da política. Estes acabaram por se tornarem escravos dos favores e das benesses da câmara de vereadores , diga-se de passagem, um cemitério de confissões que se fossem todas devidamente esclarecidas, não sei não se haveria celas disponíveis.

Houve um tempo em que se trazia uma família inteira, do interior, transferia-se o título de eleitor de todos. Aqui, o padrinho se encarregava de colocar o vivente com os seus em beiras de arroios, beiras de rodovias, rios, ocupavam indistintamente áreas públicas e transformavam em “feudos”. Mancomunados com deputados estaduais,faziam conchavos propiciando luz e água, com rabichos improvisados, os quais mesmo sendo reconhecidos como ilegais (roubo)não podiam ser cortados pois os padrinhos políticos acobertavam as falcatruas. Muitas desta vila irregulares, destes moradores de “beiras” devem a sua situação só vereadores e políticos da época. Abandonavam , muitas das vezes, uma situação confortável, pela aventura de acreditar em promessas que eram verdadeiras fraudes.

Exemplo clássico disto que estou narrando é a vila Corsan, que foi “criada” em torno do reservatório da estatal, em zona alta, e hoje “feudo” de um ex vereador da época. Estas situações foram crescendo, se agigantando e hoje todo aquele povo sofrido das periferias é praticamente escravo dos favores e das migalhas do poder público. A menos que se crie no município uma consciência política da responsabilidade do voto, como fator de mudanças, Sapucaia vai continuar sendo a cidade boa, trabalhadora, mas refém de uma corja que há décadas manda , desmanda,debocha, e tripudia em cima dos contribuintes.

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